O Destrinchando a Letra de hoje traz uma música que é pura emoção. Vamos falar de Nutshell, do Alice in Chains, uma das bandas mais importantes do movimento grunge de Seattle nos anos 90, ao lado de Pearl Jam, Nirvana e Soundgarden.
Talvez fosse óbvio escolher Man in the Box ou Would?, que também têm tudo a ver com o clima de Simplesmente Tita. Mas Nutshell me ganhou. Esse som, cheio de camadas e significados, conversa direto com o coração de quem já se sentiu fora de lugar. Aliás, “nutshell” pode significar “casca de noz”, “concha” — uma metáfora para quem, como a Tita, vai se descobrindo e se protegendo, ainda sem saber a força que carrega.
O Jar of Flies (1994), EP que inclui Nutshell, foi o primeiro a alcançar o topo da Billboard — um feito incrível para um EP. Outras faixas de destaque são No Excuses e, claro, Nutshell, um clássico que fala sobre solidão, luta e autoconhecimento. É provável que o vocalista Layne Staley tenha refletido ali sobre suas próprias batalhas pessoais, principalmente contra o vício, que infelizmente o tirou de nós muito cedo.
A biografia oficial do Alice in Chains que encontrei no Wikipédia está meio resumida, então deixo também o link de um blog de rock que apresenta uma história mais completa para quem quiser mergulhar fundo nesse universo.
BIOGRAFIA COMPLETA ALICE IN CHAINS.
Confesso: estou me apaixonando agora, de verdade, pelo rock que sempre admirei. Descobrindo discos, histórias, nuances... Só falta ganhar na Mega Sena pra sair comprando todos os álbuns e EPs que quero!
Sobre a música:
Se você apenas ouvir superficialmente, pode achar que Nutshell é triste e só. Mas se abrir seu coração para as metáforas, ironias e mensagens implícitas, vai perceber como essa letra fala de sentimentos universais: a busca por identidade, a luta para não se perder no meio do caos, o desejo de encontrar um lugar seguro para ser quem realmente se é.
Inclusive, na trama de Simplesmente Tita, a descoberta do rock é uma forma inconsciente de resistência para a Tita. Um jeito de encontrar sua própria voz em meio a um mundo que quer a moldar de outra forma. (E, claro, quando a Meire descobrir isso, vai jurar que é “coisa do capeta”. Ah, Meire, você realmente se leva a sério demais!)
Ah! E para quem não sabe, o Alice in Chains segue na ativa: desde 2006, William DuVall assumiu os vocais, mantendo viva a história da banda.
Agora, bora ouvir essa canção que é puro sentimento. Primeiro na versão original do EP e depois na versão acústica, que muita gente considera ainda mais tocante.
E a versão acústica a qual dizem que é bem mais conhecida que a versão original, do EP. De qualquer forma, é sempre bom compartilhar música decente. Me crucifiquem se quiserem, mas essa música tem muito mais o que dizer do que muita porcaria que está figurando os tops musicais.
Casca de Noz
Alice in Chains
We chase misprinted lies
Nós perseguimos mentiras mal contadas
We face the path of time
Nós encaramos o caminho do tempo
And yet I fight, and yet I fight
E eu ainda luto, e eu ainda luto
This battle all alone
Esta batalha completamente sozinho
No one to cry to, no place to call home
Ninguém por quem chorar, nenhum lugar para chamar de lar
My gift of self is raped
Meu amor-próprio foi violado
My privacy is raked
Minha privacidade foi invadida
And yet I find, and yet I find
E ainda encontro, e eu ainda encontro
Repeating in my head
Se repetindo em minha mente
If I can't be my own, I'd feel better dead
Se não posso ser eu mesmo, eu me sentiria melhor morto
🎵✨
O Destrinchando a Letra de hoje fica por aqui! Se estiver com saudades, é só clicar no marcador para conferir as edições anteriores.
E não se esqueça: logo mais às 17h tem capítulo inédito de Simplesmente Tita e às 18h fortes emoções na reta final de Confissões de Laly. Continue navegando aqui no WNBM!