“No brilho dos seus olhos tive o presságio de um futuro bom, que ignorei por não merecer, porque eu não me julguei boa o bastante para receber esse amor tão bonito que você me deu, quando você viu na apatia dos meus olhos aquela menina esperançosa que eu era, com tantos sonhos, tantas ambições, tanta força. Você viu no calor das minhas lágrimas que considero cada uma das suas palavras e não te omitiria um segredo, mas parti seu coração não sabendo amar, portando-me com certa rispidez, mantendo-me quão distante pudesse. Era a minha defesa. Meu coração está machucado, meus pensamentos bagunçados, e eu ainda quero que você fique, quero que seus olhos desnudem os meus e sua boca cole com a minha e me diga (mesmo sendo mentira) que tudo haverá de ficar bem. Se eu pudesse remexer nos manuscritos do destino, sem pretensão para tal, digo que suas asas me seguraram e não haverá um só dia em que eu não tenha orgulho de ser sua, porque deliberadamente almejo, para você, que é meu verso e canta a música do meu coração até quando não quero escutá-la.”
Traduzido pelo brilho dos meus olhos - Capítulo 25 - Alô...
Traduzido pelo brilho dos meus olhos - Capítulo 21 - Separados pelo intercâmbio
Editorial WNBM - Saber perder.
O lado obscuro da idolatria
Futebol e realidade social
Por saúde e educação seis estrelas
7 x 1 na Educação
7 x 1 na Saúde
7 x 1 na Segurança
7 x 1 na Transparência
Um minuto de silêncio pelas injustiças estruturais
O 7 x 1 no futebol foi doloroso, mas os outros "gols contra" que o Brasil leva diariamente são ainda mais devastadores. Esses são os desafios que realmente deveriam nos unir, não em lamentação, mas em ação. Só assim podemos começar a virar o jogo.
Mary Entrevista - Garota dos Sonhos
MaryPrincess88 nunca desista dos seus sonhos!
Comunicado importante... ou não...
A desculpa é a falta de tempo, tão bem articulada. É sempre ela, a correria, tão danada que consome todos os minutos e serve para argumentar o tal sumiço que, por mim, já era aguardado. Vocês têm tempo; não têm vontade. Não estou esfregando a verdade no rosto de ninguém, apenas concluindo o meu raciocínio. Pensei, finalmente, haver encontrado leitores que gostavam de verdade do meu trabalho, que se deliciavam com a minha técnica, com a minha narrativa, mas, ao invés disso, percebo a desatenção, a falta de percepção, o completo descaso. Ofereço todos os modos de entrar em contato, divulgo o endereço, faço tudo que está ao alcance, conforme os limites impostos. No entanto, o desgaste emocional compete justamente com a comoção nacional pela lesão do craque.
A idolatria cega a todos. Ninguém percebeu que falta pouco para o Mundial acabar e que, a partir do dia 14, a rotina volta a ser como era antes de meados de junho. Sei que a maioria sentirá falta dos feriados no meio da semana, do expediente pela metade, da cervejada, do churrasco, das cornetadas, de vestir a camisa verde e amarela. É bem capaz que alguém vá perder o jogo para “ler”. Ninguém, né? Ou pelo menos ninguém que eu conheça.
Sou jovem, também vim de origem humilde, nunca tive nada de mão beijada, também tenho tantos sonhos — alguns deles, porém, inviáveis; outros, bem difíceis de se realizar. Eu não sou jogadora de futebol, não sou namorada de craque, não canto funk, não sou periguete; sou apenas uma escritora lutando pelo meu espaço. Alguém que não tem contato com editoras, que já foi plagiada, atacada, maltratada, ignorada. Já ouvi várias vezes que “escritor só é reconhecido depois da morte”, que “o brasileiro não tem paciência de ler textos”. Nenhuma equipe de reportagem se interessou pela minha história de vida, nem pelo meu sofrimento. Minhas lágrimas não estamparam manchetes de jornais, meu talento não é aclamado com a mudança de entonação do âncora do jornal. Eu não tenho fãs rezando por mim na porta da minha casa. Sou apenas uma garota que escreve num blog para fantasmas.
