Esse camarada é um urubu. Não precisa ter medo dele.
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Diga “oi” para o Zico. |
Foi muito curioso porque bem no dia do meu aniversário do ano passado, enquanto anoitecia, vi pela janela o que deve ser um casal de urubus, tomei um susto, fiquei com muito medo, pensando mil coisas, que eles trariam mau agouro e por procurar respostas na espiritualidade e na psicologia, descobri, para o meu espanto, que o urubu é o gari da natureza, responsável por manter o equilíbrio na cadeia alimentar, sem contar que ele é um totem muito poderoso, muitas vezes mal interpretado, isso sim, porque urubus nunca atacam criaturas vivas, possuem uma visão ampla e são criaturas lindas, aprendi a amá-los de tanto vê-los nas imediações.
Bom, na verdade sei que eles apareceram porque o prédio do outro lado da rua, onde outrora funcionava uma pensão, foi abandonado, logo, há pombos mortos e eles vêm comer a carniça, mas eles não fazem mal a ninguém, não roubam, não estupram, não matam, não caluniam, não invejam, não odeiam, não merecem de forma alguma serem maltratados. Mau agouro, ouvi dizer, é matar urubu. Na verdade, matar qualquer vida inocente, humana ou animal, pois o único que nos pode tirar a vida é Deus… e quando ELE quer.
Registrei meu amigo urubu para daqui a muitos anos, quando olhar para essa foto, lembrar-me dele, e também a forma curiosa dessas nuvens, parecendo de fato um edredom cobrindo o céu. Lógico que sempre que o verão está próximo de acabar me bate aquela bad, aquela melancolia, não sou fã do outono, mas quero mudar isso, quero aprender a amar o outono do jeito que ele é e desfrutar dos encantos que só ele possui, compreender o significado dele na totalidade, conotativo e denotativo e viver cada momento com amor, verdade e intensidade, aprender no silêncio a ouvir o que Deus está tentando me dizer, o que preciso saber para fazer uma caminhada mais bonita no dom da vida, espero conseguir e treinar meus olhos e meu coração para enxergarem beleza em tudo, sentir as mãos compassivas de Deus chamando para um abraço, agradecer por tudo, por tudo que me permitiu estar aqui, porque apesar de muitas vezes me sentir à deriva, esquecida pelo mundo, bem lá no fundo, sei que não estou sozinha.
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