Palavra é Arte


Minha participação no projeto Palavra é Arte (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)



Nesta quarta-feira (7), chegaram os meus exemplares referentes à participação no projeto Palavra é Arte. É minha segunda participação nele, a primeira foi lá em 2014.
Senti uma onda imensa de gratidão, porque até aquele livro impresso em que o meu nome está na capa de rosto passou pelas mãos de muitas pessoas.

Desde aquele homem que gostou de um poema meu no Recanto das Letras (provando que o público do Wattpad estava errado em relação à minha arte, porque há quem a aprecie), até o dono da editora, um professor de coração nobre, que enxerga em cada texto muito além do que ele diz, dando oportunidade para que pessoas como eu deixem uma marquinha no mundo.

Recordo também a simpática mulher que leu e aprovou os textos que selecionei, o diagramador que me convidou a revisar o conteúdo, o ilustrador que, com carinho e criatividade, deu vida à capa, todos os autores participantes, “anônimos” que enchem de diversidade as cento e poucas páginas do livro.

Não estamos nas estantes das grandes livrarias nem figuramos nas listas de best-sellers, mas temos ótimas histórias para contar. Até mesmo o carteiro, encarregado de trazer a encomenda, faz parte disso: por trás do uniforme, do medo de mordidas de cachorro e dos imprevistos diários, talvez também carregue uma bela história para compartilhar.

Até chegar às minhas mãos, esse trabalho foi se transformando em pó de estrela, iluminando o caminho por onde passava.
É impossível mensurar quantas pessoas ainda serão tocadas por essa luz, quantos caminhos ficarão mais claros, quantos sonhos nascerão, quantos momentos bonitos as palavras proporcionarão. Ou talvez nem precisem ser palavras: um simples sorriso, um abraço, um aperto de mão já bastam.

O projeto não tem finalidade comercial porque existe para que o dom da palavra circule em bibliotecas, escolas, e incentive novas pessoas a escrever, por isso estou genuinamente feliz que os exemplares tenham chegado até mim.
Foi uma oportunidade inesperada, principalmente depois de anos em que tantas pessoas me feriram, desmereceram e me fizeram acreditar que eu não tinha talento.
Amarguei a injustiça de ter pago por uma publicação que nunca se concretizou, enquanto outros — com mais visibilidade — tiveram prioridade.
Mas hoje, esse livro em minhas mãos me devolve algo que parecia perdido.

Numa alma lírica, o sangue que percorre as veias do artista é composto por tintas de todas as cores — estoque suficiente para desenhar um novo mundo onde a Palavra é Arte.

Quero apenas expressar minha gratidão a todos os envolvidos neste projeto e desejar, das profundezas de um coração ainda machucado, que muitas outras pessoas possam sentir a mesma alegria que senti com o convite — e, depois, com a chegada dos livros.
Porque é isso que as histórias devem fazer: correr o mundo e tocar corações.

Ser companhia, inspiração, alegria, emoção.
Ser a vida que pulsa em cada letra, cresce em cada frase e se transforma em arte.
E a arte — essa, sim — não precisa ser entendida ou julgada.
Precisa ser sentida.


✨ Com carinho,
Mary Luz

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