Entardeceres 🌇


Quando o sol começa a se pôr no horizonte, os pássaros voam rumo a suas casas e vão cantando, não precisam de grandes coisas para serem felizes, são apenas o que são. Eles me ensinam mais do que jamais sonhei em aprender. Grandes discursos são desnecessários, basta o silêncio aliado a um pouco de sensibilidade para sonhar de olhos abertos.

Olhar para o céu é algo que eu não dispenso nem mesmo na correria da vida cotidiana, nem mesmo quando o sol "some" por alguns dias. Meditar nele me ajuda a recordar a importância de aprender a lidar com a impermanência da vida e encontrar beleza em cada estação, respeitar o ciclo da vida. 

Os desenhos das nuvens não se repetem, nem o sol se põe na mesma hora todo dia, nem a lua... o nascer e o pôr-do-sol são espetáculos os quais temos o privilégio de acompanhar sem desembolsar um centavo, que nos preenche de esperança quando o mundo parece desabar sobre nossas cabeças.

O céu é a inspiração dos poetas e também dos que não são poetas. Olhar para ele é sonhar um pouco, silenciar a mente e simplesmente apreciar, apreciar o momento, a vista, a dádiva de estar no aqui e no agora, de ser quem se é, deixar a imaginação vagar pelo infinito, abrir mão — nem que seja por alguns minutos — de querer ter o controle de tudo.

Teve uma passagem de livro que me deixou furiosa: o "autor" disse em um poema que não entendia como as pessoas perdiam tempo olhando para o céu porque, nas palavras dele, era algo "non-sense". No entanto, diante de um absurdo sem tamanho, o melhor a fazer é olhar para o céu e deixar a indignação se desfazer como uma nuvem, posto que o dia de hoje não se repetirá, nem o de amanhã, nem os que já se foram.

Você e eu partiremos uma vez chegada a nossa hora, mas o céu permanecerá, e outras pessoas observarão com admiração o mesmo céu que tanto já nos ensinou, como um professor dedicado que nunca desiste de dar o seu melhor em tudo o que faz, e embora trate-se de uma sombria certeza, ela pode ser reconfortante. Olhe para cima, olhe para mim. Serei sua estrela-guia em outra dimensão.

Curitiba, 11 de fevereiro de 2023


 

Boletim Extraordinário — OCDM fora do ar


 Queridos amigos e amigas do OCDM,

Devido às reformas implementadas neste blog, vocês foram redirecionados para uma nova página. Alguns ajustes ainda estão sendo realizados para otimizar a experiência de navegação. Dentro de algumas horas, o OCDM retornará com sua programação normal.

Este foi o Boletim Extraordinário, que pode voltar a qualquer momento.

Melhor do que sentir é deixar saudades

 

Encantos do inverno (Reprodução/Arquivo pessoal da Mary)

Pessoas vêm e vão, sonhos também. Nem toda morte significa necessariamente o fim, mas propõe um começo diferente. Novas regras, novos caminhos. Mente confusa, medrosa, talvez assustada.

O costume dá leveza a rotina e a aquarela do amor realça as nuances da esperança, pinta sorrisos e ao fundo, por conhecer o policromático — e por vezes viciante círculo da tristeza, combina os tons da harmonia de quem emergiu no submundo do azul e a miscigenação de ideias e pincéis, suavidade, comodidade, destreza. 

Melhor que sentir é deixar saudades.


Curitiba, 13 de novembro de 2011

Escritora, por uma escritora

Escritor deveria ser ressarcido pelos danos emocionais, receber o retroativo pelas férias não tiradas, um seguro de vida cuja cláusula inclui as fortes emoções, a resistência a críticas, tornando-me apta para ser ajudada pelo Bolsa Gastrite.

O que diz um beijo no olho?


"Os cílios dedilhados aceitam a aproximação dos lábios inspirados. Os olhinhos estão fechados, mas as sinestesias estão mais intensas do que nunca. A revolução se dá na direção certa: atingir o coração de quem se ama." 
— Mary  🪻

Escrever para alguém sem ver a quem



Cada qual com seu galardão, que prevaleça a verdade, que o bem seja o nosso norte, que a vida siga, e siga com entusiasmo. Já não dói mais como antes, foi só uma revisita que já acabou, felizmente. 

Tudo pela ideia de alguém gostar de mim


 

Estou a léguas distantes de ser a maior simpatizante ao Dia dos Namorados. De fato, nunca foi minha data favorita no calendário, pelas mais diversas razões, que não vêm ao caso, embora se relacionem à hipocrisia e ao péssimo estigma da condição de “solteira” como sendo alguém que supostamente falhou no cumprimento das expectativas da sociedade e ainda não se realizou.

Sobre Almôndega & Tampinha (Simplesmente Tita)

Hoje, Dia dos Namorados, selecionei uma publicação muito especial para celebrar essa data na qual o clima de romantismo está no ar. Nada como homenagear um casal que nos faz rir, suspirar, chorar e pelo qual torcemos de todo coração para que nada nem ninguém os separe. Tita e Adolfo, ou melhor Almôndega e Tampinha.
Fiquem com um poema que escrevi em novembro de 2013, para o Webnovelas By Mary, hoje OCDM. Um grande abraço e até a próxima! 

Crônica dos excluídos

 


Crônica dos excluídos

Mary Recomenda | A Pindonga Azarada

Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda , em clima de São João. Não vou...