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A temporada de 2025 está no ar. |
Estamos de volta, caros amigos do OCDM. A temporada 2025 de Mary Recomenda começou em altíssimo nível, com Contos do Esconderijo, para não nos esquecermos jamais das consequências do ódio e do extremismo. A Cachorra, da escritora colombiana Pilar Quintana, divide opiniões, mas cumpre com muito brilhantismo o objetivo de envolver os leitores.
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Capa da edição brasileira (Reprodução: Editora Intrínseca) |
A Cachorra é uma narrativa ambientada em uma comunidade costeira da Colômbia e a personagem principal é Damaris, uma mulher de meia-idade assombrada por traumas do passado, que carrega também a frustração por não poder ter filhos. Com isso, sua relação com uma cachorrinha resgata alguns de seus sentimentos mais profundos e conflitantes.
Sobre a autora
Arco narrativo
Impressões
Senti uma mistura de raiva e empatia durante a leitura, especialmente na cena em que Damaris tem um surto e comete um ato imperdoável, na minha percepção. Foi um momento perturbador, mas também um reflexo da dor profunda que ela carregava desde que se entendia por gente.
Ao mesmo tempo, a parte em que Damaris relembra sua infância, o pouco-caso das pessoas ao entorno e o peso da culpa e da injustiça me fizeram sentir uma profunda compaixão por ela. O final me desagradou por não concordar com o que ela fez, todavia, refleti sobre o quanto a falta de amor e perspectivas abre feridas incuráveis e rouba a esperança de dias melhores. Essa dualidade de emoções é um elemento a tornar o texto tão poderoso e realista.
A Cachorra é uma leitura impactante e emocionante, ideal para aqueles leitores que apreciam narrativas profundas e provocativas. Pilar Quintana entrega uma história que nos desafia a confrontar as complexidades das emoções humanas e a profundidade das relações. Recomendo para quem busca um livro que fuja do eixo norte-americano, dos clichês de sempre e proponha uma reflexão intensa sobre vida e dor, sem promessa de “e eles viveram felizes para sempre”.
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