Dizeres de um vulcão adormecido

 




Escolher por quem sofrer.
O tanto que vale.
Contanto que da boca para fora fale.
E não maltrate a ilusão.

Anagramas indecifráveis,
jogadas intelectuais.
Oras, é inútil perante a redundância.

Dessa vez o silêncio falhou, consentido!
A jura não valeu de nada,
se a opinião alheia teve mais peso
a ponto de interferir nos impulsos.

Mais uma vez refutável,
mero argumento descartável.
Se existe o risco, é certo o tombo,
entrega sincera clama por coragem.

Por dizer, o amor é para os valentes.

Na penumbra da fraqueza, desculpas!
Sempre elas, as mesmas.
Sempre a apedrejarem a vontade.

Eficiente espionagem,
o receio ao microfone não gaguejou,
seu posto egocêntrico tomou
e falou por tanto tempo que adormecemos.

Viu motivos para abrir mão
daquilo que nem sequer começou.

Não tem para onde correr,
já pulsa e arde em você.
Negar não serve de blindagem.

No entanto, sua intenção era ser ilha,
a impenetrável ilha no oceano da melancolia,
eis que a maré quebrou no calor dos seus braços,
as estrelas de diamante abençoaram.

Sendo como for...

Tarde demais para desprezar o ritmo doce
dessas batidas que cantam seus meses.

Com os outros foi um desprazer,
agora me aposso do clichê.
A inocência não foi devastada para desacreditar,
mas para te mostrar o caminho.


Linhas tortas não são defeitos do acaso.

By Mary ♥

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