(COISAS QUE VOCÊ SÓ VÊ NA RPN) RELÍQUIA: A lua-de-mel fracassada #2


Mesmo arrasado, o jornalista continua seguindo o casal para se certificar de que não está caluniando a esposa porque a Sr.ᵃ Velloso também é reverenciada na mídia pelo corpo escultural, apesar das raras aparições, só que ele confirma o que jamais esperou: que Luciana poderia traí-lo.

Palavra é Arte


Hoje chegaram os meus exemplares referentes à participação no projeto Palavra é Arte. Senti uma onda imensa de gratidão porque até portar aquele livro impresso em que meu nome está na capa de rosto (cada participante recebe sua parte de maneira especial, com direito a dedicatória e tudo) sei que ele passou pelas mãos de muitas pessoas: desde aquele homem que gostou de um poema meu no Recanto das Letras (provando que o público do Wattpad estava errado em relação à minha arte, tem gente que a aprecia), ao dono da editora, esse professor de coração nobre que enxerga em cada texto muito além do que ele diz e dá oportunidade para que pessoas como eu possam deixar uma marquinha no mundo, àquela simpática mulher que leu e aprovou os textos que selecionei para confirmar minha participação, ao diagramador que entrou em contato para que eu revisasse todo o conteúdo, ao ilustrador que com carinho e criatividade deu vida à capa, a todas as pessoas escolhidas que colaboraram com sua arte, enchendo de diversidade nas cento e poucas páginas onde autores "anônimos" mostram que embora não estejam nas estantes de livrarias nem figurando na lista dos best-sellers do New York Times, também têm ótimas histórias para contar, até mesmo o carteiro que se encarregou de trazer a encomenda porque provavelmente aquela pessoinha uniformizada, por trás do medo de mordidas de cachorros e de toda série de imprevistos, tem uma história bacana a compartilhar. 
Até chegar às minhas mãos, esse trabalho foi se transformando em pó de estrela, iluminando o caminho por onde passava. E nem sequer está ao meu alcance mensurar quantas pessoas mais ainda serão iluminadas, quantos caminhos ficarão mais claros, quantos sonhos se tornarão realidade, quantos momentos bonitos as palavras proporcionam. Ou nem elas. Um simples sorriso. Um abraço. Um aperto de mão.
O projeto não tem finalidade comercial, é para que o dom da palavra seja distribuído em bibliotecas, doado para escolas, incentivando a leitura, fazendo com que outras pessoas se sintam inspiradas a escrever, por isso estou genuinamente satisfeita que os exemplares tenham chegado até mim porque recebi uma oportunidade, uma oportunidade a qual nem esperava porque quando aquele e-mail chegou e meu coração pulou, outras pessoas ao longo dos últimos três anos o quebraram me atacando, me desmerecendo, me fazendo acreditar que não tenho talento, que não sou capaz. Amarguei a injustiça de ter pago para um livro meu ser publicado e dois anos depois não haver resposta, sendo que nesses dois anos obras de pessoas que poderiam tranquilamente pagar ou mesmo publicar seus livros populares no Wattpad sem pagarem tiveram mais prioridade.
Numa alma lírica, o sangue que percorre as veias do artista é composto por tintas de todas as cores, estoque suficiente para desenhar um novo mundo onde a Palavra é Arte.
Quero apenas expressar minha gratidão a todas as pessoas envolvidas nesse projeto e desejar das profundezas do meu coração ainda machucado por um bloqueio criativo que teima em me aprisionar que muitas outras pessoas possam experimentar a alegria que senti com o convite e mais ainda com a chegada dos livros porque a ideia das histórias é essa: correr o mundo e tocar corações, ser companhia, inspiração, alegria, emoção, ser a vida que pulsa em cada letra que cresce e se transforma numa frase que evolui para um parágrafo que preenche uma página inteira e é o que é. Arte. E a arte não está certa ou errada, nem sempre é para ser entendida e julgada, mas SENTIDA.

