4º Capítulo
Lilly estava sentada em sua pequena sala de leitura, cercada por velas aromáticas e cartas de tarô espalhadas sobre a mesa. Seus dedos ágeis embaralhavam as cartas com uma destreza que só anos de prática podiam proporcionar. Ela murmurava suavemente palavras de consagração antes de fazer uma leitura para uma cliente ansiosa.
— A carta da Morte não significa literalmente uma morte — explicou Lilly, seu tom calmo e sereno. — Representa transformação, um renascimento.
A cliente, uma mulher de meia-idade, suspirou aliviada, seus olhos fixos em Lilly com uma mistura de esperança e medo. Lilly lançou um olhar compreensivo, seus olhos castanhos profundos transmitindo uma sabedoria antiga.
— A vida tem um jeito engraçado de nos levar aonde precisamos estar, mesmo que o caminho seja difícil — completou Lilly, recolhendo as cartas e sorrindo gentilmente.