“Por que ela se sente derrotada?”
“As regras do jogo.”
“Por que ela se sente derrotada?”
📚 Os Cadernos de Marisol
🤟🏼 Ser surdo não é estar em silêncio. É viver em outra língua — e numa sociedade que nem sempre está disposta a ouvir.
As escolas precisam de professores fluentes em Libras e material adaptado.
Os noticiários, canais de TV e plataformas digitais precisam garantir acessibilidade real (e não só janela decorativa).
Os espaços públicos precisam ter informação visual clara e profissionais capacitados.
🎙️ Incluir não é só aceitar. É mudar o sistema para que todos possam estar nele de verdade.
📚 Sobre a Libras:
Em 2002, a Língua Brasileira de Sinais foi reconhecida como língua oficial da comunidade surda no Brasil (Lei 10.436/02).
Ela tem estrutura própria, com gramática, regionalismos e expressividade — como qualquer outro idioma.
É uma forma de resistência e de identidade cultural.
✎ Qual é correto dizer: surdo ou deficiente auditivo?
A pergunta é fundamental, pois os termos utilizados podem fazer uma grande diferença na forma como a comunidade surda é vista e respeitada.
“Surdo” é o termo preferido pela própria comunidade, pois não carrega a ideia de “falta”. Ser surdo é ser parte de uma identidade cultural e linguística com uma língua própria (Libras), uma história coletiva e uma forma única de perceber o mundo.
“Deficiente auditivo” pode ser visto como um termo médico, utilizado em contextos legais ou educacionais, mas é considerado capacitista por muitos, por sugerir que a surdez é algo a ser “curado” ou “corrigido”, quando, na verdade, é apenas uma diferença sensorial.
📌 Se você conhece alguém surdo, aprenda ao menos um gesto. Um “oi”, um “obrigado”, um “estou aqui”. Pode ser a ponte que faltava pra transformar a presença em afeto verdadeiro.
📌 Com respeito e escuta — mesmo quando não é com os ouvidos — dos Cadernos de Marisol.
📚 Os Cadernos de Marisol
🌷 A primavera é a promessa de novos começos, de florescer e de sentir a beleza da renovação.
A primavera é a estação dos recomeços. Ela não somente transforma a natureza ao nosso redor, mas também nos convida a refletir sobre os ciclos de nossa própria vida.
Que sementes você plantou ao longo do ano?
Quais flores você espera ver crescer em sua vida?
🌸 A primavera é sobre recomeçar, mesmo quando as condições não parecem ideais. Se as árvores podem perder suas folhas e, ainda assim, se renovar, por que não nós? Nosso potencial de florescer está sempre em nós.
📌 Celebre o início da primavera como um convite para se renovar, se transformar e florir.
📌 Com a leveza da estação, dos Cadernos de Marisol.
📚 Os Cadernos de Marisol
🌷 O Equinócio de primavera é uma mudança de estação, bem como o momento de equilíbrio entre a luz e a escuridão, um lembrete da nossa conexão com os ritmos naturais do planeta.
📜 O que é o Equinócio de Primavera?
O Equinócio de Primavera ocorre no dia 23 de setembro no Hemisfério Sul, marcando o início oficial da estação das flores. Esse fenômeno acontece quando o Sol incide de maneira perpendicular ao eixo da Terra, resultando em um equilíbrio perfeito entre o dia e a noite, com ambas as durações sendo de aproximadamente 12 horas.
No entanto, para os meteorologistas, o início da primavera ocorre no dia 1º de setembro. Para a meteorologia, a mudança de estações é definida por padrões climáticos, que se baseiam nas médias de temperatura e nas características climáticas de cada região, e não somente em fenômenos astronômicos.
Começa em 23 de setembro e vai até 21 de dezembro.
Começa em 1º de setembro e vai até 30 de novembro, com base em padrões climáticos sazonais.
🌱 Temperaturas Mais Altas na Primavera: Um Fenômeno Climático
É interessante notar que, segundo estudos meteorológicos da Met Sul, as temperaturas mais altas da primavera não são necessariamente registradas no verão. Pelo contrário, muitas vezes o calor extremo ocorre no fim do inverno e no início da primavera, devido à presença de alta pressão atmosférica que retém o calor acumulado e não permite que as temperaturas se dissipem rapidamente.
