Você não volta mais

Se a ficha cair, o chão vai ruir.
A verdade já apareceu, mas prefiro rejeitá-la.
Seguir em frente quando não há um caminho.
Você não volta mais.
Nada a ser feito para mudar, nada ao alcance.

Por que é melhor "pensar antes de falar"? (31/08/2016)



Há uma enorme responsabilidade pela palavra dita, ainda que ela contemple um efêmero instante e não represente os verdadeiros anseios de quem se pronuncia no calor de uma emoção intensa e incontrolável. A raiva é aquele impulso cuja repercussão pode ser irreversível. Uma vez perdida a inocência, nem mesmo a mais eloquente das retratações reconstrói a confiança esmigalhada.
Cabe-me dedicar um cuidado ímpar com a colocação de todos os elementos da oração. O mau uso da palavra é recorrente, a aplicação da verdade é passível de infinitas interpretações. Entre o certo e o duvidoso, milhares de alternativas.
Não encontro segurança em meio a este revoar de ódio. Ele não é a solução que me interessa. Poderia discorrer sobre a maturidade de não permitir que pequenas diferenças consigam destruir grandes sonhos. Se o fato de “estar” em um lado te faz abominar o outro, algo não está certo.
Segregar torna qualquer negociação impossível. A observação é uma atitude acertada para aprender e aplicar o verdadeiro significado do verbo escutar, de modo que a ponderação não se revele demagoga. O silêncio exercita o respeito, através dele se alcança o entendimento.

    Curitiba, 31 de agosto de 2016.

Lembranças daquele natal

 



Curitiba, 25 de agosto de 2016.

Um dos momentos mais bonitos da minha vida ocorreu numa véspera de Natal na qual tive a oportunidade de te ver. Três anos atrás. Verão tropical, quente e genuinamente venturoso pela simplicidade de reconhecer que a felicidade é doce e não faz alarde quando chega.

Os sinos dobravam na catedral, as famílias confraternizavam em seus lares, os fogos de artifício coloriam as horas em que todos retornam à infância. A lua brilhava soberana no céu repleto de promessas, esperanças, sonhos, milagres.

Meu presente era aquele instante. Eu ser eu, você ser você. Magia aquecida por um sorriso que transcendia mais do que o mero mover dos lábios, desembrulhava a timidez.

Eu era sua. O que havia de mais precioso foi oferecido em minhas preces e ainda reside em mim, ajudando-me a levantar depois que me perdi e pensei que alguém seria capaz de te substituir.

Ninguém poderá ocupar o lugar que sempre foi seu. No ano passado eu bem que tentei e me machuquei porque quando estava com ele vivendo uma farsa, era em você que eu pensava, o seu calor que eu procurava. Nos olhos dele identifiquei a mentira e a maldade, nos seus eu me esbaldava de tanta ternura, vislumbrava a profundidade desse sentimento, me sentir literalmente falando, em casa.

Nunca voltei a gostar de você por uma explicação simples e lógica: eu nunca deixei de sentir, apenas me afastei e aceitei migalhas por acreditar que você era perfeito demais para mim, no entanto como posso brigar com o meu coração se foi ele que te escolheu?

Ele brincou com os meus sentimentos e foi embora, não sem me destruir, me humilhar e fazer com que eu quase desistisse dos meus sonhos. Você sempre me mostrou que vale a pena acreditar e lutar enquanto houver forças, então é por isso que mesmo sem poder te ver todos os dias e me sentir como se uma parte de mim não mais me pertencesse, sigo firme nos meus propósitos porque sei que é isso que você iria gostar que eu fizesse.

E eu faço por mim, por nós.

Estive rememorando aquele natal, quão verdadeira foi a minha gratidão. Cada centímetro do meu ser estava presente de corpo e alma na ocasião. Nunca antes as lágrimas exaltavam a emoção de consagrar aquele sentimento que me aproximou de Deus. Falei com o criador sentindo uma alegria tão profunda e verdadeira que jamais se repetiu.