Existe também o tempo de parar pra ouvir o que o coração tem a dizer



Olá, amigos e amigas, visitantes e até mesmo aqueles que preferem ficar nas sombras, tudo bem com vocês?
Hoje venho compartilhar um pouco sobre uma decisão que tomei recentemente: minha saída do Wattpad. 

Por que decidi dizer adeus ao Wattpad


Foram quatro anos na plataforma e, apesar dos aprendizados, decidi seguir novos caminhos. Reconheço que ela pode ser perfeita para muitos escritores, mas descobri que não era o meu lugar. Não foi uma decisão fácil, mas agora, três semanas depois, sinto que foi a escolha certa.
O Wattpad, para mim, não se encaixava. A competitividade, o foco em números e alguns comportamentos desanimadores tornaram a experiência frustrante. Por mais que tenha bons livros, o ambiente muitas vezes pareceu mais sobre interesses pessoais do que sobre compartilhar histórias. 
Não quero menosprezar quem permanece lá, pois sei que pode ser um espaço maravilhoso para muitos, porém é como aquele remédio que funciona para um amigo, mas te faz mal. Foi o que aconteceu comigo, e percebi ser hora de seguir outro caminho.

Redescobrindo a liberdade criativa


Atualmente, considero estar de férias da escrita. Tenho aproveitado para ouvir meu coração, organizar pendências e olhar para frente. Por isso, o que compartilho aqui no blog são reflexões, pensamentos soltos e ideias inspiradas na Malacubaca, sem a pressão de criar constantemente. Aqui me sinto livre para escrever, sem me preocupar com métricas ou competições.
Ao migrar para o Inkspired, redescobri um detalhe que fez toda a diferença para mim anos atrás: a possibilidade de programar postagens. Esse recurso me permite planejar e organizar o conteúdo com antecedência, como fazia no meu antigo Webnovelas by Mary. Lá, embora lido por amigos e conhecidos, era o meu mundo. Era onde eu ditava o ritmo, agendava capítulos e conseguia até produzir material para divulgação enquanto me dedicava a outros projetos. Sinto que estou resgatando essa sensação de controle e liberdade criativa.
Aqui, no blog, encontro um espaço autêntico e tranquilo para escrever o que quero e como quero, sem expectativas externas. E esse é o meu propósito no momento: estar livre para criar, ouvir meu coração e continuar escrevendo para quem realmente aprecia minhas histórias, mesmo que sejam poucos.
Desejo que quem encontra no Wattpad seu lugar de crescimento e oportunidades tenha muito sucesso. Cada plataforma é única e atende a diferentes necessidades. Para mim, o que importa é continuar evoluindo e criando de uma forma que me faça feliz e conectada com meu público.

Meus anos de leitura e resenhas


Hoje gostaria de compartilhar um pouco sobre como meu gosto literário foi mudando ao longo dos anos. Quando decidi incorporar o hábito da leitura na minha vida, costumava buscar os livros que estavam na moda. Muitos deles li por serem idolatrados em blogs ou por terem adaptações para o cinema. Mas, no meio desses sucessos que decepcionam às vezes quem cria muitas expectativas, acabei descobrindo grandes trabalhos e autores incríveis.
Foi nesse período que surgiu meu objetivo de resenhar livros. Queria criar resenhas completas, como as que a UFPR pedia, para ajudar quem estivesse procurando por essas obras. Minha ideia era oferecer uma “segunda opinião” sobre títulos que eram muito resenhados ou, em alguns casos, quase desconhecidos. Afinal, do mesmo jeito que há quem odeie livros que amei, também existem aqueles que adoram obras de que eu não gostei. No entanto, isso é papo para outro dia…
Este ano, confesso não haver lido tanto quanto gostaria. Alguns imprevistos e retrocessos acabaram tirando minha concentração, então cada livro lido tem um significado especial. No momento, estou tentando terminar A Cabana. Iniciei em 2010, mas, naquela época, abandonei o livro por estar em outra fase da vida. Após assistir ao filme no ano passado e me emocionar profundamente, decidi dar uma nova chance à obra.

