Vai ter Natal e vai ter risada no WNBM 🎄

 

Oi, preguiçosos!

Já estão começando a sentir o clima natalino? 🎄

Queria aproveitar esse espaço para lembrar que o Natal do WNBM (sim, estamos de volta com tudo!) vai ser cheio de surpresas! Estou me dedicando para que vocês, meus leitores, sintam a magia do Natal com todos os nossos personagens favoritos comemorando a data mais bonita do ano.

O grande começo da nossa festa acontece hoje, às 19h, com Pô, Pai — Especial de Natal, e logo depois vem a Noviça e sua trupe, se preparando para a ceia mais divertida que vocês já viram!

Ano passado, eu realmente queria ter preparado especiais para essa época, mas a correria não deixou. Agora, estou fazendo de tudo para deixar 2013 com chave de ouro e presenteando vocês com o melhor conteúdo de Natal.

Fiquem ligados no WNBM porque, uma coisa garanto: ninguém vai ficar de cara amarrada nesse Natal!


Ninguém escolhe de quem vai gostar

 


Ninguém escolhe de quem vai gostar. 

Depois dos 25 | Em meio ao nevoeiro

 


Ah, leitores… boa tarde para vocês, pois para mim não está sendo nada boa…

Eu não sei o que fazer da minha vida. Não sei o que 2014 tem para mim. Na verdade, o que tenho aprendido ultimamente é que é muito fácil criar expectativas demais, sabe? Às vezes, me pego projetando sonhos e planos tão grandiosos, esperando que tudo se encaixe de uma forma que idealizei, quando a realidade acaba sendo bem diferente. Eu já passei por isso em 2009 e, de novo, em 2013. Na época, eu não enxergava isso, mas agora vejo que ambos os anos foram bem significativos para meu crescimento, apesar de não terem sido o que eu imaginava.

Em 2009, as coisas não saíram como planejei, mas olhando para trás, vejo como cresci com as dificuldades que enfrentei. Foi um ano de aprendizado, onde pude amadurecer de formas que eu não havia previsto. E em 2013, mesmo com todas as frustrações, também aprendi muito sobre mim mesma. Foi difícil, sim, mas também foi um ano onde pude perceber que, por mais que eu tenha tentado controlar o que aconteceria, muitas vezes não podemos determinar o rumo das coisas. E isso é OK. Aceitar que as coisas acontecem como são, sem o peso de expectativas que criamos, tem sido um dos maiores desafios que eu enfrento.

Eu agora reconheço que esse era o erro que cometia: planejar demais, esperar que tudo acontecesse como nos meus sonhos, sem deixar espaço para viver o presente. A angústia de 2013, o peso de não ter conquistado o que eu queria, muitas vezes me fez esquecer que não há um caminho único ou certo. Que a vida é feita de altos e baixos e que não posso controlar tudo. No final, percebo que, mesmo com os percalços, ambos os anos me trouxeram algo valioso: aprendizado, resiliência, e um carinho imenso por tudo o que aconteceu, mesmo quando parecia que nada dava certo.

Não sou mais aquela pessoa que se deixa consumir pelas expectativas. Hoje, posso olhar para 2009 e 2013 com carinho, com a certeza de que cada ano, por mais que tenha sido difícil, me trouxe algo que eu precisava aprender. E não estou mais tão preocupada com o futuro. Estou tentando aprender a viver o agora, sem pressa, sem cobrança excessiva. Porque, no fim das contas, a vida não é sobre alcançar um ideal perfeito, mas sobre viver cada momento da melhor maneira que podemos.

Sei que a vida adulta me exige mais responsabilidades, mais escolhas, mais aceitação. E sei que, aos poucos, eu vou me encontrar nesse processo, sem precisar me desesperar, sem precisar que tudo se encaixe no molde que idealizei. Apenas vivendo e aprendendo com cada momento.

Eu nunca imaginei que 25 anos fosse tão complexo

Na minha cabeça, aos 25 eu já teria feito tantas coisas: teria uma carreira consolidada, um caminho traçado, algumas conquistas visíveis. Me imaginei sendo essa pessoa bem-sucedida, no topo, com a vida “organizada”, como nos filmes e séries que eu via. Mas a verdade é que, quando cheguei a essa idade, me senti mais perdida do que nunca. E tudo bem, porque talvez esse seja o ponto.

Aos 25, o peso de ser adulta parece cair de uma vez, como se, de repente, eu fosse obrigada a deixar para trás as incertezas da juventude e tomar o controle absoluto da minha vida. E é aqui que o baque acontece: não existe um manual de instruções para ser adulto. Não existe uma linha do tempo universal, uma fórmula pronta para o sucesso.

O medo do futuro, ou talvez o medo de nunca me encontrar, tem sido uma constante

Eu estava acostumada a ter uma ideia mais clara do que seria da minha vida. Aos 20 anos, as coisas pareciam mais fáceis de se imaginar, como se o futuro fosse um caminho já desenhado, como se bastasse seguir algumas linhas e tudo estaria resolvido. Mas aos 25, o que era claro, virou um borrão. Não sei se é o medo do desconhecido ou a sensação de que o tempo está se esgotando, mas algo mudou. Agora, tudo parece estar em aberto, e, ao mesmo tempo, sinto-me perdida.

Eu me vejo entre dois mundos: o da juventude que está ficando para trás e o da maturidade que, na verdade, nem parece ser tudo o que imaginei. Sinto que não sou mais adolescente, mas também não sou adulta de verdade, ou pelo menos, não da forma como a sociedade parece esperar. O pior disso tudo é a sensação de estar no meio desse limbo, como se estivesse tentando encontrar um lugar para me encaixar, mas sem saber exatamente qual é o meu lugar.

O que me assusta é o futuro. E não apenas o futuro das grandes conquistas, mas o medo de nunca encontrar um caminho, de me perder em meio a tantas possibilidades e não saber qual delas seguir. Será que estou indo na direção certa? Ou será que os meus sonhos não são realmente meus, mas sim um reflexo do que a sociedade me ensinou a querer?

É difícil não se questionar quando o mundo ao seu redor está sempre mudando e os outros parecem estar seguindo um roteiro mais claro, mais definido. Enquanto isso, eu fico ali, com medo de não estar fazendo o suficiente, de não ser suficiente. Como se minha vida estivesse prestes a começar, mas com um peso de insegurança sobre cada passo que dou. O que eu sempre imaginei ser o “caminho certo” começa a se desfazer, e eu me pergunto se estou me afastando daquilo que era esperado de mim ou simplesmente me permitindo viver o que é mais verdadeiro para mim.

Outro medo constante é o de me sentir velha demais para começar algo novo. Começar a faculdade aos 25, por exemplo, me parece um movimento tardio. Não estou mais naquelas energias vibrantes de quem sai do ensino médio com o mundo a sua frente. Não sou mais aquela jovem cheia de sonhos e certezas. Mas, ao mesmo tempo, há algo dentro de mim que grita que o mundo ainda precisa de uma jornalista como eu. Que minhas palavras, minha visão, minha forma de entender a vida têm um valor. Sei que tenho algo a dizer. Sei que tenho algo a compartilhar, algo que é meu e que só eu posso trazer ao mundo.

Tenho medo de falhar, de continuar sem um norte, de olhar para trás e ver que não fiz nada de relevante. Mas, por outro lado, também tenho medo de não tentar, de me acomodar na insegurança e deixar as expectativas do mundo me afastarem daquilo que realmente quero. Sinto que, mesmo com os medos e as incertezas, ainda há uma chama dentro de mim que insiste em acender. Talvez essa chama não seja tão forte como antes, mas ela continua lá, me lembrando de que há algo além dessa dúvida, de que posso encontrar meu caminho, mesmo que ele não seja o que eu esperava. Não sei onde vou chegar, mas sei que, enquanto houver esse impulso, eu preciso continuar tentando.

Tenho mais perguntas do que respostas, e talvez seja isso que me assusta tanto

O medo do que está por vir, o medo de não me encontrar, de não ser quem eu esperava ser, é esmagador. Mas, ao mesmo tempo, algo dentro de mim ainda quer tentar. Sei que ainda tenho muito a aprender, a descobrir, e embora o futuro seja um nevoeiro que me impede de ver claramente para onde estou indo, há algo em mim que diz para seguir em frente, mesmo com o medo.

Eu não sei se vou chegar aonde quero, mas sei que não posso ficar parada, esperando que o tempo decida por mim. Tenho que viver o meu caminho, mesmo que ele seja cheio de dúvidas e confusão. E, quem sabe, no meio desse nevoeiro, eu me reencontre.