Esse fenômeno climático é mais acentuado no Hemisfério Sul, onde a presença de grandes oceanos tem um efeito moderador nas temperaturas. Porém, essa transição pode ser bem intensa em regiões como o Sul do Brasil, onde o calor pode aumentar rapidamente logo após o fim do inverno.
No entanto, a primavera não traz grandes mudanças climáticas para a região. Ela potencializa o crescimento da vegetação e torna a floresta ainda mais verde, com o ciclo de chuvas e expansão da biodiversidade.
Durante o BRÓ-BRÓ-BRÓ (setembro a dezembro), o calor se intensifica e a umidade relativa do ar diminui drasticamente, o que pode agravar problemas respiratórios e dificuldades de vida para quem reside em algumas dessas áreas.
Com o BRÓ-BRÓ-BRÓ nas regiões mais secas do Centro-Oeste, o calor vai subindo gradualmente, e a vegetação começa a murchar, já que as chuvas não são suficientes para manter a umidade do solo.
Entretanto, o calor não chega a ser tão escaldante quanto em outras regiões, e a primavera traz um clima mais ameno e agradável, favorecendo o florir das plantas e flores nas cidades, além do aumento das temperaturas.
A primavera no Sul também tem picos de calor, com temperaturas superando os 30 °C, e a estação é frequentemente marcada por grandes tempestades. Mesmo assim, a transição para o calor no final da primavera pode ser um desafio.
🌞 BRÓ-BRÓ-BRÓ: O Calor Escaldante nas Regiões do Nordeste e Centro-Oeste
O BRÓ-BRÓ-BRÓ é um fenômeno climático que ocorre de setembro a dezembro, quando o calor se intensifica nos estados de Maranhão (MA), Tocantins (TO), Piauí (PI) e Bahia (BA). Durante esse período, as temperaturas elevadas são acompanhadas de um clima seco, agravando o desconforto, especialmente nas regiões mais desérticas e semiáridas.
A escassez de chuvas e a presença de massas de ar quente e seco no Brasil Central e Nordeste tornam as temperaturas mais extremas e dificultam a umidade do ar. Essas condições tornam o calor mais insuportável, especialmente em cidades como Teresina, que registram temperaturas que podem superar os 40 °C no pico da estação.
🌍 O Fenômeno do Calor Extremo no Brasil: As Consequências
O calor intenso do BRÓ-BRÓ-BRÓ é um fenômeno meteorológico complexo, que envolve tanto o efeito de altas pressões quanto a escassez de umidade. As regiões mais afetadas, como o Centro-Oeste e o Nordeste, sofrem com temperaturas extremas, que podem afetar a qualidade de vida, a saúde respiratória e até mesmo as atividades agrícolas.
📌 Reflexão sobre o Clima e a Responsabilidade Coletiva
A chegada do equinócio de primavera nos lembra que o clima é um fenômeno que afeta nosso cotidiano, um sinal de como nós, enquanto sociedade, precisamos agir para preservar o meio ambiente. A transição das estações, especialmente quando marcada por calor extremo e secas prolongadas, exige responsabilidade e conscientização sobre as mudanças climáticas.
📌 Com sabedoria e clareza, dos Cadernos de Marisol.
📚 Os Cadernos de Marisol
🌳 Toda árvore começa pequena. Algumas crescem sozinhas, outras em meio a roçados, quintais, calçadas rachadas ou matas esquecidas. Todas carregam história. A nossa também.
O Dia da Árvore é celebrado no Brasil desde os anos 1970, mas ganhou mais atenção com a expansão da educação ambiental na década de 1990. A escolha do 21 de setembro, próxima ao início da primavera no hemisfério sul, tem valor simbólico: é o tempo do florescer, do renascer, do verde que insiste mesmo depois do cinza.
Escutam segredos.
Guardam risos de infância.
Amparam balanços de pneu, festinhas de aniversário, tardes de tédio.
E são as primeiras a sentir quando a rua muda, quando a cidade se apressa, quando a vida corre demais.
🌿 Toda árvore é também um diário que não responde, mas sempre está ali.
Ipê-amarelo, símbolo nacional da resistência
Pau-brasil, cuja exploração marcou nossa história
Castanheira, que guarda sementes imensas e histórias maiores ainda
Jacarandá, cedro, peroba, seringueira, aroeira, jequitibá
📖 “O meu pé de laranja-lima era o meu segredo. A única criatura do mundo que sabia que eu estava triste.”
