Deus está fazendo a parte dele,
cuidando daquilo que meu entendimento humano não permite atinar, me ajudando a
enxergar aquilo que precisa ser mudado, mas a transformação total deve partir de um querer muito forte. Preciso reconhecer que se algo está me fazendo mal, preciso me desintoxicar, me
afastar, fechar um ciclo que já me ensinou o que precisava ser aprendido. Nada adianta fazer preces, acender velas, incensos, sem olhar para
dentro e me comprometer a cuidar da bagunça interior porque se torna uma
questão de prioridade e em alguns momentos não é errado me colocar em primeiro
lugar, pensar no meu bem-estar.
Fazê-lo jamais será o
mesmo que fechar o coração para cuidar das dores daqueles que de mim necessitem, todavia, me lembrar de que não sou autossuficiente e por vezes também preciso parar, me aninhar num colo quentinho, colocar as lágrimas
em dia e também me afastar daquilo e de quem me faz mal.
Reconheci o cansaço de minh'alma para seguir adiante e pedi
ao Pai Amado para me colocar no colo. Escancarei as portas e janelas do
meu coração para Ele entrar e tomar posse da situação. Agora chegou a vez de engolir o orgulho e efetivar as mudanças prometidas porque, de
fato, algumas situações estavam me desgastando sem me levarem a parte alguma,
embora, com isso, tenha aprendido quais são os meus limites, minhas fraquezas,
quão valoroso é fazer silêncio quando a imprudência fala mais alto.
Em vez de culpar as
pessoas pela situação em que me encontro, acende o desejo de assumir a
responsabilidade pelas minhas escolhas, pelos erros, confesso-os e procuro, a partir dessa perspectiva, MELHORAR como pessoa
para EVOLUIR, aprender com uma condição que se repete porque é assim: Deus nos
concedeu o livre-arbítrio, de maneira que posso fazer minhas escolas, se tiver incutido em mente que vou arcar com as consequências.
Não tenho poder
para frear as intervenções divinas porque não importa quanto dinheiro tenha, nem que seja famosa e influente, do mesmo jeito que meus
animais de estimação e muitas pessoas queridas morreram e ao pó retornaram, o
meu destino é o mesmo, sem distinção.
Quero,
durante essa passagem pelo mundo, evoluir. E procuro fazê-lo,
mesmo dentre os retrocessos, que seja difícil controlar algumas reações, que
seja confrontada com pessoas e situações que despertam o meu pior lado e que às
vezes não saiba agradecer pelo que tenho ou mesmo dar o meu melhor quando
poderia fazê-lo.
É complicado
aconselhar as pessoas porque, por melhor que seja a intenção, não sou digna
disso, não tenho autoridade, nem bagagem intelectual para citar grandes autores
e contextualizar sentimentos, até porque sempre haverá alguém a
discordar, a deslegitimar meus argumentos por despeito, por não tolerar um
ponto de vista diferente ou porque não escrevi o que ela queria ler, então
quando escrevo, penso mais em mim mesma ou tocar um coração que esteja passando
por semelhante situação.
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