Às vezes, parece que tudo é tão difícil, mas é nesse lugar de incerteza que, talvez, as respostas mais importantes se revelem. Não tenho todas as certezas que imaginava ter aos 25, mas quem sabe? Talvez, um dia, a neblina comece a se dissipar, e eu descubra que o caminho foi exatamente o que precisava ser. E, no final, o importante não é o destino, mas a coragem de continuar a jornada.

Depois dos 25 | Expectativa x vontade

 

Prestes a completar 25 primaveras, fui tomada por uma avalanche de reflexões que, de certa forma, me acompanham. A pressão para seguir o fluxo: casar, ter filhos, construir uma vida “estável” está cada vez mais presente, mas não consigo me ver dentro desse roteiro. Sinto como se estivesse vendo todos ao meu redor dando grandes passos para uma fase da vida que não estou preparada para atravessar.

Olhando para o que as pessoas esperam de mim, parece que a vida de “adulta” é essa: ter um parceiro, uma casa, filhos. Entretanto, me pego confabulando a respeito dessa cobrança da sociedade e dos parentes, a fuga da pecha de solteirona e o medo de morrer sozinha. O peso de já ter 25 anos e sentir que ainda não havia feito nada da “minha vida” me deixa nesse léu, onde tento juntar evidências acerca dos meus verdadeiros desejos, não as expectativas alheias. Vejo-me longe da ideia de construir algo que todos parecem estar fazendo ou estou posando de rebelde sem causa?

Aquela ideia de que, aos 25, você deveria já ter um casamento sólido, um trabalho estável e filhos (se não tivesse um, ao menos estivesse no caminho para isso) me causa um desconforto imenso. Sinto-me uma estranha no ninho, como se estivesse vivendo fora do tempo. As conversas sempre giram em torno de casamentos, bebês, planos de futuro. E lá estou eu, sem um plano claro, sem saber se o que todos dizem ser “o próximo passo” é realmente a direção que quero seguir.

O que é o certo, afinal? Viver de acordo com essas expectativas ou construir um caminho só meu, no meu ritmo, sem precisar me apressar para que a vida se encaixe no molde que a sociedade quer que ela tenha?

Hoje, vejo que a pressão social pode ser uma das maiores armadilhas que nos colocam, embora também acredite haver algo de errado comigo por não querer seguir esse roteiro, as etapas de um fluxograma que não me permitem ter autonomia. Entendo que cada um tem seu tempo, e muitas pessoas estão, agora, nessa fase da vida, mas o meu tempo não precisa ser o mesmo. E está tudo bem com isso.

Tenho outros sonhos, outras prioridades. E, se o caminho da maternidade ou do casamento surgir algum dia, que seja no momento em que eu realmente queira, e não porque todo mundo está nessa vibe. Que eu não me sinta pressionada a estar em uma fase só porque a idade me diz que é hora. Para mim, a felicidade não tem idade, nem roteiro, e não existe pressão para ser quem você não é.

Editorial WNBM | Nas mãos de Deus: a verdade sempre triunfará

 

A escrita fazia com que eu me sentisse especial, única. Era o meu coelhinho na cartola, o que me mantinha viva e forte. Ver qualquer imbecil que mal sabe pontuar uma frase dizendo que é escritor me deixa com tanto asco que não sei nem como lidar com tanto desprezo. Me fazer acreditar que meus textos só são lidos quando postados no Webnode me destruiu completamente, porque toda vez que lembro, vem aquele flashback de toda dor que passei em 2012 e neste ano. Vai levar algum tempo até eu digerir essa mágoa e me superar.

É tão estranho ter de abdicar do que eu mais gosto só porque tem gente mal-amada nesse mundo que vive de invejar e imitar os outros. Que deprimente! Por causa disso, tenho que temer a felicidade, porque, se aparecer linda e bem-sucedida, tem gente que vai querer acabar com a minha alegria para poder se sentir bem.

Eu só peço a Deus que se encarregue de fazer justiça, porque Ele sabe muito bem o que cada pessoa tem no coração e sabe como ninguém quem me derrubou. Não vou sujar minhas mãos me vingando de lixos humanos, de garotos mal-fodidos que queriam ser mulheres e não são. Por isso se enraivecem porque, ao contrário deles, não gosto de copiar, só de criar. Inspirar-se nos grandes autores é importante, todavia, copiar as ideias e trocar o nome dos personagens não é talento, tem outro nome. Minha escrita busca ser autêntica, enaltecer a região onde vivo, com personagens humanos, com virtudes e defeitos, sem essa arrogância de transformar uma porcaria cheia de erros de concordância numa superprodução.

A Dor do Plágio

Lógico que meu blog, em vista do complô machista, é super pequeno. Meus fãs quase não comentam, mas sei que, por mais que eles tentem exibir Confissões de Laly, nunca vai ser como foi no Facebook, nunca vai ser nem 5% do que foi. Uma coisa é contabilizar as visitas e transformar a novela numa arma, e outra bem diferente é degustar lentamente cada palavra, cada cena, e crescer com os personagens, ficar ansioso pelo capítulo seguinte. Por essa razão, sou favorável a postar um capítulo por dia e não todos os capítulos da semana de uma só vez. Perde o encanto.

Por enquanto, nem sei se continuarei com as web novelas. Não sei de nada. Só sei que tenho nojo desse “mundinho” e mais ainda desses vermes sem face que aproveitam o fato de a internet ser o palco da impunidade para aprontarem e destruírem os outros. Pode ser que a justiça dos homens finja não ver, diga que sou culpada, que estou me expondo e tantos outros absurdos que já li. O que é de vocês está bem guardado. Fiquem tranquilos.

Obrigada por me fazerem dormir à base de sedativos, por não saber nem mais quem sou, por não acreditar quando alguém diz que sou linda, talentosa e legal. Obrigada por destruírem dois anos da minha vida com plágios, picuinhas, fofocas, por me fazerem ter medo de pessoas. Por me isolarem até dos parentes, conhecidos, achar que todo mundo vai me humilhar, me ofender, me caluniar. Obrigada por terem me usado quando precisavam de algum favor, por distorcerem minhas palavras.

Deus anotou tudo isso na lista Dele, porque Ele me deu a conclusão de Confissões de Laly de presente quando, em 2011, eu pedi de joelhos a Jesus Cristo que desse algum sentido à minha vida. Em menos de um ano, menos de seis meses, fui atendida. Ele sabe que a Leoa é meu anjo da guarda. Não é uma imitação de vilã da novela das 9, nem uma mocinha sem sal, inspiração de alguma mexicana.

A inspiração me abraçou, me fez constatar que a anorexia não ia destruir a minha vida, que eu era mais forte que aqueles pensamentos destrutivos. Que meu valor não estava impresso numa digital de balança. Tudo bem quanto a ser magra, nada contra, mas uma magra saudável, que come o que tem vontade sem exageros. Alguém que veste roupas que gosta, independente da moda. Alguém que sente prazer nas coisas simples como estar com os amigos, a pessoa amada. Compreendi que ainda era (sou) jovem com muito chão pela frente.

Confissões de Laly: a revolução da Leoa

Aquele projeto que comecei a idealizar aos 13 aninhos, ainda brincando com as bonecas, escrevendo em segredo, ouvindo as músicas que fizeram parte da trilha sonora, imaginando as cenas, sempre mentalizando que seria uma novela diferente e realista. Eu já visualizei alguns personagens e sempre senti a Lalinha por perto. Ela cresceu comigo. Nos separamos quando quis dar atenção a outros projetos, mas, em 2011, ela e suas amigas voltaram a povoar meus pensamentos.

Enquanto minhas amigas viviam para os namorados e faziam com que eu me sentisse culpada por ser solteira, me excluindo de tudo, a Lalinha me dizia o contrário: que eu não precisava de um homem para ser completa. Que ter olhos e cabelos castanhos era lindo, não era errado nem imoral.

A Fer Gallardo me deixou passar uma temporada na casa dela com o Gilberto e seus conselhos, a pequena Lílian, tendo o carinho da May, da D. Emília, do Pepo, brincar de correr com a Bru e a Yasmin, chupar geladinho, comer bombom caseiro de morango. Voltar para um ano maravilhoso como 2002, onde não tinha rede social para enferrujar nossos sorrisos nem antas plagiadoras se escondendo atrás de perfil falso para humilhar.

Os namoros das minhas amigas acabaram. E eu, finalmente, era feliz. Pela primeira vez na vida. Comecei a gostar de ser solteira, de ter os fins de semana inteirinhos para me dedicar ao que mais amava (e ainda amo!). Quebrei tabus sobre o meu corpo, declarei guerra ao machismo, ao conformismo.