Achadinhos no sebo: as obras de Lino de Albergaria


Se voltar a resenhar, quero fazer isso com organização, como fazia antes: estipulando um dia e horário fixos para as postagens e escolhendo cuidadosamente os livros. Minha prioridade seria resenhar a série do Lino de Albergaria, que começa com Miguel e a quinta série e termina com Chico e Edu e a oitava série
Meu favorito é o terceiro volume, o da Márika e a sétima série, foi uma personagem principal que superou todas as expectativas, além de ser inteligente, observadora, perspicaz e nos propor reflexões importantes também. 
É uma série sensacional, e fico imaginando como seria se o autor tivesse escrito sobre essa turma no ensino médio. Seria incrível acompanhar a Pat e o Miguel no último ano da escola, descobrindo o que cada um decidiu cursar na faculdade. Mas, por enquanto, não posso prometer nada, pois precisaria reler os quatro volumes para fazer resenhas decentes, o que não será possível no momento.

Siga-me no Inkspired


Ah, e falando em histórias, convido vocês a me seguirem no Inkspired:


Para ler as histórias, não é necessário cadastro. Mas, se quiserem deixar um coração, seguir a história, comentar ou fazer um review, basta criar uma conta. Prometo que sigo de volta e não fico dando unfollow. Só bloqueio quem realmente me perturba, como aquelas pessoas misteriosas que aparecem do nada, inventam mentiras e tentam me desestabilizar. Já passei por isso algumas vezes desde 2012, então aprendi a desconfiar de quem não mostra a cara e força intimidade. Os melhores amigos que tenho surgiram naturalmente, sem pressa ou pressão.

Primeiros Erros: escrevendo com o coração


Por fim, quero agradecer o apoio de vocês com *Primeiros Erros*. Os capítulos estão indo ao ar toda quinta-feira (embora sejam publicados na quarta à noite, já que ainda não consigo programar o horário). Estou no comecinho da história, mas já chorei escrevendo algumas cenas. Ainda tem muita água para rolar, e em breve divulgarei a trilha sonora aqui no blog. Na tag, vocês podem encontrar o conto narrado pela Lola que deu origem a essa história.

Desejo a todos uma ótima e abençoada semana! Até mais! ♥

Não olhe para trás!


Enquanto você chora ao rememorar um passado que já está morto faz muito tempo, o presente te estende as mãos para te dar um presente. 

Editorial WNBM | Meu direito de resposta



A indignação ferve quando tenho o desprazer de ler conteúdos de baixíssimo aproveitamento, cheios de lugares-comuns que atestam a mais profunda ignorância. Pessoas sem bagagem intelectual e sem entendimento acerca de comunicação, ainda assim, almejam um lugar de fala — muitas vezes alinhadas a ideais que contrariam o entendimento democrático. 

Por maiores que sejam as falhas da democracia, ainda é melhor vivermos com seus defeitos do que sob um regime ditatorial, onde a oposição é silenciada e a censura dita as regras. A liberdade, mesmo com seus desafios, é sempre a melhor escolha.


A evolução dos meios de comunicação


Desde os primórdios, os livros foram demonizados, assim como o cinema, o rádio, a televisão e, mais recentemente, a internet. Disseram que o rádio morreria com o surgimento da televisão, mas ele se adaptou, mostrando sua incrível capacidade de reinvenção. 
Da mesma forma, a televisão enfrenta desafios em tempos de plataformas digitais, que democratizam o acesso à informação e ao conteúdo audiovisual. O que vemos é uma convergência de mídias, cada uma encontrando sua forma de coexistir e evoluir.

Reflexões sobre a televisão


Gostaria de convidar aqueles que culpam a televisão por todos os males do mundo a refletir: será que esse é o caminho para promover o diálogo? Não gostar de TV é um direito seu, irrevogável. Mas julgar quem consome televisão não agrega valor à conversa. Se a TV aberta não te representa, busque outros meios de informação e entretenimento. Livros são uma ótima escolha! Só não caia na armadilha do ego de se considerar superior a quem acompanha novelas ou o jornalismo televisivo.

