SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Existe amor nas matinês


Quando você encontra alguém bacana, isso acontece naturalmente, sem ter de forçar nada.

Rabiscado a lápis

 

Muitas vezes repeti a mim mesma não me importar com os pensamentos alheios a meu respeito, acreditava lidar bem com meus próprios medos. A estratégia defensiva visava escapar de um inoportuno sofrimento.
Quem nunca tentou?
Quem nunca precisou ser forte?
Sem olhar para trás, disse adeus e ninguém me respondeu, ninguém sentiria a minha ausência.
Cansada de ser julgada, difamada, maltratada.
De ser o melhor que cabia ser e não bastar.
Implorar pelo amor alheio e estar sempre em último plano.
Cansada de entrar na vida dos outros “tarde demais”, ser lembrada por dar um ombro amigo nas adversidades e, em contrapartida, aprender a chorar sozinha.
De ser apenas mais um número em muitas contas.
Cansada de mim.
O fardo era maior do que a resistência. Ainda assim, segui. Impus-me a um ritmo mais lento, apenas desejava chegar a algum lugar, encontrar um cantinho confortável para permanecer o maior tempo que pudesse, sem levar minhas culpas junto, fruto de escolhas impensadas, impulsivas, originadas em um profundo sentimento de carência.
Eu precisava de mim mesma.
Ao meu lado, um caderno e dúvidas à parte. Rabisco a lápis para não ter medo de corrigir.
Faz parte do jogo.
Eis que falei sobre você, inadvertidamente, tentando não deixar claro que tudo mudou antes que pudesse haver rendição ou qualquer gesto semelhante.
Não sobrou tempo.
O caminho era aquele.
Era você.
A presença que me preenchia.
A ausência que secretamente eu dava pela falta.
Um nítido verso reescrito para caber em um tímido olhar.
Depois de tudo.
Logo após jurar que manteria distância de problemas.
Pois bem, havia um inconveniente, uma curva. Eu não podia controlar a velocidade com que os pensamentos se propagaram. 
Não tive o mínimo de chance para dizer não.
Sempre foi sim.
Foi você.
Em negrito ou sublinhado para reforçar a importância.
Sei lá.
Desordenando os parágrafos, remontando teorias, desmontando outras, disfarçando o pulsar de um coração partido com as responsabilidades, dividindo minha dor com um público que não conhece o seu nome, mas tem ciência da sua relevância nas linhas tortas as quais o dom se aprimora, seja para passar despercebido ou não, seja para nunca te entregar o meu coração, embora não me reste outra alternativa a não ser colocar em pratos limpos, com franqueza aceitar ou pelo menos mentir um pouquinho mais dizendo que confio nas artimanhas do destino e pacientemente me servir de mais esperança, nem que seja para seguir fisicamente viva.
Quem nunca desejou apagar essa encruzilhada?
Respostas, meu reino por apenas uma.
Preciso aprender a perguntar.
Nas minhas notas mentais lembrar-me sem falta de mandar o orgulho se catar e parar de bancar o sabido.
E escrever uma nova história, se preciso for. 
O final feliz é opcional. 
Se há final, feliz não é.
A alegria é urgente e imediata.
O amanhã tem preocupação e ela não divide espaço com mais ninguém.
Sim ou sim, ela admira os determinados, anseia pela coragem dos desavisados e vibra na direção dos indecisos para que eles deixem de sê-lo ou abram uma pequena concessão para não perderem o senso de humor.
Depois de te conhecer, meus versos não querem fazer sentido, querem a chance de existirem.
É esse o caminho.
Tragá-los.
À revelia.
Sem amarras.
Inflados.
Recortados.
Recontados.
Discordáveis.
Subentendidos.
Intimamente universais.
Secretos por serem seus, sensíveis sem perderem a conexão com a inspiração.
Equivalentes ao beijo de amor ainda não beijado, no entanto, o vento soprou e trouxe-me a saudade de um sonho que não sei se foi ou algum dia será a minha realidade.

Curitiba, 30 de outubro de 2014.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | A tristeza dói, mas já não estou mais sozinha

 

Não posso nem imaginar o que é passar por tudo isso, mas agora você não está mais sozinha.

30 de março de 2002

A primeira e última vez que uma amiga dormiu aqui em casa foi no meu aniversário de 11 anos. Em junho já serão dois anos sem a Aline e ainda é bem difícil falar dela sem chorar.

Júlia e Andréa praticamente se convidaram para dormir aqui em casa, para me fazerem companhia. Deh está no banho e Ju assistindo o noticiário da TVTV porque depois dele começam as câmeras escondidas que ela, a Deh, a Van e o Dico amam. Estou me sentindo como nas novelas, onde a protagonista tem duas melhores amigas inseparáveis e umas pousam na casa das outras, comem gostosuras, se maquiam, pintam as unhas, dançam e tiram fotos.

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | A última presepada do sargentão de saias

Van definiu bem a utilidade do PEC: Mais duas matérias para a gente reprovar!
 

21 de março de 2002.

Não tive nem tempo de escrever esta semana. Começou a época de provas e usei todo tempo disponível para estudar, só agora consegui respirar um pouco e contar como foram esses últimos dias. Na prova de matemática, creio ter me saído bem por responder a todas as questões sem dificuldades, em português, idem; inglês foi tranquilo, física e química estavam um pouco difíceis.

RIP Papá 🐹🌈

Interrompemos nossa programação normal para comunicar, em primeira mão, o falecimento de Papá, neste domingo (27). A assessoria de imprensa do longevo roedor informou às autoridades que o super centenário morreu de causas naturais enquanto dormia.
Papá entrou para o rol dos roedores e tencionava se tornar o hamster mais longevo de todos os tempos, no entanto, desde a morte precoce dos dois filhos mais novos, Pooh e Lica, afastou-se da vida pública. A última aparição dele foi no enterro da filha, há pouco mais de três semanas.
Papá teve 11 filhos e deixa uma centena de netos, bisnetos e trisnetos e aos amigos, fãs e conhecidos, muitas saudades e um legado incontestável. Em virtude da grande comoção, o OCDM preparou uma homenagem especial para esse grande roedor, exemplo de vida, resistência e resiliência.

Platônico II

Olá, amigas e amigos do OCDM. Temos mais um texto de 2010 aqui, espero que vocês gostem de rever essas relíquias que aparecem no blog ocasionalmente, pois sinto muita satisfação em cuidar desse cantinho como se fosse o meu jardim, o meu oásis. 

SiMpLeSmEnTe TiTa 15 anos | Prova surpresa

 15 de março de 2002.

Não tivemos aula da Carmem ontem, no entanto, a Raimunda tomou conta de nós porque o sargentão de saias deixou atividades para fazer. Respondi ao questionário enquanto conversava com os meus amigos porque quem entregasse tudo direitinho já estava liberado. 

É muito fácil você cobrar da gente o que nem ensinou!

Sempre refleti sobre o motivo de Júlia e Rodrigo estarem felizes de terem caído na mesma turma de novo, mas isso tem explicação e não é nada de outro mundo. Eles se conhecem desde bebês porque nasceram na mesma época e têm poucos dias de diferença, sendo os respectivos pais amigos de longas datas. No entanto, ela reprovou o oitavo e ele o seguinte.

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