Em 20 de julho foi selada a reviravolta da minha vida. Foi quando o Fanfics Brasil não ganhou uma rival para os traumas, e sim uma nova opção para os leitores. Para quem quisesse aceitar a Lalinha. Eu não postei Confissões de Laly para destruir ninguém, nem com pretensão de ranking. Tudo vinha da alma, do coração. Eu não forcei as cenas; elas me procuravam, fosse de manhã ou de madrugada.

Nunca pensei que aquela história faria tanto barulho, que todo mundo queria ler, saber o que ia acontecer. O ranking não representou nem metade do que essa novela foi. Porque ela revolucionou as pessoas interiormente. Uniu. Eu respondia aos leitores porque sempre gostei de dar atenção, porque está na minha personalidade tratar os outros com dignidade.

Privação e opressão

Não é vitimização, mas aquela metade de 2012 foi uma época de muita privação, opressão, um sofrimento que ia contra a natureza, uma coisa doentia, que me fazia mal. Levei um ano para conseguir suportar tudo aquilo. Viver refém do medo, manipulada a acreditar que eu não era nada, a achar que uma pessoa queria me matar e me induziu ao suicídio. Um dia essas feridas vão se fechar. Um dia esse verme vai pagar pelo que me fez, mas na justiça divina, porque essa é infalível. Por enquanto, sem noção nenhuma do futuro, vou vivendo, preenchendo as horas por preencher, sem saber, de fato, como consumir o tédio, o vazio que essa tristeza deixou; sem saber se devo perseguir esse ideal, manter esse blog, minha conta no Facebook.

Uma "original" cheia de baixaria até conseguiu ficar entre as 100 primeiras no RG, mas porque era pura putaria, não valia nada, não ensinou nada que os leitores levassem adiante. Se usar o avatar de cantora ajuda nas visitas, quem sabe eu tivesse usado o avatar da Toni Braxton para Confissões, mas aí eu estaria usando minha cantora favorita para ganhar likes e comentários. Não valeria a pena. A ideia em CL é que os leitores sintam-se livres para imaginar os personagens, a casa dos Gallardo, o salão da D. Emília, o cenário do Toda Poderosa News.

Consequências amargas da projeção

A inveja incomodou a quem não tinha talento, a quem duvidava daquele prólogo "bobinho". Tenho que reconhecer que, do mesmo jeito que a fama me trouxe amigos e deu uma levantada na autoestima, fazendo com que eu começasse a me sentir bonita e vivesse a fase mais feliz da minha vida, também me trouxe muita dor de cabeça, amigos falsos, gente mal-intencionada.

Não sei o que 2014 me reserva, mas queria muito conseguir ficar bem, me livrar desse povo nojento, invejoso, que não deixa ninguém brilhar nem ser feliz. Não sei se vou escrever alguma história novamente. Darei continuidade a Simplesmente Tita porque assumi esse compromisso e honrarei com ele até o fim. E, se eu souber que tem algum fdp tentando copiar, essa pessoa vai conhecer o meu pior.

Enfiem as críticas no...

Vocês conseguiram me desestimular, me fazer carregar essa pedra pesada da humilhação, do extremo cansaço. Vocês estão bem. Sou eu que vou ter que deixar de fazer o que mais amo na vida por causa de pessoas. Espero que algum dia, nem que eu esteja bem velhinha, possa ver vocês pagando pelas maldades que fizeram; desde o fake que se fez de "Paty Araújo" para me derrubar, o plagiador que se passou pela prima para eu ler a sinopse dele, o idiota que tratou Confissões de Laly como lixo (bem feito que o Paraquedas fechou), o falso fã que queria ganhar prestígio postando as minhas novelas, o escroto que me chamou de feia e gorda quando eu não aprovei a novelinha besta dele e todos os outros que falaram que eu me expus quando desabafei minha dor. Vocês vão pagar.

Pode ser que os autores de novelas deem finais felizes aos maus, mas Deus não. Vocês se sentem melhores que eu porque me venceram agora, porque eu sou só uma contra muitos. No entanto, eu saio de cena agora. O meu momento de glória não é agora, não é constituído pelas lágrimas alheias. Então eu sei que, por mais que eu esteja sofrendo agora, que minha carreira tenha sofrido esse abalo, algo muito bom vai vir, seja em 2014 ou 2018. A verdade vai aparecer. Quem foi humilhado vai ser feliz e quem humilhou vai sentir na pele tudo que eu senti.

Critiquem, mandem as indiretas e enfiem no c*. O Twitter da Noviça é único, não é uma bosta feita por um mal-amado que usa um pseudônimo polêmico para esconder o rosto e machucar os outros. Todo mundo sabe que a Noviça de Puppy Love é uma personagem naturalmente engraçada do jeito que é. Até isso tentam copiar, mas tem uma diferença grande entre ser divertido e ser ridículo. Muitos ultrapassam esse limite e nem percebem.

Já perdi dois anos chorando por causa de idiotas. Agora chega! Não quero ninguém nesse blog que fique fazendo leva-e-traz, distorcendo meu desabafo. Não gosta de mim? Vai embora! Não veja o blog. Vá viver sua vida. Agora, ficar me prejudicando por prazer é doença, cara. Vá se tratar!

Editorial WNBM | CTRL+C, CTRL+V e o autor de verdade que se dane


Pense antes de confiar em estranhos. Antes de tentar tirar vantagem em tudo. Antes de magoar os sentimentos alheios. Pense antes de acreditar que sua opinião é a única que importa. Antes de julgar. Mas você não pensa em mais nada além de você, você e você.

Não há espaço para que eu entre. Não há nada que possa ser feito, porque de todos os jeitos já fiz minha parte. Fui até os limites humanos para entender o porquê minha palavra não vale nada para você. O que te faz se sentir tão superior a mim?

Estou cansada. Não nasci para te agradar. Não sou sua escrava, nem de ninguém.

Aquele hábito que antes me ajudava a escapar da realidade, criando um mundo onde eu podia sonhar, hoje é de onde quero fugir. Dei o melhor de mim, e ninguém reconheceu. Quando errei, todos me crucificaram. Quando fiz diferente, saí do óbvio, ninguém quis enxergar. Você copiou e colou, ficando com todos os créditos. E ainda acha isso justo? Está cego demais para perceber que o plágio não te faz um artista, mas um idiota. Seu cinismo só me mostra do que mais você é capaz.

Por que tudo tem que ser à sua maneira? Por que seu sorriso tem que custar as minhas lágrimas? Por que esse prazer em me colocar para baixo, em destruir minhas esperanças? Por que você não pode ter seus próprios sonhos?

Você não é uma celebridade. É alguém que precisa de humildade e de um choque de realidade. Ninguém tem obrigação de ser o que você quer. Fingir te proporciona relações cordiais com os “sem face da discórdia”, mas até quando? Até quando você vai aguentar essa máscara? Até quando vai suportar ser o que não é? Você sabe, de fato, quem é?

Caráter não se compra. Copiar não é talento. Escrever não é apenas juntar palavras; é fazer o outro sentir a verdade. Você não é escritor só porque copiou algo e disse que era seu. Não banalize o dom, não desrespeite quem cria.

Já estou cansada de implorar para ser ouvida, porque sei que meu desabafo será mal-interpretado mais uma vez. Talvez o motivo da vergonha esteja no fato de eu ser mulher, mas não acho. Eu teria muito mais vergonha de ser alguém que destrói a vida dos outros só por querer o que não pode ter.

Você já pensou em como me sinto? Quando você copia meu trabalho sem nem ler um parágrafo? Quando você se apropria do que não é seu e me deixa invisível? Você gostaria de trabalhar duro e não receber reconhecimento? Gostaria de ser desmerecido por ser mulher? Gostaria de ser copiado, debochado, reduzido a nada?

Pense nisso. Pense que, enquanto você se deleita com as visitas, tem alguém lutando para não desistir da vida. Alguém que está se destruindo por uma causa que não a leva a lugar algum. Pense nisso antes de impor suas ordens e desrespeitar os outros. Hoje você pode estar se dando bem, mas nada nesse mundo é permanente.

Fica o recado.

Curitiba, 4 de dezembro de 2013.

