Boa tarde, amigos! Vem aí mais uma resenha da Mary para animar (ou não) a tarde de vocês. O livro escolhido de hoje é Como eu era antes de você, da Jojo Moyes, que, irá para as telonas do cinema em breve. Espero que gostem da minha recomendação.
Título: Como eu era antes de você
Autora: Jojo Moyes
Editora: Intrínseca
Ano de publicação: 2013
Páginas: 320
Louisa Clark ou Lou é uma personagem bastante marcante e eu gostei muito do jeito de ela apresentar a história para nós nos contando sobre os anos em que prestou serviços como garçonete e o baque imenso que foi ver o estabelecimento fechar as portas, o que implicaria dizer que ela teria que procurar outro emprego, pois com uma família repleta de necessidades, o ordenado dela fazia muito a diferença. A grande maioria dos capítulos é narrada por essa personagem em primeira pessoa logicamente.
Infelizmente no meu exemplar houve uma impressão errada e algumas páginas ficaram faltando, pulando para outro capítulo, mas nem isso me fez desistir da leitura, segui assim mesmo, porque a vontade de saber como Lou se sairia sendo a cuidadora de Will superou tudo.
Compreendo o dilema do Will e por isso mesmo não o julguei, embora tenha ficado curiosa enquanto os capítulos avançavam para saber por que todo mundo que lia comentava que chorou. Primeiramente você vê a Louisa descobrindo o seu potencial, se interessando em ler, em apreciar as coisas boas, deixando de ser conformada. Isso nos mostra que podemos sempre aprender com as pessoas e situações, que podemos ser melhores do que já fomos, fazermos o menor esforço que seja para melhorar o dia de alguém mesmo que às vezes a pessoa não reconheça. Particularmente eu não fui com a cara do Patrick, aquele namorado da Lou obcecado por exercícios, e fiquei feliz quando eles terminaram, até porque eles nem se amavam mais, não tinham mais nada a ver. A Lou que conheceu o Patrick não existia mais, e o Patrick que a Lou conhecia também mudou. Acredito que eles devam ter ficado juntos por acomodamento, porque era conveniente.
Foi muito enriquecedor conhecer um pouco da vida de cuidador através do prestativo Nathan, todos os trabalhos que envolvem o cuidado com tetraplégicos, medicação, horários, etc.; o quanto Will era vulnerável, suscetível a ter infecções e ficar hospitalizado. Causarei polêmica nesse sentido por compreender o desejo dele, outrora um homem que aproveitava a vida, não tinha medo de desafios, desfrutava de verdade da liberdade, era ambicioso, cheio de metas, de repente por um azar do destino (sério, não existe outra explicação plausível), ele fica preso a uma cadeira de rodas e altamente dependente de todos. Como a lesão dele era irreversível, creio que ele não queria passar o resto dos seus anos daquele jeito.
Pensei em cada um dos personagens. Em Will Traynor. Na Sr.ᵃ Camilla Traynor, no pai dele (me esqueci) o nome. Na Lou, que fez tudo o que podia para evitar isso, em todos os seus esforços para mostrá-lo que ele ainda poderia fazer muitas coisas mesmo com as limitações. Naquela passagem tão linda da viagem em que ela se declarar para ele. É linda e triste, pois resume infelizmente a realidade. Pensei por alguns segundos que ele poderia mudar de ideia, mas acredito que ele estava decidido, e ninguém — nem mesmo a “Clark” poderia persuadi-lo a mudar de ideia. Na tristeza da Lou na volta da viagem. No companheirismo entre as irmãs Louisa e Katrina, no quanto essa irmã foi compreensiva quando a mais velha precisou.
Esse livro é capaz de te fazer pensar como cada um dos personagens, porque ali no calor da emoção você se coloca no lugar de cada um deles e tenta entender os motivos (ou não), isso é muito interessante. E, sim, eu entendi por que as pessoas que leram choraram, pois eu também chorei, aliás, fechei o livro chorando, mas certa de que valeu a pena ter esperado tanto para comprar. Gostei especialmente porque o final foi uma demonstração nítida de que o Will tinha de entrar na vida da Louisa para encorajá-la a viver de verdade, viver o que ele não poderia, e o que ela merecia. Ter ambições, querer progredir, não se prender a uma rotina monótona e pouco estimulante. Com certeza você repensa a sua própria vida enquanto lê.
Atualizado em 27 de agosto de 2024: Li Depois de Você em 2016 e Ainda Sou Eu em 2018.
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