Se você discorda da abordagem de uma emissora, há sempre opções. Controle remoto existe para isso. Mas, por favor, não seja aquele que dissemina notícias falsas, deturpa reputações e semeia ódio, pois isso é tão ou mais prejudicial que uma cobertura sensacionalista.

Jornalismo: profissão e compromisso


Admito não tolerar quando subestimam a minha profissão. Ser jornalista exige anos de estudo, dedicação, sacrifícios e, acima de tudo, um olhar humano para com o próximo. Por mais que o jornalismo tenha interesses comerciais, seu propósito é servir à sociedade. 

Trabalhamos para cumprir prazos apertados, criar novos ângulos para notícias e equilibrar razão e emoção ao cobrir tragédias. O que para alguns pode parecer "apenas um repórter", para nós é fruto de esforço constante e sintonia de uma equipe que se dedica dia e noite. 

Não, não sinto alegria ao ver jornalistas sendo agredidos no exercício da profissão. Pelo contrário, sinto dor, porque sei o que significa estar ali, sacrificando tempo, família e segurança para informar o público.

Televisão, respeito e reflexão


É fácil culpar a televisão por alienação, mas será que o problema não está em nós mesmos? 

O mundo vai mal desde sempre, com ou sem televisão, e continuará assim enquanto não aprendermos o verdadeiro significado do respeito e da tolerância. Certo e errado são conceitos subjetivos, baseados em nossas experiências pessoais.

Por isso, se você quer que respeitem suas escolhas — sejam elas não assistir televisão, não consumir carne ou seguir um estilo de vida mais espiritualizado —, ofereça o mesmo respeito a quem pensa e vive de forma diferente. Respeite aqueles que ainda usam a TV como fonte de informação e entretenimento.

Por que amo ser jornalista


Estudar jornalismo abriu minha mente e me mostrou a importância do meu papel na sociedade. Meus professores compartilharam conhecimentos que carrego com zelo, ética e respeito pelo público. Eu amo o que faço e tenho muito orgulho da minha profissão. Quero contar boas histórias, dar voz a quem precisa e manter a ética e a idoneidade em tudo que faço.

Se isso faz de mim uma pessoa alienada, então sou com gosto, com orgulho e com vontade. Pois acredito que, ao respeitarmos as diferenças e trabalharmos com paixão e dedicação, podemos fazer do mundo um lugar mais tolerante.

P.S. — Antes de criticar a minha profissão, estude pelo menos um ano de comunicação social. Talvez assim a palavra "empatia" deixe de ser banalizada e se torne prática.