Zezé encontrou numa árvore o que faltava nos braços da própria casa.
Em Meu Pé de Laranja Lima, José Mauro de Vasconcelos plantou uma amizade que chorava, sonhava e partia — como tantas infâncias marcadas pela dureza do mundo. E talvez por isso esse livro tenha marcado tanta gente: porque lembrar de uma árvore é também lembrar de como a gente sobreviveu.
🌼 Já Rubem Alves via nos ipês-amarelos uma forma de resistência da beleza.
Amava observar quando floresciam em setembro, mesmo depois do frio, mesmo com a cidade indiferente.
Dizia que os ipês ensinavam o valor da surpresa, da gratuidade, do encanto que não serve para nada — e por isso mesmo é essencial.
“As flores dos ipês são inúteis. E talvez por isso mesmo sejam tão importantes.”
🌳 Zezé se despediu da sua árvore com lágrimas.
Rubem abraçava as suas com palavras.
E nós seguimos — lembrando, plantando, florindo… à nossa maneira.
Apesar de 2019 estar sendo marcado por grandes tragédias, a Malacubaca acertou precisamente ao estrear Os Versos Calados de Soraya logo após os festejos de Carnaval. A novela está repercutindo intensamente na web e na audiência, colocando o nome de Luciana Andrade no centro das atenções. E era exatamente isso que ela queria: ser o foco de todos os holofotes.
Não é que Soraya não esteja conquistando o público, mas a vilã Isaura, interpretada por Luciana, é a prova viva de que a atriz ainda tem muito fôlego para surpreender e encantar.
Hoje, um dos vídeos mais assistidos no canal da Lulu é o icônico protesto de 2017 contra o ex-presidente Michel Temer. Fazia tempo que ela não atualizava seu canal no YouTube, principalmente devido aos inúmeros compromissos e à polêmica participação no reality show Puxadinho do Rubão.
Luciana, trajando um biquíni fio dental verde e amarelo que reluzia sob a luz da manhã fria, ajustava a bandeira do Brasil sobre os ombros como se fosse uma capa de heroína. Ela estava determinada a transformar a rua de seu bairro em um cenário épico para sua live ao vivo no YouTube. A bandeira tremulava com o vento gelado, enquanto os gritos dela ecoavam pelas casas vizinhas, que estavam adornadas com roupas secando nos varais e cachorros espiando curiosamente pelos portões de ferro. Era um cenário típico de subúrbio, mas, para Lulu, parecia o palco de sua revolução.
— FORA TEMEEEEEEEERRRRRRRR! — berrou Luciana, erguendo os braços e girando dramaticamente, como se estivesse discursando para uma multidão imaginária. Atrás dela, o namorado Epaminondas — ou somente Papá, como ela o chamava com afeto — assistia à cena com um olhar dividido entre resignação e incredulidade. Ele usava um moletom cinza e pantufas, simbolizando perfeitamente sua vibe caseira e tranquila.
Ao fundo, a porta da casa estava entreaberta, revelando um corredor decorado com pôsteres vintages de novelas antigas e uma cômoda entulhada de miniaturas de prêmios que Lulu dizia merecer.
— Lulu, minha querida… — começou Papá, cruzando os braços e encostando-se à porta. — Você precisa mesmo fazer isso agora? Está frio e você nem terminou o café da manhã…
Luciana virou-se para encará-lo, com as mãos na cintura e o semblante inflamado de indignação teatral.
— Meu amor, o Brasil precisa de mim! Sou a Joana D'Arc dos caminhoneiros, a voz da resistência! Como você pode querer que eu fique quieta diante de tanta injustiça?
Papá coçou a cabeça e olhou para os vizinhos, claramente se divertindo com a atuação dela. Uma senhora de casaco grosso e bobs no cabelo observava tudo da calçada, segurando um cachorro no colo, enquanto tentava conter uma risada.
— Lulu, você não acha que está exagerando um pouquinho? — insistiu Papá, ainda tentando manter a paciência.
— Exagerando? — Ela colocou a mão no peito, ofendida. — Sou uma atriz engajada, estou cumprindo minha missão de fazer a diferença no mundo! E hoje é um dia histórico, Mozão, a prisão do Temer é um marco!
