Carta aberta à Mary de 2009

 Hoje, 14 de outubro de 2024, é um dia como qualquer outro, no entanto, há 15 anos, uma jovem sonhadora decidiu dar vazão às próprias ideias e enfrentar o medo do público. Críticas construtivas são importantes para lapidar um talento, não tenho dúvidas quanto a isso, mas quando as palavras amargas excedem o propósito e visam apenas desestruturar uma pessoa, como reagir?

Minha intenção não é doutrinar ninguém, nem salvar o mundo, não sou tão pretensiosa assim. Fui deixando de escrever por medo, porém não sou eterna e não tenho quaisquer certezas de acordar amanhã, nunca se sabe. Tempo é precioso, foi e não retorna. 

Posso até não ser perfeita, mas estou disposta a me dedicar para alcançar o nível de excelência pretendido. Foi a menina de 2009 que me ensinou essa lição do "vai com medo mesmo". O momento perfeito não existe e em alguns contextos, o feito é melhor do que o perfeito, porque o feito é humano.

Abaixo, a carta redigida para meu eu de 2009. 🥹✍️

Feliz Dia das Crianças

 

Feliz Dia das Crianças àqueles que mantêm a sua criança interior viva (Imagem criada no Canva)

Chaves e Chapolin estão de volta

 

Quem mais estava nessa expectativa? (Reprodução/Threads/Beco Mangás & Livros)


Após quatro longos anos de espera, Chaves e Chapolin voltaram a passar na televisão. Tecnicamente, na cidade onde moro, o SBT tem uma afiliada, que tem programação própria até às 14h, no entanto, não perdi o Chapolin por acompanhar o retorno mais aguardado do ano no Mais SBT. A seleção dos episódios foi perfeita ao trazer o clássico da Bruxa Baratuxa e o Abominável Homem das Neves e, para fechar com chave de ouro, a saga de Acapulco.
Creio que a audiência em São Paulo só não foi maior ainda devido ao apagão, no entanto, essa recepção calorosa demonstra claramente a falta que as séries fizeram ao saírem do ar lá em 2020, ressaltar o carinho dos brasileiros pelo legado do Chespirito e o impacto que o trabalho dele tem na vida de milhares de pessoas. 
Além disso, o SBT sempre priorizou muito o público infantil, oferecendo uma qualidade que está na memória afetiva de quem teve o privilégio de acompanhá-la, não importa a época. Sabe-se que o mundo mudou, mas aquela criança que mora dentro da gente nunca morre de verdade. Se ser saudosista é ter orgulho da época em que cresci, preservar as boas lembranças e gostar de me conectar com o que me traz alegria e paz, sou, sim, saudosista, nostálgica, com muita honra.
Quem não gosta de Chaves nem merece minha atenção, aqui não é lugar de lacração, mas de diversão.

Oh, Mary de 20 anos, o que a vida fez contigo?


Há 15 anos obtive uma conquista de proporções inimagináveis para uma jovem de origem modesta, passei em uma universidade federal e orgulhei minha família, no entanto, por ser Letras e não Jornalismo, subestimei o mérito e me autossabotei, erro que levei 14 anos para reparar. Quando desisti da federal, não tinha garantia nenhuma de estudar o tal curso dos sonhos, a conta veio. Paguei caríssimo.

Prestei alguns vestibulares para Jornalismo, mas nunca passei. Em 2017, decidi estudar Jornalismo a distância, sendo integrante da primeira turma daquela modalidade na instituição X por conta do preço, embora meu sonho sempre tenha sido o presencial, poder praticar, me sentir jornalista de verdade. No começo, nossa, eu estava nas nuvens, certa de que em 4 anos eu teria o sonhado diploma e poderia, enfim, me dedicar à escrita quando tudo estivesse terminado. Mal sabia que o sonho acalentado por mais de duas décadas se transformaria em pesadelo. 

A ausência de respostas já é uma resposta

 


Em algum momento da vida você já fez uma entrevista de emprego e o recrutador lhe garantiu entrar em contato "em breve" para dizer se você conquistou ou não a vaga, mas días se passam e o telefone não toca, não chega mensagem nenhuma e você presume, com certo pesar, não ter sido escolhida. 

O que aprendi

 


Não sou pedra no caminho de ninguém


Começar e nunca terminar… será só descompromisso? Irresponsabilidade? Falta de força de vontade?

Somos as fases que vivemos. Sinto certo desejo de correr alguns riscos. Soltar aquele grito preso na garganta por tanto tempo que devo ter perdido a conta e a noção dele. Nem me lembro quando foi a última vez que rasguei a mortalha e pus-me a obedecer meus próprios instintos, naquela época eu ainda sabia me defender. Bons tempos, mas o orgulho impedia-me de admitir, apreciava-me perseguir trevos-de-quatro-folhas e delegar aos astros a responsabilidade de fazer-me feliz.

1000 cartas de amor | Para quando o aperto no peito não cabe mais dentro da gente

  Sabe, tem sentimentos que são tão grandes que a gente sente medo até de olhar nos olhos de quem provocou tudo isso. Não é vergonha. Não é ...