Esse brilho no olhar... ♥



Uma pessoa que te faz bem se percebe no olhar. Ele não tem lábios, tampouco um idioma que traduza o que diz porque é preciso dotar de uma sensibilidade ímpar para compreender o que um olhar que sorri quer dizer. 
Porque o olhar sorri. 
Às vezes você está distraída e nem nota que as pessoas ao redor andam comentando que não te viam tão feliz havia tanto tempo, que há algo diferente nesse olhar. Talvez você responda que seja o novo truque de maquiagem que aprendeu num tutorial no Youtube, mas quem te conhece como ninguém sabe que a maquiagem realmente pode elevar a autoestima, no entanto não se trata apenas disso. 
Esse brilho no olhar reacende quando você sorri. Ele se irradia do lado de dentro, eu sei, como se o sol emprestasse um punhado dele pra iluminar e aquecer todos os recantos do coração. Uma pessoa que te faz bem é aquela que te faz rir, que a presença traz alegria, que te faz agradecer a Deus todos os dias por tê-la por perto, que te faz orar todas as noites pedindo ao Pai Amado para cuidar dessa pessoinha como você queria poder cuidar e nem sempre pode, para que Ele coloque todos os anjos para protegê-la. 
Uma pessoa que te faz bem é aquela que te faz encarar seus piores medos e correr atrás dos seus sonhos mais loucos. Essa pessoa faz uma falta imensa quando está distante, mas mesmo quando não está por perto, ela é como gotas de perfume que impregnaram no travesseiro, você a sente e se conforta porque cada lágrima de saudade que cai significa que algo muito bonito está acontecendo: você está amando. Amando de verdade
Você não está mudando a aparência exterior para sair bem nas fotos. Você está se desafiando a encarar seus defeitos, seus traumas, disposta a fechar feridas do passado, a liberar o perdão como se abre as duas mãos para libertar uma pomba branca rumo a liberdade. Você no início teme muito que esse amor se vá, mas esse amor te ensina que quantidade e qualidade não são sinônimos, tampouco dizem nada. Porque quem diz tudo são as batidas do coração. 
O decreto final de que você se sente muito bem com alguém está entregue no brilho do olhar e sabe por que ele é tão bonito? 
Porque enquanto você se esforça para amar outra pessoa do jeito que ela é, sem projetar virtudes nem delegar aos ombros dela a responsabilidade de te fazer feliz como se sua vida dependesse de um ser humano para ser plena, está lutando para aprender a se amar porque caso esse alguém tão especial precise ir embora da sua vida, por mais dolorosa que seja a separação, você ainda terá a si mesma, por isso é importante perceber nos pequenos detalhes quando alguém te faz bem, te incentiva a querer crescer espiritualmente, sair da zona de conforto.
E você nunca mais será a mesma. Você nem mais é. E não adianta esconder de ninguém, dizer que do amor já desencanou porque seu olhar irá te desmascarar, acredite no que te digo. Mesmo que você insistentemente negue que tudo não passa de especulação, as cintilantes esferas que são um convite para conhecer sua alma entregam que ela se abriu para o amor e uma vez que as janelas foram abertas, todos os riscos colocados sobre a mesa e ponderados, é impossível voltar atrás.
Seja, também, essa pessoa que tanto faz bem. Seja alguém que outra pessoa no mundo, ao ler esse texto se identifique, muito provavelmente esse serzinho que você guarda com tanto carinho no coração ou não, pouco importa, porque se vive o agora, se sente o presente e por isso mesmo ele recebe esse nome, porque cada dia que Deus nos permite despertar é o nosso grande presente.
Por hoje, ame.
Por hoje, aceite quando disserem que seus olhos são lindos e que eles brilham como as estrelas.
Por hoje, escreva um poema e não se importe com a métrica, deixe o seu coração falar.
Por hoje, rabisque um coração no vidro embaçado.
Só por hoje não permita que seus demônios interiores tentem te persuadir com mentiras deslavadas e te façam pensar que não é merecedora de ser amada porque, sim, você é. Eu sou, todos nós somos. Todos precisamos de amor.
Só por hoje feche esses olhos cintilantes e mergulhe numa profunda prece. Porventura as palavras poderão fugir de seu repertório, mas não se importe, uma oração sincera não precisa de protocolos, Deus aprecia os puros de coração e Ele sabe o quanto você tem se esforçado para ser uma pessoa melhor, mesmo que tenha havido uma recaída e muitos dos seus avanços tenham se convertido em duros retrocessos, mas não se cobre nem se preocupe, tudo que acontece nos fortalece, nos ensina, nos prepara para o que a vida nos reserva.
Às vezes "se dar um tempo" também é uma prova de amor consigo mesma. Tudo o que a alma precisa é de um descanso onde possa se acalmar, se desintoxicar das imundícies de um mundo sem compaixão e se fortalecer, mesmo na escuridão de um quarto. Cada um se recria à sua maneira.
Sabe de uma coisa? 
Eu me inspiro no brilho dos seus olhos! Eu os amo!
Eu admiro a quem poderia desistir da vida, mas todo dia, mesmo chorando, não enxergando a luz na escuridão, não desiste, continua caminhando, se permite pedir ajuda e engole o orgulho, aceita segurar a mão que se estende em sua direção, reconhece suas imperfeições.
As pessoas mais incríveis que conheço me encantam não pela famosa "casca" atraente, mas pela sintonia que se desenvolve, por levar a vida com mais leveza e procurar, dentre todas as adversidades, enxergar o lado bom das coisas e porque elas carregam esse brilho no olhar, esse mesmo brilho que eu vejo no seu, que me encanta, me envolve, me inspira a escrever.
Uma pessoa que te faz mal rouba o brilho do seu olhar, mas os mesmos ventos que trazem a tempestade que destelha o recanto que com tanto custo você ergueu também são aqueles que aquecem seu calor no verão ou na primavera te inebriam com o néctar das flores, por isso sei que existe alguém que está te fazendo feliz, porque mesmo que você se esquive de sabatinas e ainda não se sinta pronta para falar a respeito, seu olhar não sabe mentir, ele é tão puro quanto uma criança pequena e é por isso que eu te acho tão linda, que presto atenção nos seus olhos, mesmo não tendo sensibilidade para atinar a poesia que existe em você.

