Nunca conheci ninguém que se parecesse comigo.
Nunca recebi nenhuma música em dedicatória.
Nunca morei em outra cidade.
Nunca virei o ano na praia.
Nunca recebi flores.
Nunca gozei da popularidade.
Nunca, porém, desisti dos meus sonhos.
Nunca perdi a esperança
Nem sempre a mostro, mas carrego num baú bem escondido no meu peito a fé.
O brilho dos meus olhos não é efeito de filtros, é o otimismo sobrevivente que se manifesta nas minhas íris.
Nunca fui a princesa de ninguém, mas nasci na primavera.
Meus olhos são negros e brilhantes como a jabuticaba, doces e penetrantes como uma flor única cujos botões se abrem lentamente, a flor de novembro, a poesia escrita sem versos, acompanhando o espetáculo da própria vida.
Uma flor que não existe outra igual no mundo. Guardada no verso que não morre quando escrito, mas assina a imortalidade e perdura.
A flor de novembro se faz e refaz tal qual a ave fênix, das próprias cinzas ressurge a coragem.
Essa sou eu, impaciente com meios termos.
★
Releitura de um poema do mesmo nome, escrito em 2014.
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