Simplesmente Tita — 2ª Temporada — 8º Capítulo


Eu viveria mil anos apenas por um beijo seu


A chance de ter nascido era de uma em trilhões, mas venci aquela maratona, correndo desenfreadamente para chegar a algum lugar. Cruzei uma linha invisível e assumi todos os riscos inerentes.
Fui vencedora.
Cresci até adquirir a forma que me preparava para outro desafio: deixar aquele recanto quente e confortável para partir em direção a outra reviravolta que me desarmou.
As luzes eram tão fortes, o medo também. Eu chorava porque não sabia falar, era totalmente dependente dos cuidados alheios e todos em volta celebravam a chegada de uma garotinha saudável, pronta para desbravar o mundo e vencer.
Muitas circunstâncias já me fizeram desejar estar entre aqueles trilhões que não estão vivos nem mortos, não são coisa alguma.
Por outro lado, a vida me ensinou o que era necessário saber para crescer e sobreviver em um mundo ainda muito distante de ser justo, cercada de pessoas que sentiram prazer em me segregar conforme seus preceitos distorcidos acerca de quase tudo.
Tentaram me empurrar do precipício esperando que eu caísse e morresse, mas menina ainda descobri que a imaginação era meu par de asas e não tendo nascido anjo, desenhei meu próprio escudo, colori a escuridão, fiz poesia sem rima e cantei com o coração.
Então, te conheci... E só esse instante fez valer todos os sacrifícios que fiz para chegar onde estou exatamente agora...
Tudo impossibilitava o nosso encontro. Eu não estava inserida no seu círculo de amigos e tampouco possuía qualquer esperança de algum dia te abraçar por um minuto que fosse porque vivíamos em dois universos opostos, rodando numa órbita onde nem o calor do sol poderia nos aquecer.
Eu, pelo menos.
A distância era ainda maior quando calculada. Sentida, pois sim, de todas as maneiras.
Uma pessoa muito sábia me ensinou que quando um sentimento é verdadeiro, o destino sempre arranja um meio de encurtar as fronteiras e fazer com que suas almas afins se reconheçam por intermédio de um olhar.
E no seu olhar não só me reconheço como me desnudo, me entrego, me faço sua, te faço poesia, te prometo que se vivesse mil vezes mais, em todas elas eu desejaria te encontrar aonde quer que você estivesse.
Eu viveria mil anos apenas por um beijo seu.

Simplesmente Tita — 2ª Temporada — 7º Capítulo


Destrinchando a letra | Even Flow - Pearl Jam


Boa tarde, amigos e amigas do WNBM! O Destrinchando a Letra está entrando no ar e a letra de hoje também foi um fenômeno da década de 90. Estou falando de Even Flow, do Pearl Jam, incluída no álbum Ten, de 1992, um daqueles discos que eu adoraria que o Papai Noel me trouxesse. De brinde, ainda está na trilha sonora de Simplesmente Tita, por ser aquele som que os jovens curtiam numa boa.

Falando um pouco sobre os anos 90, quem viveu naquela época sabe como o cenário musical era diverso. Para muitos, o pagode ou o axé music eram as grandes tendências, mas nem todo mundo se sentia parte dessa onda, havia espaço para todos curtirem o que amavam. A Tita, por exemplo, começa a se encontrar ouvindo rock, e o rock se torna para ela uma forma de resistência que ela ainda nem imagina. A música sempre foi uma forma poderosa de expressão, e, no caso dela, esse gênero ajudará a moldar sua identidade.

Agora, voltando a Even Flow, essa música nunca envelhece. Vinte e um anos já se passaram e, mesmo assim, ainda tem gente ouvindo, curtindo, e aprendendo a tocar violão e guitarra. Os próprios integrantes da banda falam que essa música é a mais difícil de tocar, o que só reforça o quanto ela tem de especial. Lembro de tê-la ouvido pela primeira vez na oitava série, e sempre sinto como se as notas fossem atemporais. 






Even Flow
Fluxo Constante

Pearl Jam

Freezin', rests his head on a pillow made of concrete, again
Congelando, descansa sua cabeça em um travesseiro feito de concreto, de novo
Oh, feelin', maybe he'll feel a little better set a days, ooh yeah
Sentindo, talvez ele se sinta um pouco melhor em alguns dias
Oh, hand out, faces that he sees time again ain't that familiar, oh yeah
Esmola, rostos que ele sempre vê já não são tão familiares
Oh, dark grin, he can't help, when he's happy looks insane, oh yeah
Sorriso sombrio, ele não pode evitar, quando está feliz parece insano, oh yeah

Even flow, thoughts arrive like butterflies
Fluxo constante, pensamentos chegam como borboletas
Oh, he don't know, so he chases them away
Ele não sabe, então ele os expulsa
Someday yet, he'll begin his life again
Algum dia ainda, ele começará sua vida novamente
Life again, life again...
Vida novamente, vida novamente...

Kneelin', looking through the paper though he doesn't know to read, ooh yeah
Ajoelhando, olhando para o jornal mesmo sem saber ler
Oh, prayin', now to something that has never showed him anything
Rezando, agora para alguma coisa que nunca o mostrou nada
Oh, feelin', understands the weather of the winters on its way
Sentindo, entende que o inverno está chegando
Oh, ceilings, few and far between all the legal halls of shame, yeah
Tetos, raros entre todos os legítimos salões da vergonha

Even flow, thoughts arrive like butterflies
Fluxo constante, pensamentos chegam como borboletas
Oh, he don't know, so he chases them away
Ele não sabe, então ele os expulsa
Someday yet, he'll begin his life again
Algum dia ainda, ele começará sua vida novamente
Whispering hands, gently lead him away
Mãos sussurrantes, o conduzem gentilmente para longe...
Him away, him away...
Para longe, para longe...
Yeah!
Yeah!
Woo...ah yeah...fuck it up...
Woo... ah yeah... foda-se tudo...

Even flow, thoughts arrive like butterflies
Fluxo constante, pensamentos chegam como borboletas
Oh, he don't know, so he chases them away
Ele não sabe, então ele os expulsa
Someday yet, he'll begin his life again, yeah
Algum dia ainda, ele começará sua vida novamente
Oh, whispering hands, gently lead him away
Mãos sussurrantes, o conduzem gentilmente para longe...
Him away, him away...
Ele longe, ele longe...
Yeah!
Yeah!
Woo...uh huh...yeah, yeah, fuck'em up again...
Woo... uh huh... yeah, yeah, fodam-se todos de novo...

A música Even Flow fala sobre as dificuldades e a luta pela sobrevivência em um mundo imprevisível. Ela retrata a vida de uma pessoa que vive à margem da sociedade, sem um lugar fixo, sem estabilidade e enfrentando as adversidades do cotidiano. A letra descreve uma jornada cheia de incertezas, com a pessoa sendo levada pelas circunstâncias, tentando encontrar um propósito, mas sendo constantemente desafiada pelas dificuldades da vida.

O tema da música é bastante profundo, abordando a sensação de estar à deriva, sem controle sobre a própria existência, e a luta constante para encontrar um sentido no meio do caos. A ideia do “even flow” (fluxo constante) pode ser vista como a metáfora para a constante mudança e a sensação de que a vida está sempre fluindo, sem garantias, para o bem ou para o mal.

A canção também transmite uma sensação de desamparo e solidão, mas, ao mesmo tempo, carrega uma certa resistência — como se, apesar de tudo, a pessoa continuasse a lutar, mesmo sem saber ao certo para onde está indo. Esse “fluxo” da vida é algo que pode ser interpretado de muitas formas, mas a ideia central é de adaptação e resistência frente a adversidades, algo que muitos jovens, como a Tita, podem sentir ao tentar se encontrar no meio de um mundo cheio de expectativas e desafios.

Daqui a pouco, às 17h, tem mais um capítulo de Simplesmente Tita e, às 18h, as fortes emoções da reta final de Confissões de Laly.

Simplesmente Tita — 2ª Temporada — 5º Capítulo


Destrinchando a letra | Nutshell - Alice in Chains


Boa tarde, amigos e amigas!

O Destrinchando a Letra de hoje traz uma música que é pura emoção. Vamos falar de Nutshell, do Alice in Chains, uma das bandas mais importantes do movimento grunge de Seattle nos anos 90, ao lado de Pearl Jam, Nirvana e Soundgarden.

Talvez fosse óbvio escolher Man in the Box ou Would?, que também têm tudo a ver com o clima de Simplesmente Tita. Mas Nutshell me ganhou. Esse som, cheio de camadas e significados, conversa direto com o coração de quem já se sentiu fora de lugar. Aliás, “nutshell” pode significar “casca de noz”, “concha” — uma metáfora para quem, como a Tita, vai se descobrindo e se protegendo, ainda sem saber a força que carrega.

O Jar of Flies (1994), EP que inclui Nutshell, foi o primeiro a alcançar o topo da Billboard — um feito incrível para um EP. Outras faixas de destaque são No Excuses e, claro, Nutshell, um clássico que fala sobre solidão, luta e autoconhecimento. É provável que o vocalista Layne Staley tenha refletido ali sobre suas próprias batalhas pessoais, principalmente contra o vício, que infelizmente o tirou de nós muito cedo.