Uma carta para todos os meus amigos, leitores e simpatizantes!


Recaídas acontecem. Luto contra a anorexia desde 2006, quando comecei a mutilar meu corpo por nutrir ódio por ele. Nunca usei laxantes, diuréticos ou inibidores de apetite. O método era o exercício extremo: malhava de duas a três horas sempre que comia algo como um pedaço de bolo, na tentativa de "expurgar" a culpa. Minha alimentação era mínima, movida pelo pavor de engordar, mesmo que, no auge da doença, eu pesasse menos que uma menina de oito anos.

Ainda não se sabe o que realmente motiva o desenvolvimento da anorexia nervosa, pois cada paciente traz uma história única. Fatores emocionais, como o medo do fracasso, o perfeccionismo extremo, o bullying ou eventos traumáticos, podem ser gatilhos. No meu caso, em 2006, o fim do ensino médio foi um fator significativo. Separar-me dos meus melhores amigos e perder o contato com pessoas da minha idade me deixou à deriva. Eu não sabia o que queria fazer na faculdade e era bombardeada por opiniões e cobranças sobre escolher uma profissão.

Eu e meus demônios interiores



        Encontro-me numa corda bamba moral. Os demônios interiores estão vencendo essa luta. Durante o avanço, as chances de retrocesso nunca devem ser ignoradas. A cura é uma mentira comprada. A tristeza é o lamacento vício que engole as almas mais frágeis no dom da vida, lhe rouba as cores, o ânimo, a energia e se instala no peito sem apego.