Papá suspirou, percebendo que qualquer tentativa de argumentar seria inútil. Ele apontou para a câmera equilibrada em um tripé instável, cercada por sacolas plásticas dançando ao vento.
— Pelo menos termina logo a sua live… e coloca um casaco, pelo amor de Deus.
— Eu não preciso de casaco! — retrucou Luciana, jogando os cabelos para trás. — O calor da revolução me aquece!
Luciana, com a bandeira ainda firme nas costas e o cabelo impecavelmente preso em um coque alto, posicionou-se no centro da rua, criando seu palco particular. O vento frio balançava as sacolas que rodeavam o tripé da câmera, enquanto ela se preparava para apresentar sua obra-prima musical: Pagodão do Sarcófago.
Segurando uma colher de pau como microfone, Lulu começou a cantar, intercalando passos desajeitados de samba com movimentos de pura expressão dramática.
— A polícia invadiu o sarcófago
O Drácula saiu da tumba
E recebeu voz de prisão
Despenteado e sem capa
Foi parar no camburão!
O ritmo pegava, e Lulu dava o seu melhor nos passos. Papá, agora usando uma manta para se proteger do frio, observava de longe, com as mãos nos bolsos e um sorriso quase resignado.
— Esperei o hexa,
ele não chegou
Mas hoje meus fogos vou soltar
Laiá laiá
Animação por aqui não vai faltar
Laiá laiá
A cada “laiá laiá”, Lulu gesticulava com fervor, apontando para os vizinhos que ainda observavam atônitos e divertidos. Os comentários no seu canal explodiam com emojis e frases como “Lulu 2026 é realidade!” e “Rainha do pagode e da revolução!”
— O GIGANTE ACORDOU, O GIGANTE ACORDOU! — gritava Lulu entre os versos, batendo palmas com intensidade teatral. Ela gesticulava como se estivesse convocando a audiência digital para uma marcha patriótica ao som do pagode.
Papá, finalmente se aproximando, tentou intervir: — Lulu, por favor… você já marcou sua presença, mas está muito frio… vamos para dentro, meu bem.
— Eu não posso parar agora, Mozão! — retrucou ela, com olhos brilhando de emoção. — O Brasil precisa de mim, e o meu público está esperando o gran finale!
Papá, agora visivelmente incomodado com os gritos e gestos dramáticos de Lulu, cruzou os braços e tentou mais uma vez chamar sua atenção:
— Lulu, meu bem, não faz sentido continuar… Está frio e você já está ao vivo há horas!
Luciana girou em direção ao namorado, com uma expressão exageradamente ferida, como se ele tivesse acabado de insultar todo o seu legado artístico.
— Não faz sentido? Você está dizendo que a minha luta patriótica não faz sentido? Papá, eu não posso acreditar nisso!
— Eu só estou tentando dizer que… — Papá começou, mas foi interrompido por Luciana, que jogou os braços ao céu em puro drama.
— Sabe de uma coisa? Você não me apoia! Você devia ser meu maior fã, mas nem isso você consegue fazer direito!
A bandeira tremulou atrás dela enquanto Lulu entrava na casa a passos largos, suas sandálias batendo ruidosamente no chão de madeira. Papá, exasperado, seguiu atrás, tentando acalmar a situação:
— Lulu, não é isso! Você sabe que eu te amo e que quero o melhor para você, mas…
— Ah, então agora quer me dar lição de moral? — disse ela, parando na porta do closet e se virando dramaticamente para encará-lo. — Muito obrigada, mas eu não preciso disso!
E assim começou o clássico “vai e vem” do casal, onde Lulu disparava declarações inflamadas e Papá tentava manter a calma, claramente sem conseguir acompanhar o ritmo da estrela em ascensão. No final, ela trancou a porta do closet e gritou:
— Vou dormir aqui hoje! E pode esquecer de pedir desculpas, porque eu não quero ouvir!
Dentro do closet, Lulu montava sua “fortaleza de revolução”. As roupas penduradas viraram cortinas simbólicas, enquanto uma pilha de almofadas e um tapete fofo se tornavam seu “trono”. Com a câmera do celular estrategicamente posicionada sobre uma pilha de caixas de sapato, ela iniciou outro discurso fervoroso para sua audiência:
— Pessoal, eu estou aqui, no meu bunker patriótico, porque as pessoas às vezes não entendem o meu propósito! Mas eu não desisto! Vou seguir lutando pelo Brasil, mesmo que incompreendida até em minha própria casa.