A biografia oficial do Alice in Chains que encontrei no Wikipédia está meio resumida, então deixo também o link de um blog de rock que apresenta uma história mais completa para quem quiser mergulhar fundo nesse universo.


BIOGRAFIA COMPLETA ALICE IN CHAINS.

Confesso: estou me apaixonando agora, de verdade, pelo rock que sempre admirei. Descobrindo discos, histórias, nuances... Só falta ganhar na Mega Sena pra sair comprando todos os álbuns e EPs que quero!

Sobre a música:
Se você apenas ouvir superficialmente, pode achar que Nutshell é triste e só. Mas se abrir seu coração para as metáforas, ironias e mensagens implícitas, vai perceber como essa letra fala de sentimentos universais: a busca por identidade, a luta para não se perder no meio do caos, o desejo de encontrar um lugar seguro para ser quem realmente se é.

Inclusive, na trama de Simplesmente Tita, a descoberta do rock é uma forma inconsciente de resistência para a Tita. Um jeito de encontrar sua própria voz em meio a um mundo que quer a moldar de outra forma. (E, claro, quando a Meire descobrir isso, vai jurar que é “coisa do capeta”. Ah, Meire, você realmente se leva a sério demais!)

Ah! E para quem não sabe, o Alice in Chains segue na ativa: desde 2006, William DuVall assumiu os vocais, mantendo viva a história da banda.

Agora, bora ouvir essa canção que é puro sentimento. Primeiro na versão original do EP e depois na versão acústica, que muita gente considera ainda mais tocante.



E a versão acústica a qual dizem que é bem mais conhecida que a versão original, do EP. De qualquer forma, é sempre bom compartilhar música decente. Me crucifiquem se quiserem, mas essa música tem muito mais o que dizer do que muita porcaria que está figurando os tops musicais.


Nutshell
Casca de Noz

Alice in Chains

We chase misprinted lies
Nós perseguimos mentiras mal contadas
We face the path of time
Nós encaramos o caminho do tempo
And yet I fight, and yet I fight
E eu ainda luto, e eu ainda luto
This battle all alone
Esta batalha completamente sozinho
No one to cry to, no place to call home
Ninguém por quem chorar, nenhum lugar para chamar de lar

My gift of self is raped
Meu amor-próprio foi violado
My privacy is raked
Minha privacidade foi invadida
And yet I find, and yet I find
E ainda encontro, e eu ainda encontro
Repeating in my head
Se repetindo em minha mente
If I can't be my own, I'd feel better dead
Se não posso ser eu mesmo, eu me sentiria melhor morto

🎵✨

O Destrinchando a Letra de hoje fica por aqui! Se estiver com saudades, é só clicar no marcador para conferir as edições anteriores.
E não se esqueça: logo mais às 17h tem capítulo inédito de Simplesmente Tita e às 18h fortes emoções na reta final de Confissões de Laly. Continue navegando aqui no WNBM!

25 desejos

Sandy Cheeks.

Depois dos 25 | O primeiro parágrafo pode ser o fim e ninguém sabe

 


Sempre chove no meu aniversário e esse friozinho gostoso acaba me completando mais que uma daquelas noites quentes em que nenhuma posição me conforta.

Meu apetite não é tão voraz quanto eu pensava. As borboletas no estômago me recordam isso.

Antes eu me enganava, assistia o que não gostava, cultivava “pessoas” para manter “lembranças” daquilo que nunca havia existido, mas me esforcei para que uma vez ao menos fosse especial para alguém, não sem antes me odiar um bocado por nunca corresponder às expectativas.

Ilusão de que os problemas eram pequenos e eu mais alegre. Sei que não passou disso. Outra utopia que alimentei, confundindo de novo os sinais, a exemplo daquilo que aconteceu com aquele garoto por quem pensei estar apaixonada.

Foi bom reconhecer que fiz o papel de otária porque com a dor eu teria a vergonha na cara que me faltou por tanto tempo, para discernir que eu merecia muito mais que migalhas.

Fui observadora em vez de protagonista. 
Que se foda a novela! Todas elas! 

Cobrança disfarçada de entretenimento. Arquétipos comportamentais descartáveis. 
Engoli minha opinião para ter sanidade. 
A sala de espera me torturou. 
Passei longe da prateleira onde o destaque era uma série de dicas para ser magra e linda como aquela atriz que está namorando o craque do momento. 
Mas pensei bem se precisava daquilo. 
Cheguei à conclusão de que não.

Fui me reinventando. 
Seletividade. 
Eu precisava de uma palavra-chave que adequasse àquilo que sou agora. 
Até um pouco casmurra, por que mentir? 

Eu não me sinto tão à vontade em festas de aniversário, nem promovendo nenhum tipo de hipocrisia que me obrigue a sorrir para estranhos.

Eu não tenho medo de ser diferente, mas de ser apontada como o problema. 
Porque fui condicionada a me rejeitar por não ser como todas as outras. 
Minha mãe me disse que não se planta um jardim com flores iguais.

O espelho refletia o que aquele programa imbecil de fofocas pregava. 
Puta merda! Que padrão mais chato! 
Quem faz parte dele? 
Uma minoria, sem dúvida. 
Coando, mutilando, oprimindo. 
Um padrão melancólico e abrasivo do que é certo para alguém, não para mim. 
Porque não é correto percorrer objetivos que amanhã ou mais tarde se perderão.

Tem um mundo que esperava o meu olhar. 
Porque se essa tal de verdade suprema é outra balela, descarto as mais insensatas hipóteses e percebo nitidamente que se eu pensar por mim, cabe também decidir de que lado me sentirei bem.

Quero fazer o bem, mas essa coisa de posar de santa não me faz a cabeça. 
Inha não é comigo, acorda! 
Acordei! 

Normal não sou.
É um praxe rotular. 
Sem conhecer, principalmente. 
Aquela coisinha inconsciente, displicente e tão humana. 
Nem sempre justa, nem sempre condizente.

E de louca e pecadora tenho muito, não é pouco. 

O que posso ter para brindar? 

Eu mal sei beber. 
Essa coisa de me conter, falo mesmo, é um saco!

Minha boca “suja” é mais limpa do que muitos corações ditos “puros”.

Tenho poucos amigos. 
Pouquíssimos. 
Confiar plenamente aniquilou minha paciência. 
Tem gente que abusa desse negócio de intimidade. 

Um silêncio delineado com o caderno aberto e uma caneta são o meu tesouro, bem mais que dinheiro enterrado, brindes com champanhe importado.

Vinte e cinco primaveras e nenhuma flor. 
Nem me venha com rosa-vermelha e frase feita, meu bem. 
Não me chama de “mô”, porra. 
Quero um amor que ninguém nunca me deu, um amor para chamar mesmo de meu. 
Até nas mais doidas projeções. 
Uma história confiada, polida aos mínimos detalhes pela personalidade. 

Um poema pela metade ainda vale mais que a dignidade de alguns. 
Sem ponto nem nada. 
O primeiro parágrafo pode ser o fim e ninguém sabe.


By Mary <3

*escrito no dia 16/11/2013.

(Dos tempos do WNBM) Sonho de amor...


Sonhei que você me conduzia ao desejo. Viajando devagar aos meus lábios, os seus me tocaram, me trouxeram a paz que há tempos eu tanto procuro. 
Naveguei calmamente em você e enquanto durou, me entreguei totalmente ao que deixou de ser um capricho. O amor é cegamente poético, você vive os versos de olhos bem fechadinhos, sentindo as pinceladas de ternura e satisfação.
Poucos entendem que sanar o vazio não é colocando qualquer um no seu lugar. Eu queria você, mas não pode ser desse jeito. Só não sei o que faço com os meus sentimentos, com o gosto desse beijo que não sai da minha memória.
Um beijo e sonho, por fim acordei e ao meu lado ninguém que não seja o tédio. Só ele e não você.
Quem ama, padece à dor. Ultrajante certeza, não mais indago, também plenamente não acato, apenas ajusto as velas do meu coração em direção ao vento para poder me localizar e viajar para o mundo onde os sonhos de amor sejam livremente aptos para a realidade.

Simplesmente Tita — 16⁰ Capítulo

 

Editorial WNBM | Sobre não caber no molde que me venderam

O nível da prova do vestibular deste ano está visivelmente mais alto do que nos anos anteriores. Não me saí tão bem quanto gostaria — reconheço que não me preparei como deveria. Estou focada em outras prioridades que, neste momento, parecem tão urgentes quanto meu sonho.

