Sobre Almôndega & Tampinha (Simplesmente Tita)

Hoje, Dia dos Namorados, selecionei uma publicação muito especial para celebrar essa data na qual o clima de romantismo está no ar. Nada como homenagear um casal que nos faz rir, suspirar, chorar e pelo qual torcemos de todo coração para que nada nem ninguém os separe. Tita e Adolfo, ou melhor Almôndega e Tampinha.
Fiquem com um poema que escrevi em novembro de 2013, para o Webnovelas By Mary, hoje OCDM. Um grande abraço e até a próxima! 

 
Foi naquele verão que começou
Num dia de janeiro o som alto a chamou
Lá estava ele, em outra dimensão.

Almôndega dali, tampinha acolá.

Perseguições na areia até o fôlego acabar
Um segundo de trégua é tempo perdido.

Ele pensa nela até quando não quer
Pensa por não querer pensar
Naquela chata cujo deboche está no olhar

Recíprocas provocações, dia após dia
Os adultos riem tanto dessa implicância
Afirmam com nostalgia quão bom é ser criança
 Despreocupada, molhando os pezinhos no mar
Brindado com picolés o invejável vigor.

Eles se detestam a ponto de se gostarem
Porque seria muito triste que não mais se encontrassem
Que as lembranças todas se perdessem.

Ele não desaba, apesar de querer ficar
Ao lado dela, é certo que sim!

Ela diz que não, mas passa a noite em claro
E pensa nele mesmo não querendo
Pensando por não querer pensar.

Um aperto de mãos e um até breve
Convincente para quem está de fora
Uma parte dela se vai ali e nem se sabe.

O mundo pode ser pequeno quando quer
E ele a encontra irrompendo em dor
No lugar errado, no momento certo.

Circunstancialmente iguais, ele sabe que são,
ele sabe que sim, que ela precisa de uma lição
e diz o que estava guardado
Felizmente ela não chegou a ouvir
No mundo da lua, as palavras não a alcançaram
Não naquele dia, mas um dia, sim,
Se deixar de ser teimosa. 

E se odeia por ter de detestá-la.
Porque em seus pensamentos ela grudou
Com a sonoridade de uma música boa

Ela não passa de uma menina
Que tanto quer sonhar e viver esse sonhos todos
Uma realidade sem gritos e bordoadas
Sem ninguém que a impeça de ser quem é.

Ele faria esse dia chegar, para vê-la sorrir,
porque descobriu que ela é o motivo que faz
daquela escola menos chata, da vida menos cansativa.
Ela é o motivo que o faz acordar desde que era verão.

Jovem casal apaixonado (Reprodução/Arquivo Pessoal)

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