Lutar por um sonho implica desenvolver uma couraça em volta do próprio coração, para não permitir que calúnias, difamações nos tirem o foco, matem a esperança e nos convençam de desistir.
A indiferença do mundo aos nossos esforços faz parte do espetáculo, no entanto, o mesmo reconhecimento que nos projeta para o mundo, também possui a recompensa amarga: os haters. Na verdade, são pessoas desprovidas de caráter, que almejam chamar atenção a qualquer custo, não representam a maioria, nas fazem um estrago daqueles.
A genialidade de um artista não está na genitália, logo, refutar o feminino como se fosse demérito é a atitude dos projetos de homens, que não aceitam que uma mulher possa escrever melhor do que eles e, sim, representar, ainda que de modo simples, as próprias vivências.
Por isso, esses larápios se valem de jargões misóginos para proteger o ego, o orgulho ferido. O ataque não é a melhor defesa? Não só era, como me custou muitas lágrimas.
Por mais que eles estejam errados, ler insultos me marcou muito. Eles querem o meu silêncio, mas consentir com tanta violência é dar a vitória ao ódio. O conforto é saber que não estou sozinha, uma vez que outras mulheres mundo afora se sentem assim.
Há exatamente um ano nascia o post que, sem querer, deu origem ao que vocês conhecem hoje como Confissões de Laly.
Pode ser feriado e que seja, mas não se esqueçam dessa data nunca, por favor. Como diz a música Sorrindo, dos Aliados 13: ontem um sonho acabou, mas a vida continua e eu vou estar sorrindo.
É, gente, Confissões acabou, a vida seguiu, mas a reprise veio como uma forma de fazer com que mais leitores vivam esse sonho conosco para que juntos algum dia possamos sair desses blogs mofando e fazer a diferença porque todo dia eu tento, pode ser pouco, posso perder para web novelas ridículas, mas minha fé não; minha fé pode se abalar às vezes, posso deixar algumas lágrimas rolarem (não sou de ferro), porém sigo porque Deus é maior que minhas tristezas, que meus momentos de dor e crise.
Deus é maior que todos os nossos problemas, que a inveja e a maldade que tentam nos afastar dos nossos sonhos, da confusão, dos comentários maldosos, do intencional desprezo de alguns, do fanatismo doentio que não leva ninguém a lugar algum.
São muitas as lutas, mas a vontade de vencer é sempre maior. Maior que eu, que a história em si, que o tempo, que a saudade que me fez reeditar a trama em 150 capítulos, passar noites e mais noites aqui acordada, por ter enfrentado PC quebrado e uma centena de desgraças para não abandonar o que mais amava e se me perguntassem eu faria tudo isso de novo, dia por dia porque sei que valeu a pena. E muito.
Sou outra Mary. No ano passado eu não tinha esse engajamento todo. Não tinha esses amigos, essa força. Deus reacendeu em mim um sonho de adolescência e eu, sem saber, segui alguns sinais ainda turvos, ainda sem saber se aquilo daria certo. Não vamos às perguntas, mas ao que realmente interessa, a Lalinha, a leoa, ao fim que se juntou ao início e movimentou até quem não esperava sem envolver.
Vamos à poesia que fez de 20 de julho não apenas um dia a mais, mas o dia em que dei um passo muito maior do que poderia imaginar, um passo que me libertaria e disso eu não tinha consciência. O futuro ainda era um borrão de café, uma folha em branco a qual eu não havia me dado conta de que com ela poderia escrever meus próprios milagres e mesmo sob o jugo de Deus, desenhar meu destino, traçar, apagar, refazer.
Eu aprendi também e com a Lalinha que quem gosta de mim me aceita como sou, se o que faço não for o bastante, a culpa não é minha. Aprendi que o verdadeiro amor terá caminhos sinuosos e não será perfeito, não será repleto de magia, mas sempre será uma esperança, a mesma que me induziu a seguir. Sempre.
Confissões de Laly mudou completamente minha história que mesmo não sendo um conto de fadas, a mesma jamais será e esse vídeo é apenas uma das diversas homenagens que farei não exatamente a novela, mas aos leitores porque Confissões não seria nada sem vocês leitores, visitantes, amigos. Meu muito obrigada é a vocês.