Mary Recomenda: Marley & Eu - John Grogan

 Boa tarde, amigxs! Chegando mais uma resenha e de um livro muito especial que inclusive também foi sucesso nas telonas. Não, não é o Beethoven, mas também é de um cachorro muito especial. Essa história é mais especial ainda porque é real. Se você pensou em Marley & Eu, acertou em cheio, pois apesar de esse livro já ter sido resenhado por outros blogueiros, não me importa, agora é a minha vez de escrever as minhas considerações sobre esse best-seller maravilhoso. Espero que gostem.




Título: Marley & Eu (A vida e o amor ao lado do pior cão do mundo)
Autor: John Grogan
Editora: Ediouro
Ano de publicação: 2006
Total de páginas: 303

"Marley & eu" é um livro muito especial. Apesar de sempre ir à livraria e ver o livro dentre os mais vendidos e ter aquela curiosidade, nunca conseguia comprar. Acabei por ver o filme por primeiro e chorei rios de lágrimas a exemplo de tantos outros espectadores que também já tiveram um animal de estimação que se tornou mais do que um membro da família, mas um amigo, um amigo como poucos humanos sabem ser.

John Grogan, como todo mundo sabe, é jornalista. E dos bons. A linguagem impecável também contribui para uma leitura que alternou em momentos de riso e diversão e emoção com lágrimas. Conhecer a história do Marley é relembrar aquele cão especial que com certeza você teve em sua vida. As travessuras do filhote incorrigível, daquele que morde seus sapatos, come meias, bagunça a casa inteira, apronta um monte, mas sempre te ganha por ser um amigo leal, um amigo como poucos humanos sabem ser.

Vi Marley crescer, Patrick, Connor e Colleen chegarem ao mundo, os Grogan mudarem de casa. Gostei de conhecer através da leitura a Flórida dos anos 1990, as figuras curiosas, os hábitos dos moradores, e confesso que até fiquei torcendo para que a carreira do Marley no cinema tivesse dado certo (risos) e imagino o quanto ele deve ter chamado a atenção durante as gravações. Os Grogan são uma família como qualquer outra, isso é o mais legal.

Contudo, quando Marley começou a demonstrar sinais de que sua saúde estava se degenerando, é realmente difícil não sentir um nó na garganta e pensar com tristeza que aquele filhotinho de dois meses agora é um cão idoso de 11 anos, cheio de limitações, sem o pique de outrora. Faz-nos pensar também que acontece o mesmo conosco. Num dia somos aquelas crianças sapecas ralando os joelhos no quintal de casa. Adolescemos, tornamo-nos adultos, nos reproduzimos, conquistamos nosso lugar ao sol e aos pouquinhos os cabelos vão ficando grisalhos nas têmporas, já não temos o mesmo vigor físico de antes, cansamo-nos com mais facilidade, nossa memória já não é mais tão boa. Para alguns de nós os impactos da velhice são muito mais notáveis do que para outros, mas de qualquer maneira é inescapável. Imagine só para os animais. Esse processo é muito mais rápido. Um dia você chega em casa com um filhotinho amável, tem o maior cuidado com ele na primeira noite, precisa de um pouco de paciência para ensiná-lo a se comportar, fazer as necessidades no lugar certo, não deixa-lo fugir do banho, arrastá-lo até o veterinário. Você percebe que aquele filhote tornou-se um lindo adulto. Outro dia você se dá conta de que seu amigão já não é mais o mesmo – e nem sequer é culpa dele. Ninguém está preparado para isso. Perder um amigo sempre deixa um buraco no peito, não é mesmo? E o que é mais importante: esse amigo de quatro patas é único. Pode haver milhares de cães, mas o seu sem dúvida é especial porque é seu, porque é o seu grande amigo. E todo amigo via de regra é único por ser o que é. Com o Marley não é diferente.

A maneira como o John Grogan narra os últimos tempos do Marley é de cortar o coração porque ele não escreveu mais do que a verdade. Acredito também que quando um cão querido se vai, uma parte de nós ele leva consigo. Somente quem tem um cachorrinho ou já teve pode entender o quanto eles significam porque efetivamente eles se tornam parte da família e acompanham o passar dos anos conosco. Mesmo chorando no final eu posso dizer que no saldo ri muito com o Marley no auge da juventude, aprontando todas. Chorei de tristeza imaginando como as crianças ficaram devastadas com a perda do bichinho, no quanto a casa ficou vazia (embora mais limpa e sem pelos de cão por toda a parte) sem os latidos, as brincadeiras, aquela presença imponente e magnífica do Marley. Nada que eu acrescente define de verdade a emoção que eu senti lendo e tenho certeza de que o sucesso dessa obra é mais do que merecido. Ela leva uma parte do seu coração consigo, tal qual faz Marley imortalizando pelo seu amigo eterno John Grogan.

Marley & Eu é um livro que figura honrosamente na minha prateleira. É mais do que uma história de um cachorro que morre no final, é a história de uma verdadeira amizade, uma linda história de amor. Só não dou dez estrelas porque o total máximo é cinco, mas que conste, eu queria dar dez estrelas.

Sei que há outro livro do John Grogan sobre cães chamado Cachorros encrenqueiros se divertem mais, que aliás parece ser muito bom, porém minha lista de livros está muito grande, tenho os títulos do vestibular para ler, mas vou dar um jeitinho de ler e também resenhar, afinal, sou cachorreira assumida. Espero que tenham gostado da minha resenha e que acompanhem as próximas, pois é um jeito especial de nunca nos esquecermos dos livros que lemos durante a vida, acumular algo que não podem jamais tirar de nós: o nosso conhecimento, aquilo que absorvemos enquanto aprendemos, e de que maneira somos tocados pelo que lemos.

Então é isso, pessoal. Vou ficando por aqui. Até mais! =)

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