Um bom escritor aprende a espalhar amor 🪻🐞✍️


   O leitor viaja pelo mundo narrado através dos olhos do poeta, mas os seus agregam uma profundidade ainda mais surpreendente do que o pressuposto. A escolha das palavras apresenta uma nova solução, sugere uma reflexão, não vem do acaso.
   Gratidão é um sentimento ínfimo para descrever o que significa interagir com cada um. Leitor não é número, não é ostentação, é amigo, deve-se haver consideração.
     A métrica tem a sua importância, mas a poesia também é o não dito, o verso corrigido, a interpretação dos seus olhos sobre os meus.
        Versejar é viver.
       Feliz daquele que aprende a ler com a alma. Se você consegue ler com o coração aberto, aprende a tratar as diferenças não como obstáculos a obstruírem o entendimento, mas uma oportunidade para se aperfeiçoar com pessoa, enaltecer o intelecto sem padecer à arrogância.
       Cada leitor é um mundo único, feliz do escritor que não se entrega à vaidade e almeja se recriar com o treinamento, o refinamento da prática pessoal, inspirando e expirando a sensatez do silêncio, rebatendo as críticas negativas com a superação interior, separando o que serve de ensinamento para o que deve ser esquecido, sem se apegar aos elogios, mas também sem duvidar de que nas palavras de carinho cada um oferece aquilo que pode, que tem de melhor.
       Um bom escritor aprende a espalhar amor. O codinome (não tão) misterioso para a eternidade é ele, o bendito, abençoado e famigerado verso de amor. Ele nem precisa ser explícito, apenas vivo, na ponta da caneta, no resguardar de um sorriso, no calor de um abraço, no silêncio consentido de um beijo, naquilo que fica, naquilo que gera vida, mãe do verso, de todo o resto.
        O restante, meus amigos, é questão de sorte.

Curitiba, 27 de março de 2016.

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