Do lado de fora, Papá estava encostado na parede do corredor, massageando as têmporas enquanto conversava com a empregada que segurava o celular e fazia comentários baixinho:
— O senhor é muito paciente, viu, seu Papá? Parece até santo…
— Isso porque você não viu como ela estava ontem. — Papá balançou a cabeça com um meio sorriso.
Finalmente, ele decidiu intervir.
— Lulu… Vamos resolver isso como adultos? Abre a porta, por favor.
— Papá! — ecoou de dentro, abafado pelas roupas. — Não adianta bater! Aqui só entra quem acredita na revolução!
Papá suspirou e se abaixou para falar com mais clareza:
— Lulu, minha revolução é te convencer de que esse closet não é um palácio presidencial, e que sua saúde é mais importante. Vamos tomar um chá e conversar.
A porta rangeu lentamente, revelando Lulu com uma tiara de brilhantes que pegara de uma de suas caixas.
— Chá? — Ela fez uma pausa, refletindo com drama. — Só se for com torradas e geleia.
Papá sorriu, percebendo haver vencido dessa vez. Ele estendeu a mão, ajudando Lulu a sair de sua “fortaleza”.
— Torradas e geleia, com certeza. E uma pausa para você respirar, minha Joana D'Arc do closet.
No dia 13 de setembro, celebramos uma das maiores representantes da identidade brasileira: a cachaça. E engana-se quem pensa que é só mais uma bebida. A cachaça tem cheiro de história, gosto de festa popular e memória de avô que fazia careta depois do primeiro gole.
Ela já foi marginalizada, resistiu ao preconceito, atravessou oceanos e, hoje, é reconhecida como patrimônio cultural imaterial do Brasil. E como não seria? Ela está nas rodas de samba, nas mesas de bar, nas festas juninas, nos ditados populares e até nas receitas de família.
A origem da cachaça remonta ao século XVI, quando os portugueses começaram a plantar cana-de-açúcar no Brasil. Ao aquecerem o caldo da cana e deixarem fermentar, nasceu o primeiro destilado da América Latina. Inicialmente usada como tônico e remédio natural, a bebida foi adotada pelos trabalhadores rurais e escravizados, tornando-se símbolo da cultura popular.
Mas há controvérsias: embora ligada aos camponeses e classes mais simples, o queijo usado no fondue (opa, voltamos pra cachaça) — a própria cachaça, por muito tempo, foi também consumida em ambientes sofisticados, especialmente quando envelhecida e aromatizada. E como o Brasil é múltiplo, a cachaça foi se moldando aos contextos e sotaques de cada região.
A primeira referência escrita data de 1532, em São Vicente (SP), e desde então, ela se reinventou inúmeras vezes. Em 2009, enfim, a cachaça ganhou um dia para chamar de seu: 13 de setembro, em alusão à data em que, em 1661, o rei de Portugal autorizou a produção e venda da bebida no Brasil, após pressão popular.
Hoje, a cachaça é símbolo nacional. O Brasil abriga mais de 4.000 marcas, sendo a maior parte delas artesanais, com métodos tradicionais, como o uso do alambique de cobre, envelhecimento em tonéis de madeira e ingredientes locais. Cada região imprime seu sotaque na bebida — do aroma da cana-de-açúcar recém-cortada ao gosto mais amadeirado das cachaças envelhecidas.
Nos anos 1950, a caipirinha começou a conquistar o mundo, e com ela, a cachaça foi ganhando notoriedade internacional. Atualmente, é exportada para dezenas de países e valorizada em concursos internacionais de destilados.
Difícil pensar na cultura brasileira sem pensar na cachaça. Ela aparece em sambas, forrós, sertanejos, marchinhas de Carnaval. Está no refrão, no verso e no improviso.
“Cachaça não é água não…” já dizia a marchinha de 1953. E é verdade: ela é muito mais. É símbolo de resistência cultural, é matéria-prima para a caipirinha da praia e também para o frango flambado no interior. Ela está nos rituais, nos almoços de domingo, nas festas de São João e na memória de quem já tomou um gole só “pra aquecer”.
🥃 A palavra “pinga” surgiu do som da bebida pingando dos alambiques nas garrafas.
