O que diz o meu sorriso?

 

Inundei sorrisos.

Se você me observar, pensará que estou muito bem.
Não é porque consigo controlar as lágrimas que me atrevo a dizer que me esqueci dele e daquilo que se passou, do estado lastimável que fiquei depois de tudo.
Ele está dentro de mim, seu sorriso aconchegante é a luz dos meus dias sombrios; fazer o que precisa ser feito é a melhor retribuição. O espaço que é dele, ninguém rouba.
Sorrio inventando motivos por que afinal de contas, não há remédio senão a passos curtos caminhar. Não importa a velocidade, mas o empenho e a coragem.
Às vezes a resposta que se tem chega quando menos se espera, quando se aprende que dar um tempo ao coração também é uma sábia solução. Não querer cortar caminho, saber que tem de deixar doer para a cicatrização ser mais poderosa.
Quando houver dúvida e angústia, todo aquele brilho que existe no meu olhar me guia na escuridão, por isso estou sorrindo, respeitando a sobriedade da tristeza, sem, é claro, sucumbir aos apelos vazios da autocomiseração, aquela que nos deixa egoístas e anula todo o progresso.

Curitiba, 27 de novembro de 2015.

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