Patriota de ocasião

Nesta manhã em que todos estão em ritmo de festa, queria que você estivesse aqui pra eu trocar umas ideias. Ninguém mais no mundo me entenderia.
Você nunca escondeu de ninguém que detestava copa do mundo e tanto falava sobre “pão e circo”. Eu não atinava bulhufas, queria o penta. No outro quarto estava a “do contra”, que se não desligava a tevê na hora das partidas, torcia para que a empáfia da seleção arrefecesse.
Quando menina, eu era aquela criaturinha ingênua que vibrava, chorava, torcia, assistia às partidas da Argentina pra secar os meus irmãos portenhos, amarrava a cara quando alguém me dizia não estar no clima porque achava inadmissível um brasileiro não torcer pelo Brasil.
Hoje, vinte anos depois, sou uma dessas pessoas. Desencantada com a política podre que se faz nesse país, com a roubalheira que desonra o progresso e inclusive norteia o futebol.
Sou eu um pedacinho de você, vendo o bezerro de ouro do cabelo bizarro sendo tratado como um deus, todos alienados e idiotizados em frente ao aparelho de televisão, comemorando o desempenho de uma seleção medíocre. E eu, aquela que desejaria morar em outro planeta para não ouvir falar de copa do mundo ou que em segredo torce por outro 7 × 1.
Como queria que você tivesse visto e rido daquele fiasco. Suas palavras continuam tão atuais, embora ainda representem a minoria que não segue a caravana.
O bezerro de ouro e seus coleguinhas de equipe serão os únicos beneficiados com o hexa. Dois milhões na conta de cada um, milhares de anúncios publicitários, destaque para a chegada dos produtos midiáticos, para o casamento do craque no segundo semestre.
E você, meu caro cidadão? De onde vem essa intolerância com quem não torce pela seleção? O bezerro de ouro já quitou seus boletos, garantiu seu fundo de aposentadoria e alfabetizou seu filho, garantiu uma vaga para ele na faculdade, custeia as despesas do plano de saúde?
Porque para tão inflamada defesa a quem nem sequer se importa se você respira, é a única explicação.
Enquanto a bola rola em campo, a quadrilha que nos governa dança quadrilha e rouba o nosso pão. E o circo está armado em campo, com tombos do craque, muita marra e pouca arte, muito marketing e pouca atitude, muita pompa e nenhuma humildade. 
Buzinam os tolos para o bezerro de ouro. Gritam gol, se vestem de verde e amarelo, pensam que aqueles que não gostam de copa odeiam o Brasil. Patriotas de ocasião.
Do meu lado todos comemoram, mas o cristal se quebrou dentro de mim. Torço pelo Brasil, mas não pela seleção. Me desculpe por não ter te ouvido, por não ter valorizado sua sabedoria. Vinte anos depois queria te dizer que evoluímos, todavia estamos atolados no caos, em todos os sentidos, e não vai ser uma taça de copa do mundo que vai alterar essa situação.
O futebol feminino dá um espetáculo, mas ninguém veste camiseta, assopra corneta e prepara um balde de pipoca. Ninguém vibra pela Marta, pela Formiga, ninguém apoia as meninas que jogam bola e fazem bonito.
A saúde agoniza, a educação pede extrema-unção. No entanto, todos estão contentes porque vão entrar mais tarde no trabalho, encher a cara e compartilhar memes inúteis e ridículos. Pois bem, vida que segue. Nós, que somos diferentes, sofremos porque nunca somos compreendidas da maneira que gostaríamos.
Tomara que sua profecia se cumpra de novo e a França seja bicampeã porque aí as lonas se desarmam, o circo acaba e o mesmo bezerro de ouro que hoje é aclamado, queira Deus que, amanhã ou depois, seja colocado no seu devido lugar, de um reles mortal. Sem mais.
Amem-me ou odeiem-me, a copa perdeu o sentido para mim desde 2006. Herói para mim é o pai de família que se dana com um salário mínimo para sustentar o lar, que chova ou faça sol se vira nos trinta para que a comida na mesa nunca falte e não um jogador arrogante correndo atrás de uma bola porque fazer gol é obrigação dele. A propósito, tem gente que joga muito mais, mas a mídia precisa do seu bezerro de ouro, eis que a ocasião suscitou um herói de ocasião para a nação continuar alienada.
Amem-me ou odeiem-me, essa é a minha opinião. Do contra até o fim, que venha o bi da França, sim.

Tolhida (O blog é meu e eu falo do jeito que eu quiser)



Houve um tempo em que eu dizia o que pensava sem reservas. Hoje, não mais. Não porque me falta coragem, mas por aprender a medir as palavras, não para agradar, mas para minha autoproteção. O maior vilão, porém, não é o politicamente correto.

Homenagem à Pandinha

Arquivo pessoal da Mary (Panda, 11/07/2016 – 10/05/2018)