É claro que fico triste. Ver o sonho adiado por mais um ano não é fácil. Mas, mesmo frustrada, sei que não é o fim da linha. Não é uma prova difícil que vai definir quem eu sou, nem invalidar meus talentos ou minha paixão. E é isso que quero dizer a todos os amigos, leitores e visitantes ocasionais que passam por aqui: a vida continua, e o nosso valor como pessoas não cabe dentro de um gabarito.

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Mas não foi para isso que eu vim cedo postar.

Hoje descobri que o que sentia, lendo certas revistas na adolescência, era um sentimento comum entre muitas garotas. Nós perdemos nossa adolescência nos odiando por não sermos perfeitas como as artistas teen, nem como aquelas meninas escolhidas a dedo — ricas, magras, de cabelo liso, com namorado e populares na escola e nas redes sociais.

Eu olhava para a minha vida, cheia de inseguranças e dificuldades, e me odiava por não ter o corpo esguio, por não ter tantos amigos, por ainda ser virgem aos 16 anos. Me odiava profundamente.

Uma das razões de eu ter declarado guerra contra o meu próprio corpo foi essa cultura disfarçada de entretenimento, que, sob o verniz de "dicas de autoestima", banalizava tudo e manipulava milhares de meninas a acreditarem que elas não eram especiais, que elas não eram suficientes.

Hoje, com mais clareza, eu repudio essa lógica.


De quinzena em quinzena, lá está ela, a revista, sempre trazendo na capa um rosto conhecido — seja de um carinha de banda ou de uma artista teen cujo rosto parece um filtro digital. 

A ideia é simples: você deve admirar aquelas figuras, rir das piadas de um bando de garotos bonitos que não trazem nada além de uma estética que segue o fluxo. A revista impõe uma definição de beleza que acaba se tornando a referência para tudo o que você deve ser.

Mas, e quem disse que beleza define caráter? Ou que o ideal de perfeição apresentado ali é o único caminho?

Ao folhear, você se depara com dicas de moda que te forçam a se encaixar em um molde estreito. Não pode usar tal cor, não pode ter tal formato de corpo, precisa seguir certas normas para se encaixar nos padrões. Em meio a essa pressão silenciosa, você aprende que ser aceita tem um preço — é preciso estar dentro de um padrão estético e comportamental que parece ser o único modelo possível de vida. Mas será que isso é realmente o que te define?

Essas imposições de padrões, embora não intencionadas de forma explícita, acabam moldando mais do que apenas a nossa aparência. Elas interferem no desenvolvimento de um pensamento mais crítico e limitam as escolhas, criando uma visão de mundo estreita, onde o valor da pessoa é medido de acordo com sua aderência a esses padrões.

A grande questão é: até que ponto somos responsáveis por nos libertar desses moldes e buscar uma autêntica construção de identidade, sem a pressão de se encaixar em um ideal pré-definido?

Sempre esteve escancarado para quem quisesse enxergar: a tal revista, mesmo alcançando milhares de leitoras, nunca falou para todas. Seu editorial foi, desde sempre, voltado para um mundo idealizado, pasteurizado, onde 95% das meninas — reais, imperfeitas, diversas — nunca tiveram espaço. Sempre venderam um padrão inalcançável de beleza, comportamento e sucesso, travestido de inspiração, mas carregado de exclusão silenciosa.

E agora, diante da polêmica da vez, vemos mais do mesmo: o post compartilhado no Facebook foi grosseiramente tirado de contexto. Uma atitude oportunista, alimentada por interesses pessoais, por quem busca promoção fácil às custas da indignação alheia. Quem leu ao menos uma vez a revista sabe que há uma coluna dedicada ao humor, à sátira, à crítica ácida — e que o colunista, como sempre, mirava na contradição e no exagero, não no ataque gratuito.

O pior é que esse tipo de abordagem dita “feminista”, agressiva e desinformada, apenas reforça os estereótipos que deveríamos combater. Alimenta a imagem da mulher amarga, frustrada, intolerante e odiosa. Torna qualquer crítica legítima refém da caricatura. 

Quando a discussão verdadeira deveria ser outra: não a caça às bruxas, mas sim a cobrança por um editorial que consiga conciliar sua marca registrada — o humor, a leveza — com mais representatividade e inclusão. Era para ter sido uma conversa sobre ampliar vozes, e não sobre cancelar narrativas.

O verdadeiro problema nunca foi apenas a revista. O problema é a falta de leitura crítica. É a incapacidade — ou talvez a má vontade — de diferenciar o que é sátira do que é ataque, o que é inspiração do que é imposição. Sem essa consciência, continuamos a oscilar entre o consumo cego e a destruição burra — e em nenhum dos dois casos avançamos de verdade.

Simplesmente Tita — 14⁰ Capítulo

 

Dos tempos do WNBM | Sei que não sou e nunca mais serei a mesma de antes


Você já notou como começamos o ano de um jeito e terminamos de outro, totalmente transformados? Mudamos nossa playlist, nossos hábitos, trajetos, e até nossos círculos de amizade. Alguém chega, alguém vai embora, outros decepcionam… Cortamos o cabelo, ajustamos nossos padrões de pensamento. E mesmo assim, há coisas que permanecem intocáveis — como a vontade de ser cada vez melhor no que fazemos.

As dificuldades estão sempre por perto, nos testando, desafiando nossa coragem e nos provocando a transformar medo em superação. Elas aparecem em momentos decisivos, como naquele processo seletivo que pode determinar o futuro. O frio na barriga, a sensação de que nunca há tempo suficiente, aquele medo indomável do desconhecido… E lá vem o famoso “branco” na hora da prova — a mente travada, enquanto o coração dispara. Mas, apesar disso, seguimos.

Penso na jornada que já enfrentei: nasci saudável, enfrentei as complicações da matemática, venci os logaritmos, a trigonometria, os sistemas lineares… Superar essas barreiras foi difícil, mas nada é pior que um coração partido. No entanto, cada etapa deixa marcas. E hoje, percebo que não preciso saber de tudo, nem tudo é possível. O que importa é ser melhor do que fui ontem, abraçar as lições, e fazer aquilo que antes achei impossível.

Quantas vezes já me vi parada, negando sentimentos por medo do que os outros diriam. Quantas vezes deixei de ser eu mesma para agradar expectativas irreais, até me perder. O início desse ano foi repleto de mágoas: estava com raiva da minha essência, daquilo que havia feito. Ao reconhecer essa dor, percebi: eu não posso mudar os outros, mas posso ser a mudança. Então fui.

Hoje, um vestibular é somente isso: uma prova. Não permitirei que ela defina meu valor ou diga que meus sonhos não são possíveis. Sei que muitos se inscrevem por status, mas minha luta é movida por amor e vocação. Estou aqui para alcançar as estrelas — e digo isso também aos outros guerreiros que enfrentam batalhas: não desistam. As dificuldades não são o fim; elas fortalecem quem tem coragem.

Sei que jamais serei a mesma de antes. Se essa mudança foi para melhor ou pior, o tempo dirá. No entanto, estou em busca da felicidade, do bem-estar, e das realizações que nunca precisarão arrancar lágrimas de ninguém. E sei que irei longe.

A redação do Enem (BY BETINHO) #4

Betinho fala agora sobre o que ele acha da espionagem do governo americano. Se liga que é uma redação digna de fazer os corretores chorarem...

Esse lance de espionagem é uma coisa muito desagradável. A Dilma estava sendo espionada, então o Obama sabe de coisas que nós nem imaginamos, mas ele vê tudo, tudinho mesmo? Caramba, minha nossa! 
Pô Obama, eu não aprendi a falar inglês direito e o que sei foram os videogames que me ensinaram, mas estou precisando de uma ajudinha sua porque meu vestibular é no domingo que vem e eu preciso muito das respostas pra não ter que fazer cursinho de novo. Manda o gabarito inbox no meu facebook. Não passarei nem pra minha mãe.
Tenha pena de mim Obama. Eu sou um cara trabalhador, dedicado, esforçado. Meu pai jurou que esse é o último ano que eu faço cursinho, cara. Já to há 12 anos tentando, cara. Desde o ano do 11 de setembro, não aguento mais todo mundo rindo de mim e me tachando de burro, folgado, parasita porque isso é uma grande calúnia contra mim. Quero calar a boca daquele cavalo-marinho que é a comadre da minha mãe que fica me chamando de vagabundo e falando que rockstar não é profissão de verdade. Me ajuda, Obama. Eu torci por você na última eleição e voto na Dilma se ela criar o Bolsa Vestiba. Olha que ideia bacana, cara. Pensa comigo: o vestibulando precisa de um incentivo e nada como uma bolsa mensal no valor de um salário mínimo durante o tempo em que a pessoa prestar vestibular. Eu tenho direito a 12 anos corrigidos com os juros daquela época que eram bem altos. Somando tudo, eu poderia pagar um ano de cursinho, caso eu não passe. Preciso pensar no futuro e no futuro das próximas gerações. 
O Enem ta cada vez pior, a gente tem que torcer pros caras postarem o foto da prova no Instagram ou se atrasarem pra gente ter chance de conseguir vaga. Zeraram minha redação algumas vezes. Conversa aí com a Dilma, faz uma chantagem pra ela liberar o gabarito, por favor. Eu voto em você na próxima eleição, levo seu cachorro pra passear, fico uma semana sem ver Bob Esponja, o que for, mas preciso desse gabarito porque um rockstar como eu é incompreendido nesse mundo e dá até medo de fazer um vídeo com a minha música e o Latino copiar.
Obama, tenha pena de mim. Sou um pobre trabalhador, honrado, olha por mim, se coloca no meu lugar e eu voto em você na próxima eleição, aí você pode meus vídeos e minhas conversas privadas antes de todo mundo. Beleza, cara? Assim é que se fala.
E quanto a espionagem, faz uma chantagem, diz que você tem uns vídeos comprometedores, do Feliciano dançando Selena Gomez em frente ao espelho do gabinete dele. Nada como meter medo, né? Precisando de dicas, to sempre online, é só me chamar. Com carinho, Betinho, um cara que precisa dos 1000 pontos e da vaga. Não sou do mal, mas estou torcendo pra que muita gente tenha se atrasado hoje.

