Como surgiu Pô, Pai?

A história de Pô, Pai começa em 2007, com A Governanta. Pouca gente sabe, mas no rascunho da novela, Beto queria ser ator e, enquanto não conseguia um papel de destaque, vivia às custas da Nina. Quando reformulei a trama, ele tornou-se ninguém menos que o baixista da lendária banda de pop rock 5 Pra Meia Noite, aquele cara que tinha 26 anos, só queria ver desenho animado, ouvir Simple Plan, Forfun, tocar Guitar Hero, esperar o FVNT e trabalhar que é bom, nada. Começou a faculdade de música pensando que seria a escola de rock e largou na metade. Quem nunca gostou dessa folga toda é o Augusto, o pai médico que queria ver o filho tendo atitudes de um varão maduro e independente, algo distante de acontecer.
Grande parte das brigas de Beto e Nina se dá justamente devido à preguiça extrema dele, a imaturidade que decepciona a esforçada professora primária. Alzira, a sogra do parasita, é contrária ao namoro, enquanto Marcela já sonha com o casamento e os netinhos.

Em 2011, quando fiz vestibular, todos os meus parentes também fizeram, inclusive três conhecidos meus que serviram de inspiração para o irmão do Beto em Pô Pai, o André. Sim, aquele que quer desbancar o Neymar e levantar a taça do Hexa. Eu não passei no vestibular, mas o que interessa? 
Tive um 15 de novembro de 2011 muito divertido e dali nasceu o bordão que deu nome ao grande sucesso de 2012: PÔ PAI. Eu, é claro, fazia o papel do meu primo folgado, minha mãe fez o papel da Marcela e do Augusto e minha irmã filmou. 
Não posso colocar esses vídeos na net porque tenho vergonha que vocês ouçam meu sotaque de Bozena, “daí, né?”, mas enfim, quando voltei com A Governanta entre 2011 e 2012, decidi que Betinho seria aquele sujeito que está há mais de 10 anos no cursinho tentando vestibular para Medicina e nunca passa, o que desespera Augusto. 
Final de março e começo de abril sempre rima com Páscoa. Em 2012, fiquei imaginando como seria a Páscoa do Beto, o que renderia um episódio piloto especialíssimo. Ele faria uma lista de Páscoa e iria ao mercado com os pais para fiscalizar se não se esqueceriam de nenhum item contido na lista (o que está em negrito e sublinhado é imprescindível) e um especial em Inocência que se vai (a versão FB) deu origem a Pô, Pai a 29 de março de 2012.
Quem era logado no Fanfics Brasil em abril de 2012 com certeza curtiu o auge da fic, riu com as sequências antológicas e deve ter na lembrança as risadas que deu. Os Prado Mendes chegaram brevemente a experimentar o gostinho do sucesso, alcançando o top 20 mensal, o que hoje em dia certamente não aconteceria, ainda mais com aquela novela imbecil reprisando.
Atualmente, Pô, Pai é exibido na programação do WNBM e também no Nyah. Para comemorar os dois anos de sucesso, promovi o especial “Aniversário de Casamento” no qual os leitores voltam no tempo, descobrem como Augusto e Marcela se conheceram e também conferem outra participação do casal em um programa: o Teste de Fidelidade, porém no NF é proibido escrever sobre pessoas reais, portanto alterei o nome de João Kleber para Serginho Karangueju a fim de não criar nenhum tipo de inconveniente. O resultado não poderia ser menos que divertido. Quem ler não vai se arrepender e quem não leu, corre que ainda tem tempo de comemorar os 2 anos de Pô, Pai.
Não tenho a intenção de educar ninguém nem moralizar, somente divertir. Se te fizer rir, já valeu escrever cada linha. Num mundo onde a ironia é levada a sério e a desgraça alheia é uma piada, o que nos resta é rir de nós mesmos.

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