Querida Pandinha,

Oi, minha gorducha? Tudo belesma? Estou devastada! Você se foi!
Já faz algumas horas que você está nos braços do Pai Amado, num lugar muito melhor do que aqui, no entanto, espero que você tenha sido feliz enquanto viveu conosco e que tenha me amado tanto quanto eu te amei.
É verdade que no começo da nossa convivência não tive uma atitude legal com você, havia passado por uma perda semelhante e me ressentia porque você era totalmente diferente do querido Matt — acho que agora vocês já se conhecem —, todavia queria entender por que você era tão arisca e guinchava tanto quando eu me aproximava da sua gaiolinha, até ler uma postagem de um blog que tocou meu coração e me fez perceber quão injusta eu estava sendo com você, querida amiga.
Você era você, o Matt era o Matt.
Nunca me esquecerei dos agradáveis momentos que passei ao lado do meu primeiro hamster, entretanto você era um frágil filhote e eu, responsável pelo seu bem-estar. Não à toa bani aqueles túneis de acrílico que são tão perigosos para os hamsters porque queria proteger sua integridade, cada pedacinho desse ser maravilhoso que fui aprendendo a amar. E fui apreciando seu jeitinho de ser, aceitando-o, porque com você também compreendi que não amo duas pessoas do mesmo modo, seria impossível, eu amo cada uma de um jeito porque elas são diferentes e a relação que estabeleço, também.
Ontem eu não fazia ideia de que seria a sua última noite no mundo dos viventes, meu bebezinho amado, que hoje estaria redigindo um texto de despedida para aquela que me conquistou aos poucos e para valer, levando para o paraíso um pedacinho do meu coração. Vai ser difícil, a partir de hoje, não ver mais a sua gaiolinha cor-de-rosa do lado da minha cama, te dar o beijo de boa noite, nem o beijo de bom dia ao despertar.
Sou muito grata pelos quase dois anos em que formamos uma grande parceria, pelos dois aniversários meus de que você participou (vou sentir tanto a sua falta nesse próximo, em novembro), pelos dois natais e as duas viradas de ano em que você esteve presente, partilhando da emoção do momento, por ser em muitas noites minha companheira mais fiel.
Quero me lembrar de você sempre como aquela menininha sapeca correndo na rodinha, roendo os rolos de papelão, comendo amendoins e alegrando a casa. No meu coração pretendo guardar o brilho daqueles olhos negros que me enchiam de ternura todos os dias, mesmo naqueles onde o sol não brilhou.
Tem mais alguém que sentirá sua falta. Você sabe quem, sua danadinha arrasadora de corações. Ele ficou escondidinho dentro de casa o dia todo, foi chorar como faço sempre, escondido para ninguém ver. A partir de amanhã o pobrezinho terá de se acostumar que você não vai mais o cumprimentar para contar às novidades. Ele sentirá tanta falta do seu aroma de almíscar exalando pelo ar, de quando bastava que vocês estivessem juntos para que tudo ficasse bem, nos dias bons e ruins. O coração dele deve estar despedaçado, mas um dia sei que vocês irão se encontrar e correr juntos pelas verdejantes campinas do paraíso.
Seguirei adiante com a minha vida porque é preciso, as perdas fazem parte da caminhada, no entanto, essa atitude não significa que vou te esquecer. Uma grande amiga como você nunca morre na memória, a gente coloca no lado direito do peito, com todo o cuidado do mundo. Nada mata um sentimento tão forte e tão bonito que nasceu e com dignidade cresceu, porque mesmo que seu coração já não mais bata, ainda assim você existe nesta homenagem, nestas lágrimas que se pudessem gostariam de te trazer de volta. Sendo impossível tal intento, minha pretensão é te manter sempre viva ao pensar numa boa amiga com quem me comuniquei no idioma do Amor, porque para esse não é preciso de curso, a vida ensina, somente se amando é que se aprende a amar.
Você foi mais do que uma simples amiga, tornou-se parte da família. Então, sim, repito que sou grata por esse tempo que passamos juntas, porque mais triste seria se eu nunca tivesse te conhecido e te permitido me conhecer também.
Aceite essa simplória, porém sincera homenagem que te faço, porque nesta noite, quando eu me deitar para dormir, com certeza me lembrarei de pedir a Deus para cuidar de você aí com o mesmo carinho que cuidamos aqui e para que eu tenha forças para aprender a viver sem você porque, fácil, ah, não vai ser.
De sua sempre amiga Mary.

PANDA 11/07/2016 – 10/05/2018



2 de maio | Dia Nacional do Humor

Especial - 2 de Maio: Dia Nacional do Humor Feliz Dia Nacional do Humor! O 2 de maio é o dia dedicado a uma das formas mais poderosas de con...