Um giro pela história da Meteorologia
O Dia Mundial do Meteorologista foi instituído pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) em 1960. A escolha da data, 23 de março, celebra a criação desse órgão que há décadas promove a cooperação internacional e a troca de informações climáticas.
A missão da OMM é central para melhorar a compreensão dos fenômenos meteorológicos e aperfeiçoar as previsões, contribuindo para uma resposta mais eficaz a eventos extremos (ORGANIZAÇÃO METEOROLÓGICA MUNDIAL, 2022).
A missão da OMM é central para melhorar a compreensão dos fenômenos meteorológicos e aperfeiçoar as previsões, contribuindo para uma resposta mais eficaz a eventos extremos (ORGANIZAÇÃO METEOROLÓGICA MUNDIAL, 2022).
Muito além da previsão do tempo
A meteorologia ultrapassa a simples previsão do tempo — ela é essencial para diversos setores e impacta diretamente nossas vidas.
- Previsão do Tempo — Uma previsão precisa permite planejar atividades cotidianas, como viagens, eventos ao ar livre e até a rotina agrícola. Por isso, a confiabilidade das informações meteorológicas é vital para minimizar prejuízos e garantir a segurança nos mais variados contextos.
- Prevenção de desastres naturais — Ao monitorar fenômenos extremos como furacões, tornados, tempestades e enchentes, os meteorologistas oferecem subsídios cruciais para que governos e comunidades se preparem com antecedência. Esse trabalho salva vidas e reduz consideravelmente os danos materiais (SOUZA, 2018).
- Agricultura e Gestão de Recursos Naturais — A meteorologia orienta agricultores sobre os períodos ideais para plantar e colher, além de otimizar práticas como a irrigação. Paralelamente, contribui para a gestão eficiente de recursos naturais, como água e energia, sendo uma aliada indispensável ao desenvolvimento sustentável (COSTA; LIMA, 2019).
A Meteorologia no Brasil
No território brasileiro, celebramos o Dia do Meteorologista em 14 de outubro. Nosso país, com sua diversidade climática — que varia da exuberante Amazônia às regiões semiáridas do Nordeste — depende enormemente do trabalho desses profissionais. Em um cenário marcado por extremos e desafios na gestão de recursos naturais, a atuação dos meteorologistas é crucial para a economia, o planejamento urbano e a mitigação de desastres ambientais.
Os primeiros registros meteorológicos no Brasil datam do período colonial, realizados pelos colonizadores holandeses no litoral pernambucano. No entanto, essas observações não eram sistemáticas. Apenas no século XIX a meteorologia começou a se estruturar no país, com a criação do Imperial Observatório do Rio de Janeiro em 1827, durante o reinado de D. Pedro I. Esse observatório foi um marco inicial nos estudos climáticos brasileiros.
No século XX, a meteorologia no Brasil avançou significativamente com a criação de instituições especializadas no estudo e na previsão do tempo. Em 1909, foi fundado o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), que se tornou o principal órgão responsável pelo monitoramento e previsão das condições climáticas no país. A década de 1960 marcou outro passo importante, com a criação dos primeiros cursos universitários de meteorologia, como o da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), consolidando a formação de profissionais na área.
Hoje, a meteorologia brasileira é uma ciência interdisciplinar que combina tecnologia avançada, como satélites e modelos computacionais, com o profundo conhecimento local sobre as condições climáticas. Ela desempenha um papel essencial na agricultura, na gestão de recursos hídricos e na prevenção de desastres naturais, contribuindo de maneira decisiva para o desenvolvimento sustentável do país.
Sobrevivendo ao negacionismo
Neste Dia do Meteorologista, celebramos a ciência que transforma dados em previsões e informações úteis, mas também os profissionais que, com dedicação e competência, nos ajudam a compreender e enfrentar os desafios do clima. Em tempos de mudanças climáticas e eventos extremos, é essencial valorizar o trabalho desses especialistas, que se baseiam em evidências e tecnologia para proteger vidas e construir um futuro sustentável. Ignorar ou desprezar essas informações é fechar os olhos para a realidade e para as soluções que a ciência nos oferece.
Referências
SOUZA, R. L. Monitoramento e Previsão de Fenômenos Meteorológicos Extremos: desafios e perspectivas. Revista de Estudos Climáticos, Rio de Janeiro, v. 12, n. 1, p. 45-60, jan. 2018.
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