#ObamaVenhaProEsquentaDaAprovação
#LiberaOGabarito
#ObamaSóAprendiInglêsPeloVideogame
#DilmaSacana

Simplesmente Tita — 12º Capítulo


Simplesmente Tita — 11º Capítulo


A redação do Enem (BY BETINHO)

Gente, aqui é a Mary, todo mundo sabe que a redação decide a nossa vida, mas o Betinho é nosso rockstar, nosso artista de primeira linha e veio descontrair. 
Com essa redação maravilhosa, nosso folgado merece os 1000 pontos, minha gente. Merece. Ele levou Ruffles e Gatorade para mandar ver, fazer um texto que deixasse os corretores da banca tão emocionados que se sentissem no dever de dar a sonhada nota máxima.

A Lei Seca serve pra pegar os artistas que ficam tirando onda dirigindo bêbados por aí. A Dilma vai pegar muita gente na mentira, né não? Mas a história que eu vou contar sobre a Lei Seca prova que qualquer um que queira parar de beber, pode conseguir, graças ao amor, a força do amor.
Leozinho era um playboy que gostava de sair à noite beber e pegar meninas. Nessa noite ele foi pro barzinho depois da faculdade; era uma sexta-feira à noite e ele foi curtir, aí na volta, em vez de pedir um táxi, preferiu ir de carro e curtindo música alta, quanto mais alta melhor, bateu num carro. A moça saiu esbravejando, chutou a lataria do carro dele e a polícia veio se intrometer. Ele foi pego no teste do bafômetro e ligaram pro pai dele vir buscá-lo. O homem, soltando fogo pelas ventas, foi.
-Leozinho, seu desmiolado. Olha a encrenca em que você colocou o seu pai.
-Só fui curtir. - Leozinho se defendeu dos berros do pai.
-E bateu no meu carro, mas vai ter que pagar cada centavo do seu estrago, seu folgado, playboyzinho de merda. - reclamou a moça que era muito bonita e o que tinha de bonita tinha de braba, daquelas que descem o cacete mesmo.
Como era amigo do delegado, o carinha pagou uma fiança e saiu, mas a moça se punha a chorar. Sem desistir, ela foi até a casa dele e pediu pra que ele consertasse o carango dela
O sábia tinha mudado de cantiga na casa dele, que teve que ir trabalhar, mesmo não gostando nada disso. Ele gostava de coçar o saco o dia inteiro e ir pra aula a noite. Surpresa: ele conseguiu um emprego onde ela trabalhava e eles viviam discutindo, pareciam gato e rato. Ele tinha que trabalhar e pagar em mensalidades pelo estrago no carro dela. Ele não gostava disso, mas era isso ou ser chutado de casa. Com isso, ele se apaixonou por ela e não sabia como conquistá-la, aí sabia que ela não gostava de bebidas porque o pai dela morreu num acidente ocasionado por um bêbado que bateu de frente com o carro do pai dela, então ele decidiu que pararia de beber por causa dela que no começo não acreditou, mas deu tão certo que hoje eles estão casados e têm um lindo filho. Nunca mais ele bebeu e isso prova que quando o cara gosta da moça, faz o que ela pedir e que se você for beber, não dirija, pegue um táxi e se for dirigir, não beba. Essa é a moral da história. O amor tudo pode.

E aí, pessoal? Beto caprichou, não caprichou? Imagina a Aracy da Top Therm recitando isso. É o que vai acontecer se você não ler Simplesmente Tita hoje. 
Antes de ir, Beto me pediu para convidar todos vocês para o Esquenta da Aprovação, em janeiro. Só não vai quem não seguiu os conselhos do Betinho.

Relíquias WNBM | Simplesmente Tita e seus ataques artísticos

Fiquei horas e horas pensando sobre o que compartilhar com vocês. Cheguei à conclusão de que precisava dar mais uma chance aos meus desenhos e, ao mesmo tempo, reafirmar que Simplesmente Tita é uma história que merece ser reconhecida por sua profundidade, muito além da aparência. Já passou a fase de julgar o livro pela capa, certo?

A narrativa de ST é feita em primeira pessoa, no pretérito, e alterna entre o tempo cronológico e psicológico de maneira clara, sem deixar o leitor perdido – coisa que, infelizmente, já vi acontecer em outras obras. E sim, os desenhos que compartilho aqui são da temporada 4, que só será vista em 2014. Parece distante, não? Mas 2013 também parecia! O Enem parecia um conto de ficção e agora, já estamos indo para novembro.

Eu poderia simplesmente falar sobre a novela, mas a verdade é que Simplesmente Tita vai muito além. Em 2013, aprendi muito sobre mim mesma. Aprendi a dar valor à minha própria história e a escolher meu caminho, sem me deixar dominar pelas expectativas dos outros. Não tenho vergonha de dizer que já fui a favor de agradar quem não merecia – até que percebi que, no final das contas, a única pessoa que realmente importa sou eu.

A verdade é que, depois de um longo período de sofrimento, acabei tomando decisões que mudaram minha vida. Saí de lugares que me faziam mal, me distanciei de pessoas que só me puxavam para baixo e decidi seguir meu coração. Não foi fácil, mas foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. E sim, Simplesmente Tita é minha forma de expressar essa jornada.

Em 2013, o WNBM cresceu e se firmou, com muitas visitas e interações, mas mais importante que isso, cresceu a confiança de quem acompanha as minhas histórias. Simplesmente Tita já conquistou seu espaço e, com a audiência crescente, sei que ela será um marco. Não importa o que digam sobre horários ou sobre o que "deveria" ser popular. O que me importa é a essência da história e o que ela representa. Ela já conquistou um lugar na vida de muitas pessoas e sei que, até junho do próximo ano, vamos alcançar a marca de 50.000 visualizações.

Ainda falta muito para contar, mas posso garantir que Simplesmente Tita é mais do que uma história de uma adolescente. Ela é sobre encontrar sua verdadeira essência, é sobre aprender a se valorizar mesmo quando o mundo inteiro tenta fazer você acreditar que não vale nada.

Agora, vou deixar vocês com alguns dos meus desenhos, feitos com carinho e que ainda guardam muito da minha essência. Não estranhem, logo entenderão o que cada um representa. Sempre que eu tiver um ataque artístico, prometo postar mais rabiscos para vocês.


Aprendi que sair da minha área foi um erro, mas experimentei e vivi isso. Soube deixar algumas pessoas irem embora. Descobri que, remexer feridas pode ser doloroso, mas quando elas estão abertas, a cicatrização, embora demore, ocorre. Aprendi também que, se você se abrir e deixar de lado os preconceitos, pode se surpreender com as pessoas incríveis que pode conhecer.

Aprendi que, se eu não me desse o devido valor, acabaria morrendo literalmente de tristeza. Quando parei com A Governanta, em março, muitos devem ter achado que era um chilique meu. Me criticar foi fácil, mas a verdade é que eu já estava há muito tempo deprimida, segurando mágoas e traumas de 2012. Com a morte do Chorão, eu não consegui mais terminar Resistência, e a história de A Governanta já não me fazia feliz. Eu me sentia pressionada a agradar a audiência, a buscar uma perfeição que só me causava mais sofrimento.