📖 Em 1532, já havia registros da produção de cachaça em São Vicente (SP).
🎭 Em algumas regiões, quem deixava a cachaça cair do copo tinha que pagar prenda — assim como no fondue!
🍗 A cachaça também é usada na culinária brasileira, como no frango à cachaça, feijoadas flambadas e doces artesanais.
🧂 Dizem que cachaça cura ressaca, espanta tristeza e solta a língua. (Cientificamente? Melhor só acreditar com moderação!)
Com respeito, consciência e alegria. Vale brindar com uma caipirinha bem feita, experimentar uma cachaça envelhecida, visitar um alambique artesanal, apoiar pequenos produtores ou simplesmente relembrar histórias vividas à beira do fogão, ouvindo forró ou MPB.
Se você não bebe, tudo bem. Dá pra comemorar com bolo de fubá com calda de cachaça, um bom docinho flambado ou até com uma playlist de músicas que citam a bebida como personagem da vida brasileira.
Por Mary Luz
Os Cadernos de Marisol
Nos últimos anos, o calor deixou de ser só um incômodo de verão para se tornar um alerta de saúde pública. As ondas de calor — períodos anormalmente quentes que duram vários dias — vêm se intensificando com a crise climática e exigem mais do que ventilador e protetor solar. Elas ameaçam a saúde, afetam o ecossistema e exigem cuidado redobrado com quem mais precisa.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), uma onda de calor ocorre quando as temperaturas máximas ficam acima da média histórica por vários dias consecutivos, especialmente em regiões onde esse calor intenso não é habitual.
📌 Ela pode agravar:
Desidratação e insolação
Crises respiratórias
Doenças cardiovasculares
Incêndios florestais
Colapsos em redes elétricas e hídricas
Durante uma onda de calor, todo mundo precisa se cuidar. Mas há grupos que exigem atenção extra.
Beba água constantemente, mesmo sem sede
Evite bebidas com álcool, cafeína ou muito açúcar
Evite sair entre 10h e 16h (horário de maior radiação solar)
Prefira roupas leves, claras e de algodão
Use protetor solar FPS 30 ou mais, chapéus e óculos escuros
Evite atividades físicas intensas no calor
Reforce a ventilação dos ambientes (ou use toalhas molhadas para refrescar)
Nunca deixe uma criança sozinha dentro de veículos, mesmo por poucos minutos
Vista roupas leves e frescas
Ofereça líquidos com frequência, como água e sucos naturais
Use cortinas ou panos úmidos para refrescar o ambiente se não houver ventilador
Observe sinais como irritabilidade, sonolência excessiva ou febre
Idosos transpiram menos e sentem menos sede, o que aumenta o risco de desidratação
Lembre-os de beber água e observe se estão urinando normalmente
Evite cobertores e roupas pesadas
Ajude-os a permanecer em ambientes arejados e frescos
Fique atento a sinais como tontura, fraqueza, confusão mental ou queda de pressão
Redobre a atenção com quem tem problemas cardíacos, renais, pulmonares ou doenças autoimunes
Garanta acesso a medicamentos armazenados corretamente (verifique se o calor pode alterá-los)
Proporcione um espaço com ventilação, descanso e acompanhamento contínuo
Evite banhos quentes, que podem causar queda de pressão
Deixe água limpa e fresca à disposição o tempo todo
Mantenha-os em áreas sombreadas e ventiladas
Nunca deixe animais dentro do carro ou ao sol
Evite passeios em horários de calor intenso (o asfalto queima as patinhas)
Observe sinais de calor excessivo: respiração ofegante, baba, língua para fora, apatia
Regue com mais frequência (de manhã cedo ou no fim da tarde)
Se possível, mude-as para locais com sombra ou use panos finos para cobri-las
Cuidado com vasos expostos ao sol direto: a temperatura do solo pode matar raízes
Use borrifadores para ajudar na umidade do ambiente
Tontura
Dor de cabeça
Boca seca
Febre
Náuseas
Pele quente, vermelha ou seca
Confusão mental ou desmaio
📞 Em caso de emergência, ligue para o Samu (192) ou Corpo de Bombeiros (193).
Cuidar do outro, do nosso ambiente e de nós mesmos nunca foi tão urgente. As ondas de calor são sinais de que o clima está em colapso — mas também são lembretes de que solidariedade, informação e consciência ambiental podem fazer a diferença.
