O
medo de voar prendeu-me a este lugar.
Eu
não pertenço mais a este mundo cão.
Minha
paciência para baboseiras sem propósito
Há
tanto se foi que nem fiz questão de procurar.
Tudo
perdeu o sentido porque estou em outra direção.
Algemas
invisíveis sufocam minha criatividade.
Julgada
por rostos embaçados na multidão.
Atitudes
calculadas, princesa de mentirinha.
Meus
sonhos são grandes, não cabem num sapato.
Aqui
já não é mais o meu lugar, preciso voar.
Não
tenho asas nem passaporte, só o céu é meu limite.
Nada
mais tenho a perder, senão o temor.
Não
uso coroa no alto da cabeça,
Tampouco
faço questão de levantar bandeiras.
Quero
ter o direito de mudar de ideia.
Regras
retrógradas não vão delimitar a inspiração.
O
tempo que perdi nunca me pertenceu.
O
presente caminha comigo até amanhã.
Se
eu me perder do que restou, sobra a solidão.
Se
eu abrir mão dos meus sonhos, nem a dignidade.
Não
há um canto concreto a chamar de meu.
O
mundo é perigoso, a tentação do ingênuo.
Sou
céu, mar e ilusão com um punhado de loucura,
Mas
ninguém vai se passar por mim.
Enterro
mágoas e decepções neste acostamento.
Não
me despeço daqueles que me estimam,
Estou
à procura de mim neste mundo cão.
Aonde
quer que possa estar o que sobrou da fé.
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