Minha saúde começou a refletir isso. Tive febre toda semana, minha garganta fechou e tudo se repetia até maio, quando finalmente a verdade apareceu. E, ao me libertar, escolhi entre ser escrava do machismo ou ser livre e feliz. O recomeço foi a melhor decisão da minha vida.

Sair do Fanfics Brasil, deixar para trás traumas, parar de me sentir invisível, foi a escolha que fiz. O WNBM, então, começou de forma tímida, mas ralando muito para alcançar as metas. No começo de 2013, estávamos com pouco mais de 2000 visitas, e hoje estamos prestes a alcançar as 25.000.

As metas agora são outras: trazer um público novo, mais fiel, ao WNBM, e sim, Simplesmente Tita está brilhando mais que nunca. Muitos vão dizer que o horário não é favorável, mas ST tem superado as expectativas, não só gerando visitas para Confissões de Laly, mas conquistando sua própria audiência. Já fechamos acima da meta de 10 pontos, que é simbólica, porque o que realmente importa para mim é fazer o que amo. Ver a novela se tornando o que sempre sonhei, com uma vibe realista e nostálgica, me faz sentir que estou no caminho certo.

Meu desejo? Chegar a 50.000 visualizações até junho do ano que vem. Eu sei que posso, e vou me esforçar ao máximo para que isso aconteça. Ao contrário de muitos, não me prendo ao que é esperado.

Em 17 de dezembro de 2013, Confissões de Laly chega ao fim, mas tenho planos para o que virá a seguir. Não será mais do mesmo. Tenho em mente algo novo, mais ousado, mais verdadeiro, sem clichês. Algo que vai dar espaço para histórias reais e sem aquela farsa de perfeição imposta por programas como Rebelde ou Malhação. O foco será o real, com todos os defeitos e desafios, como deve ser.

E falando em realismo, A Governanta foi, sim, um conto de fadas, mas mais cru, mais verdadeiro. Nada de amores perfeitos, porque esses não existem. O amor verdadeiro é feito de altos e baixos, de perdões sinceros, de ser quem você é, sem idealizações. E é exatamente isso que Tita vai mostrar.

Agora, vou deixar vocês com uma série de desenhos. Não se assuste, logo entenderão o que cada um deles representa. Quando eu tiver mais "ataques artísticos", prometo que vou compartilhar mais rabiscos com vocês.


Diretora Raimunda Mascarenhas (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)


Tita no seu aniversário de 15 anos (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Gui e Tita em Guaratuba (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Tita na temporada 2, com 11 anos (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Tita na quinta série, temporada 1 (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Tita e Van em Guaratuba (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)
Tita na temporada 1 (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Fico devendo mais ataques artísticos, mas só agora consegui encontrar imagens que nunca ninguém viu, pois no começo de 2011 meu círculo de amizades era outro e no Fanfics Brasil as "traumadas" não davam à mínima para ST. Vi muitas meninas, ainda muito jovens, se perdendo em uma busca incessante por padrões fúteis de beleza e aparência. Elas idolatravam as anoréxicas e drogadas, buscando a barriga seca da fulana, sem valorizar o que realmente importa. Desrespeitavam os pais, reclamavam da escola e da vida. Fiquei pensando: Será que essas garotas conhecem a vida real? Será que entendem o que é valorizar a jornada e as verdadeiras conquistas? Porque, se lessem Simplesmente Tita de verdade, entenderiam o valor do conhecimento, da autossuficiência, do trabalho árduo e da dignidade. A Tita, nossa heroína, pode ser considerada chata por muitos, mas ela é o reflexo de uma busca constante por um propósito, de uma mente que se recusa a aceitar a mediocridade e quer mais da vida.

O que é realmente essencial? Não é a busca insana por likes nas redes sociais, ou pela aparência que se vende como modelo. É saber viver, é lutar por um futuro melhor, é ser grato por estar vivo e por poder aprender todos os dias. O que o Teleton nos ensinou, com histórias de superação e força de pessoas que lutam pela vida, é que o verdadeiro valor está em como tratamos o próximo e em nossa capacidade de persistir, não importa a dificuldade. Agorinha acompanhei a história daquele homem que sofreu um AVC e só conseguia mexer os olhos, que tem o apoio dos profissionais da AACD e está usando uma prótese nos membros inferiores para não haver deformidade. Ele luta pela vida, com todas as limitações, continua amando a vida, com os olhos abertos, nada o impede de continuar sua trajetória.

O caso do Teleton é uma lição sobre o valor da vida, sobre as pessoas que amamos e como nos esquecemos de ser gentis com elas. A vida é curta e imprevisível. Podemos perder alguém que amamos ou partir de repente, sem aviso. Após a morte, não há mais chance de fazer as coisas de outra maneira. Ver alguém lutar pela vida, celebrar cada pequena vitória, é uma lição poderosa para todos nós, que muitas vezes tomamos como garantido o que é essencial.

Aquelas meninas podem achar que a perfeição está na aparência, mas quem vive de verdade sabe que a beleza exterior é efêmera. O verdadeiro valor está na autenticidade, na capacidade de crescer e evoluir. Ao invés de idolatrar falsos padrões, deveríamos celebrar a vida e a luta diária para ser uma pessoa melhor. E é isso que estou fazendo, buscando ser uma versão mais forte e mais consciente de mim mesma, e é isso que espero que a Tita inspire em seus leitores: que, para ser alguém na vida, é preciso valorizar o intelecto, o esforço e a sinceridade.

Por isso, para quem está disposto a ver o mundo de uma forma diferente, com mais consciência e menos superficialidade, o WNBM e Simplesmente Tita estão aqui. Para quem busca algo além das "senas" superficiais e quer realmente aprender a se respeitar, a lutar por um propósito e a ser fiel a si mesmo. Aqui, vocês encontrarão algo que foge do padrão, algo verdadeiro e sem máscaras. E é isso que me motiva a continuar, apesar das dificuldades e das críticas.

Na novela das 9, nos ensinaram que mais vale um cabelo bonito do que se curar do câncer. Eu discordo completamente. A saúde deve sempre vir antes da vaidade. E quem é culpado por essa visão distorcida? Essa sociedade que, infelizmente, valoriza a aparência em vez de focar no que realmente importa. Hoje, na prova do Enem, vi pessoas mais preocupadas com as curtidas nas fotos do que com o seu futuro. Não tenho pena dessas pessoas. Em compensação, fiquei emocionada ao ver uma senhora de 74 anos, cheia de vida, se preparando para o Enem. Ela, com 74 anos, não se sente velha, nem ridícula, nem incapaz, enquanto muitos jovens por aí nem sequer sabem como está o mundo. Ela é um exemplo de persistência, de que a idade não é um obstáculo quando se tem vontade de viver e aprender.

E, por favor, não se enganem: a questão não é se sentir superior ou inferior a alguém. Somos todos iguais, perante Deus. O rico e o pobre, o jovem e o idoso, todos enfrentam a mesma mortalidade. O que importa para Deus é o nosso caráter, o que fazemos pelos outros, como amamos e respeitamos a vida. Não vale a pena fingir ser algo que não somos, nem esperar por ajuda quando a situação aperta e depois sumir. A vida nos ensina a agradecer mais e reclamar menos, a olhar as coisas de uma perspectiva mais humilde e amorosa. Não falo apenas do amor romântico, mas do amor genuíno pelo próximo, pelos animais e por tudo que é digno de respeito. E quem não gosta de animais, pelo menos respeite seu direito à vida. Não podemos permitir que o preconceito e a ignorância prevaleçam.

Vejo muitas jovens idolatrando ideais superficiais, venerando padrões de beleza impostos pela sociedade, desprezando o que realmente tem valor. Isso me entristece. Fico me perguntando se elas conhecem a verdadeira vida. Se ao menos lessem Simplesmente Tita, entenderiam que, ao contrário do que muitas pensam, o verdadeiro valor está em estudar, crescer como pessoa, ser alguém por si mesma, sem se basear em padrões fúteis. A Tita, nossa heroína que dispensa rótulos, ensina que a verdadeira luta é pelo autoconhecimento, pela aceitação e pelo amor próprio. Não há atalhos para o crescimento. A dor faz parte do caminho, mas é a única forma de amadurecer.

E tudo bem, para essas meninas, uma reprise de Rebelde já é o suficiente. Para elas, talvez seja isso que elas mereçam. Mas para quem está disposto a ver o mundo de uma maneira mais profunda, a refletir sobre o que realmente importa, a buscar algo além da superficialidade, o WNBM está aqui. Para mais reflexões, surtos artísticos, webnovelas, poemas e tudo o que for genuíno e sem máscaras. Aqui, o que você encontra é algo diferente, longe do padrão, e sem rabo preso.

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