O ano é novo, mas os alagamentos vêm de outros carnavais (rua alagada de novo outra vez)

Peço desculpas pela qualidade da imagem, mas vale o registro.
Agora há pouco choveu forte e a rua em que moro alagou. Mesmo sem ter um público enorme para registrar em tempo real os pontos de alagamento para alertar motoristas sobre rotas alternativas e tudo o mais, vou mudar de assunto.
No litoral a situação está um pouco mais séria porque somente hoje o acumulado em Guaratuba foi de 100 mm, sim, é bem comum chover bastante no verão, mas esses números expressivos num mesmo dia ou num curto intervalo de tempo são a combinação perfeita para as tragédias que vemos acontecer na Bahia, por exemplo.
Curitiba já soma mais de 80 mm de chuva nesses primeiros dias de janeiro e o nível dos reservatórios está próximo dos 70%. Seria ótimo anunciar que o rodízio de água será extinto, que o governo estadual não vai prorrogar o estado de calamidade pública porque as projeções feitas para o verão apontam que fevereiro terá precipitações abaixo da média e as temperaturas dentro ou acima da média e março, para quem não sabe, inicia-se o outono climático (já na virada do mês) e no dia 20 o astronômico (o ano-novo astrológico também), logo, faz-se a transição de uma estação úmida para períodos mais secos, ou seja, no caso de uma estiagem que já se prolonga há anos, ainda é cedo, bem cedo para comemorar.


O que me entristece, além da questão de nenhuma providência ser tomada pelas autoridades para resolver a situação do alagamento em nossa rua — uma queixa antiga dos moradores — é também a falta de educação das pessoas que jogam lixo na calçada, sem um pingo de respeito pelo lugar onde vivem, pelo trabalho dos garis e, acima de tudo, pela natureza, depois reclamam que tem enchente, entope bueiro, molha carro, molha tudo, mas custa tanto assim descartar o lixo adequadamente? Bom, seria pedir muito para separar o lixo orgânico do reciclável, seria pedir demais, eu acho, no entanto, não jogar lixo na rua já é um avanço e tanto.
O descarte do lixo é assunto para outra ocasião, não vou me aprofundar nele, mas quando o nível da água começa a abaixar, vejo embalagem rodopiando no bueiro e penso longe, porque não vou repetir todo o tempo que sacolas plásticas levam em média uns quinhentos anos para se decompor, me chateio com a falta de empatia e espero que não seja “crime” opinar, afinal de contas, neutro, só xampu e sabonete.
Terminei um livro muito, muito bom, chamado Sou Puta, Doutor, de autoria de Yuri Peçanha. Via esse livro como recomendação, mas ignorava, peguei para ler por curiosidade e posso dizer que saí da leitura cheia de perguntas, pensando nas figuras entrevistadas, em algo que até então, por mais óbvio que fosse, não estava claro para mim.
O ano mal começou, ainda quero ler muitos livros que abram a minha mente e me ajudem a ser uma pessoa melhor, mas esse é aquele que me envolveu.
Se você tiver interesse, o livro está disponível para leitura no Kindle Unlimited. Vou indo nessa, volto quando tiver novidades. ♥

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