🍨 Uma celebração da doçura que atravessa gerações
Hoje, o Os Cadernos de Marisol convida você a brindar à nostalgia e ao sabor com um clássico que nunca sai de moda: o milkshake. Comemorado em 12 de setembro, o Dia do Milkshake é uma oportunidade para relembrar momentos doces e criar novas memórias.
📜 Uma breve história do milkshake
O milkshake surgiu nos Estados Unidos em 1885, inicialmente como uma bebida alcoólica feita com leite, ovos e whisky. Com o tempo, a receita evoluiu, incorporando sorvete e xaropes de sabores, tornando-se a deliciosa bebida que conhecemos hoje. A popularidade do milkshake cresceu ao longo do século XX, especialmente com o advento das lanchonetes e dos drive-ins.
🍫 O sabor que conquista paladares
Entre os diversos sabores, o milkshake de chocolate é um dos mais amados. Tanto que, nos Estados Unidos, existe o Dia Nacional do Milkshake de Chocolate, celebrado em 12 de setembro. É uma data para se permitir saborear essa combinação perfeita de sorvete, leite e calda de chocolate.
🌟 Curiosidades e celebrações
Em 2000, foi criado o maior milkshake do mundo, com aproximadamente 22.712 litros, em New York, Estados Unidos.
No Brasil, diversas redes de lanchonetes e sorveterias oferecem promoções especiais para celebrar a data.
O milkshake também ganhou versões gourmet, com ingredientes como pistache, caramelo salgado e até folhas de ouro comestível.
✨ Uma indulgência que aquece o coração
> “O milkshake é como um abraço gelado que derrete preocupações e adoça a alma.”
Neste 12 de setembro, permita-se uma pausa para saborear um milkshake, seja no seu sabor favorito ou explorando novas combinações. Celebre a doçura da vida com um brinde à simplicidade e ao prazer de momentos bem vividos.
“What used to be right is wrong. Can love that's lost be found?”
🍨 Uma bebida que atravessou décadas e virou puro afeto gelado
Em meio a tantas modinhas passageiras, ele continua firme, cremoso e delicioso: o milkshake, bebida que mistura leite, sorvete e criatividade, tem um dia todinho pra chamar de seu — 10 de setembro é o Dia Nacional do Milkshake.
Mas... de onde vem essa maravilha?
💭 Um pouco de história...
O milkshake surgiu no final do século XIX como uma bebida tônica — acredita? Originalmente feito com leite, ovos e uísque (!), ele logo ganhou versões mais doces, graças ao acréscimo de xaropes de chocolate, baunilha e morango. Já nos anos 1920, com a invenção do misturador elétrico, o milkshake ganhou a textura aerada e cremosa que a gente ama até hoje. E com a popularização das lanchonetes americanas nos anos 50, virou símbolo de juventude, paquera e vida urbana.
🍦 O clássico das lanchonetes (e das lembranças)
Quem cresceu nos anos 80, 90 ou 2000 talvez se lembre da emoção que era tomar milkshake depois da escola ou dividir um copão com a melhor amiga. Chocolate, morango, creme, Ovomaltine, Nutella, caramelo salgado... os sabores foram se multiplicando, mas o encanto continua.
🎞️ Nos filmes, ele aparece sempre que a cena pede uma dose de aconchego ou diversão. Quem não lembra dos encontros em lanchonetes estilo retrô com copos altos, canudão e cerejinha no topo?
🌈 Do clássico ao gourmet — tem milkshake pra todo gosto!
Hoje em dia, o milkshake ganhou novas versões: com chantilly, coberturas, bolacha, calda colorida, pedaços de brownie... Mas o charme mora justamente nisso: ele nunca deixou de ser uma bebida democrática e afetiva.
🧁 Celebre à sua maneira
No Dia do Milkshake, que tal se dar esse presente doce? Vale fazer em casa, pedir no seu lugar favorito ou até relembrar os sabores da infância.
Você tem um sabor favorito ou uma lembrança com milkshake?
Conta pra gente nos comentários ou marca o blog usando a hashtag:
#DiaDoMilkshake #OCDMnostalgia
Por Noviça (A Inteligência Artificial precisará comer muito feijão com arroz para alcançar o mindinho do meu lindo pé direito. Aí, sim, a ...