Há uma enorme
responsabilidade pela palavra dita, ainda que ela contemple um efêmero instante
e não represente os verdadeiros anseios de quem se pronuncia no calor de uma
emoção intensa e incontrolável. A raiva é aquele impulso cuja repercussão pode
ser irreversível. Uma vez perdida a inocência, nem mesmo a mais eloquente das
retratações reconstrói a confiança esmigalhada.
Cabe-me dedicar um cuidado
ímpar com a colocação de todos os elementos da oração. O mau uso da palavra é
recorrente, a aplicação da verdade é
passível de infinitas interpretações. Entre o certo e o duvidoso, milhares de
alternativas.
Não encontro segurança em
meio a este revoar de ódio. Ele não é a solução que me interessa. Poderia
discorrer sobre a maturidade de não
permitir que pequenas diferenças consigam destruir grandes sonhos. Se o
fato de “estar” em um lado te faz abominar o outro, algo não está certo.
Segregar torna qualquer
negociação impossível. A observação é uma atitude acertada para aprender e
aplicar o verdadeiro significado do verbo escutar,
de modo que a ponderação não se revele demagoga. O silêncio exercita o
respeito, através dele se alcança o entendimento.
Curitiba, 31 de agosto de 2016.
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