O verdadeiro amor é uma chama poderosa que a maldade ao redor não apaga

 

Captura de tela de Mary

Diz-se muito que o coração é uma metáfora em se tratando de amor.

Pois bem, um personagem bastante atuante e inspirador. Ninguém melhor do que ele para nos ajudar a entender o que se passa.

Quando quem nós amamos se vai, as boas lembranças nos sustentam e nos atormentam.

Às vezes, o fim não é o fim de verdade, é só o intervalo entre dois bons suspiros. Há sempre um encanto bem guardadinho disposto a se manifestar de repente.

Mas quando o fim é o fim, nada dói mais do que não aceitar. O costume se desfez em pedaços e ninguém no mundo poderá trazer de volta quem não pode mais refazer as linhas da história.

O peito dói tanto, expira-se o irreversível e inspira-se o incerto, mas dizem que coração partido é doença da alma e não mata.

O corpo padece.

O desânimo se engrandece.

A primavera perde a cor.

A realidade tem um peso enorme e o sono sem sonhos é o refúgio da alma em frangalhos.

Às vezes, os sonhos aproximam o que a realidade afasta. Parece até promessa, que por algumas horas a dor deixa de incomodar e se torna só uma ferida sem importância.

O coração é a emoção da razão.

Ninguém nunca parou para pensar que talvez a minha poesia não queira rimar nem ser julgada, apenas existir?

Minha poesia contém os meus sentimentos e tenho bem certo em mim que não se deve simplesmente dizer o que fazer e sim aprender a respeitar.

Estou vivendo o intervalo entre um suspiro profundo e outro, entre o dia e a noite, do meu próprio jeito, tentando encontrar uma razão para decifrar os enigmas que rodeiam o meu coração teimoso.

Sei que o tempo é um grande senhor e me capacita para não me sufocar com a espera. É importante entender que ela não é o mesmo que estagnação, mas sabedoria para não repetir os erros de outrora.

Não sou a melhor intérprete de metáforas desse mundo, mas nunca me esqueço da certeza de que nada vai poder apagar o que foi destinado a ser meu.

 O verdadeiro amor é uma chama poderosa que a maldade ao redor não apaga. 


Curitiba, 29 de julho de 2016.

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