O menino, a toupeira, a raposa e o cavalo, de Charlie Mackesy, encanta pelas sensíveis ilustrações, cujas tonalidades variam de acordo com cada personagem. Ao longo da obra, uma linda e inspiradora amizade tem início. Leia com o coração aberto, a grande riqueza desta obra encontra-se na forma de comunicar-se com indivíduos de todas as idades.
Primeiro conhecemos o garoto, mas não demora muito para a toupeira aparecer em cena. Por meio de reflexões sábias e proferidas com ternura e sabedoria, lembramo-nos que não estamos sozinhos e que por mais desafiadora que seja a vida em determinados momentos, tudo haverá de passar. Nossa querida e carismática toupeira ama bolo e, se pudesse, tudo se resolveria com bolo. Além disso, ela tem cada sabedoria para compartilhar e dá vontade de anotar tudo.
“ — Para você, qual é a maior perda de tempo?
— Ficar se comparando com os outros — falou a toupeira.”
A pressão para sermos bons profissionais, produtivos o tempo inteiro, termos um relacionamento perfeito, um feed perfeito e uma rotina atraente nos adoece. Somos consumidos pela ansiedade, pela depressão e pelo burnout — porque não tem nada de romântico nisso, que nos esquecemos de valorizar o tempo, aliás, ter tempo para nós mesmos, tempo de qualidade, para nos olharmos com mais amor, acolher todas as particularidades que nos fazem únicos.
Comparações, por mais que devam ser evitadas ao máximo, nos fazem mal. O gramado do vizinho sempre parece mais verde e raramente é.
Você se arrepende das escolhas que fez ou daquilo que não fez?
Você pode ter enterrado um sonho porque alguém lhe disse que você não “levava jeito” para escrever, cantar, desenhar, cozinhar. Alguém diminuiu a sua capacidade ou mesmo porque para poder viver os seus sonhos, você precisou correr atrás do ganha-pão e quando chega a um exato ponto da vida, imagina que ela poderia ter sido bem diferente se você tivesse ousado fazer o que sempre desejou.
No fundo, as pessoas estão pouco se lixando para nós, estão preocupadas com as suas próprias existências (e talvez deixando seus sonhos para trás por acharem que sonhos têm idade). Não sejam bobos, SONHOS NÃO TÊM IDADE. #etaristasnãopassarão
“Ser gentil com você mesmo é uma das maiores gentilezas. A gente costuma esperar pela gentileza… mas ser gentil com você mesmo pode começar agora.”
Hoje você fez algo por você? Nunca é tarde para se tratar com amor. Em todos os sentidos.
Após sermos cativados pela toupeira, chega a vez da raposa, e ela, embora não fale tanto quanto a toupeira ou o cavalo, também diz muito. E esta obra também nos ensina a termos respeito pelo jeito de ser de cada um.
É maravilhoso poder estar perto de quem nos inspira a querer ser melhores e que nos deixa à vontade para sermos o que somos e, além disso, sermos amados do jeito que somos.
“Nada supera a gentileza — refletiu o cavalo. — Ela permanece tranquilamente por trás de todas as coisas.”
O cavalo é uma criatura de puro amor e empatia e compartilha toda a sua sabedoria com os demais, de modo que a caminhada longa e difícil torna-se muito mais aprazível.
A experiência da leitura mereceu as cinco estrelas e esta obra sempre terá um espacinho especial no meu coração. Gostaria de poder presenteá-la a todos que conheço, pelo menos aqueles que se permitirem cativar. Se vocês conhecerem alguém cujo aniversário esteja próximo e necessite conhecer as doses de sabedoria dos nossos personagens, considere meu conselho.
Depois dessa super recomendação de hoje, esta edição do Mary Recomenda fica por aqui e volta na próxima sexta-feira. Um forte abraço, a gente se vê aqui no OCDM ou na próxima edição. ♥
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