A inspiração e eu somos um só coração. Como em qualquer outro relacionamento, temos nossas divergências, afinidades e alguns desafios a serem enfrentados. Unidas, nós progredimos para trabalhar em harmonia, visando sempre o bem maior, apreciando a dádiva de poder compartilhar com o mundo a beleza das palavras.
Às vezes, sou lenta demais para o ritmo dela e acabo me perdendo naquele mar de tarefas a concluir. A rotina pede um pouco de flexibilidade. Ser muitas numa só sem nunca abdicar das particularidades que sustentam a essência com firmeza desde sempre.
A inspiração e eu brindamos o nosso êxtase com xícaras de café, ouvindo boa música e repousando o corpo para a alma vasculhar o infinito em busca de saciedade, pois um dia o lugar dela será por toda a parte.
Às vezes perdemos completamente a noção do tempo, alcançando patamares inimagináveis graças a nossa incrível sintonia de trabalharmos sem pausas, determinando que o ponto final encerre o nosso expediente.
Ela se alimenta de amor e boa vontade, às vezes quer ser colocada no colo, menina teimosa que se rende ao primeiro cafuné, não fala menos de amor do que pode, fala do mundo e do que mais quiser.
Os livros são interessantes por terem sido escritos por pessoas. A maior fonte de inspiração é escutar o que cada coração tem a dizer. A simplicidade, ela bem sabe, surpreende, é grandiosa.
O alimento da inspiração é a vida, por isso somos um só coração, porque toda vez que estou fraca, ela me ajuda a enxergar que a escuridão também tem fim, para um novo início ser possível, um sonho novinho em folha, uma nova versão de mim…
Curitiba, 27 de março de 2016.
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