O muro azul

 


     Hoje deparei-me com o muro pintado de azul, antes azul do que cinza, mas a tristeza não cabe dentro do peito. Ler aquelas palavras enquanto aguardava o sinal abrir para os carros preenchia o coração de esperança. "Porque sem Deus até o sol sente frio." e embora eu não tenha conhecimento da autoria desta célebre frase, sou grata a quem escreveu. 

    Ao menos tive a intuição de realizar uma modesta captura desses pequenos deleites proporcionados na selva de pedra e posso compartilhar aqueles encantos que nossos olhos sempre tão apressados deixam de apreciar.

    Não há mais a poesia para nortear os corações desalentados. Não para se ler enquanto se transita ou se espera o sinal abrir, mas ela permanece viva enquanto o amor de Deus aquecer e enternecer nossos corações durante este percurso chamado de vida. E para quem confia que tudo pode naquele que nos fortalece, é sempre natal. O ano inteiro. Por toda a eternidade.

    Sem a poesia quem sente frio é aquele que busca no meio da tristeza e da escuridão as singelezas proporcionadas por um olhar mais apurado e amoroso para as mais inspiradas obras de arte que talvez não estejam expostas em galerias, sejam produzidas por pessoas anônimas, porém repletas de amor em cada rastro deixado num mundo carente de cores vivas.

4 comentários:

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