Deus me presenteou com um dom que serve para tocar corações, para me comunicar com outras almas e ajudá-las a enxergar que a vida vai além de ter um namorado, ficar com o menino mais bonito da escola ou faculdade, além de se torturar devido aos padrões de beleza. Tentei mostrar-lhes um mundo novo, diferente, descrito sob o meu olhar. Juro que tentei, dei o meu melhor, quis fazer humor sem ofender, falar de amor sem ser melosa, quis ser a diferença que tanto espero ver no mundo — e não vejo, porque já pensei que algumas pessoas eram especiais, quando na realidade não passavam de fantoches altamente manipuláveis. Tanto é que os mesmos revolucionários que cantavam palavras de ordem nas ruas no ano passado estão de mimimi nas redes sociais, chorando por quem receberá o melhor tratamento médico e voltará a jogar.
Por que o sonho dele é mais importante que o meu, que o da minha irmã, da minha vizinha, do meu amigo?
Todos somos jovens. Podemos não jogar fora do país, mas também tentamos representar bem a nossa nação. Ser patriota não é só sentar em frente à televisão e gritar “gol”, hostilizar argentino, uruguaio, colombiano. É não chutar cachorro de rua, não maltratar idosos em filas, não discriminar as pessoas com deficiência, os negros, os nordestinos. É não aceitar propina, não jogar lixo na rua, não estudar ou trabalhar “de qualquer jeito”. É respeitar, mas quem se importa com regras?
Não quero acreditar que devo abandonar o sonho que me mantém viva porque ele não vai se realizar. Por mim, ninguém irá chorar. Repito: sou uma reles mortal. Não estou no padrão de beleza, não usufruo da fama do meu namorado porque não tenho, minhas palavras são totalmente dispensáveis.
Não me venham com hipocrisia, dizendo que não tenho empatia. Não tem nada a ver uma coisa com outra. Lamento pelas pessoas que realmente importam na minha vida, os membros da minha família. Rezo por quem merece, por quem precisa, não por quem quer aparecer mais que Deus. Um escritor é tão digno quanto um astro do mundo da bola. Lembrem-se de que nós não somos alfabetizados por jogadores, e sim por professores. Mas quem se lembra deles?
Não justifico jamais a violência contra quem quer que seja, não desejo o mal nem de quem me deseja o pior. Simplesmente desejo luz até para as pessoas de quem não gosto (e não gostam de mim), porque desejo que essas encontrem seus caminhos e sejam tão felizes, preenchidas de tanto amor que não lhes reste tempo nem vontade de atentar contra ninguém.
Vocês podem usar o tempo da maneira que bem lhes couber, não é da minha conta. Porém, vocês assumiram o compromisso de ler. Vocês me iludiram com palavras amáveis, fizeram-me acreditar que esse sonho valia a pena. Se estavam lendo por dó, sem vontade, que nunca tivessem lido, porque, se vocês não meditam sobre a leitura, não aprendem nada. Continuam escrevendo errado e significa que não estou cumprindo minha missão. Estou falhando, e duplamente, por insistir em cativar um público que já está alienado. Me desculpem, mas é a realidade, por mais dolorosa que seja.
Sabia que a época da Copa do Mundo seria a mais difícil do ano de 2014. Festa para uns, lágrimas para outros. Eu tentava me preparar emocionalmente para a idolatria, para tudo. Mas a verdade é que, vendo tantas pessoas mentirosas e falsas nas minhas redes sociais, vou perdendo a vontade de fazer amizades. Todo mundo se diz tão diferente e simplesmente vive de copiar. Parece que ninguém pensa por conta própria, que a sinceridade incomoda. Se você não assiste ao jogo, rola, sim, aquela sensação de exclusão. Não há nada pior que se sentir assim, como se você não fizesse parte de nada, como se fosse um veneno contra a alegria. Só que não adianta nada comemorar — não temos motivos para isso. Eu, pelo menos, não.
Não vou celebrar o fim dos meus sonhos, não sou masoquista. Não, a esse ponto. Ah, já extrapolei os 140 caracteres. Todo mundo tem preguiça de ler. Então, ótimo: terça-feira tem jogo, curtam muito e idolatrem bastante o camisa 10, chorem e rezem por ele. De mim vocês não vão ouvir mais nada. Também sei que a desculpa do tempo cola bem para tudo. Vocês sempre têm um espacinho para qualquer coisa, menos para o que realmente interessa.
1000 cartas de amor | Permita-se (me) amar
Eu sei que você sente. Mesmo quando tenta não sentir. O seu medo de olhar nos meus olhos, de me encontrar de verdade, é só o reflexo do qu...

-
A Páscoa de 1998 foi marcada por sonhos, nostalgia e grandes expectativas. Para Tita, de Simplesmente Tita , aquela época pare...
-
Hoje me peguei lembrando do dia em que alguém me ouviu pela primeira vez — de verdade. Não foi em casa. Não foi entre colegas. Foi num momen...