Se eu pudesse reviveria aquele instante, deixando para trás todos os vestígios de egoísmo e insegurança, concentrada naquilo que se faz com o tempo que existe enquanto a referida definição lhe cabe adequadamente.

Se eu tivesse de volta o tempo que passou, faria sentido viver outra vez se houvesse a ínfima chance de meu destino cruzar-se com o seu, sorrir sem pressa, com pureza, com a alma preenchida pela doce certeza de que se a mesma vida que te tirou de mim pode te trazer de volta. De todos os presentes que a vida já me ofereceu, amar você reacendeu tudo de melhor que havia em mim, ensinando-me a desfrutar da magia do natal todos os outros dias do ano.

 


Em outra direção

O medo de voar prendeu-me a este lugar.
Eu não pertenço mais a este mundo cão.
Minha paciência para baboseiras sem propósito
Há tanto se foi que nem fiz questão de procurar.

Tudo perdeu o sentido porque estou em outra direção.
Algemas invisíveis sufocam minha criatividade.
Julgada por rostos embaçados na multidão.
Atitudes calculadas, princesa de mentirinha.

Meus sonhos são grandes, não cabem num sapato.
Aqui já não é mais o meu lugar, preciso voar.
Não tenho asas nem passaporte, só o céu é meu limite.
Nada mais tenho a perder, senão o temor.

Não uso coroa no alto da cabeça,
Tampouco faço questão de levantar bandeiras.
Quero ter o direito de mudar de ideia.
Regras retrógradas não vão delimitar a inspiração.

O tempo que perdi nunca me pertenceu.
O presente caminha comigo até amanhã.
Se eu me perder do que restou, sobra a solidão.
Se eu abrir mão dos meus sonhos, nem a dignidade.

Não há um canto concreto a chamar de meu.
O mundo é perigoso, a tentação do ingênuo.
Sou céu, mar e ilusão com um punhado de loucura,
Mas ninguém vai se passar por mim.

Enterro mágoas e decepções neste acostamento.
Não me despeço daqueles que me estimam,
Estou à procura de mim neste mundo cão.
Aonde quer que possa estar o que sobrou da fé.

Descanse em paz, Matt 🕊️🐹


Na tarde de ontem, meu querido hamster Matt partiu. Foi muito “de repente”. O tipo de perda que te desconcerta pela rapidez com que ocorre. E a partida de um grande amigo sempre desola um coração.
O pobrezinho se machucou na saída do túnel de plástico que o conduzia até a uma rodinha onde costumava brincar. Os ferimentos foram profundos. Os primeiros socorros, apesar da boa vontade de todos, foram insuficientes para reverterem o quadro clínico lastimável do trágico acidente. Matt perdeu muito sangue, sofreu muito antes de o seu coraçãozinho parar de bater.
Sabia que um dia ele me deixaria, provavelmente quando estivesse velhinho, num sono profundo e calmo, jamais daquela maneira dolorosa que deixou todos nós perplexos com a fragilidade da vida, sobretudo quando se tenta salvá-la e infelizmente todos os esforços se mostram infrutíferos.
Matt agora descansa em paz. Cumpriu sua missão de trazer amor e dividi-lo conosco, partindo para uma nova jornada, pois o corpinho físico que lhe foi emprestado não existe mais, no entanto, sua pura alma é imortal.
A saudade fica no coração. Matt sempre terá um espaço nele, mas tenho certeza de que ele não gostaria de me ver triste. Se eu sofrer demais vai ser ruim para a evolução espiritual dele, logo, espero que meu bebê esteja agora num bom lugar e saiba que enquanto viveu me fez muito feliz.


Ei, você está confortável agora, meu bebê?
Aquela feridinha na sua barriguinha já parou de doer?
Aí tem semente de girassol à vontade?
Encontrou algum coleguinha para brincar?
Estamos sentindo a sua falta por aqui.
Fizemos tudo o que podíamos para salvá-lo, mas a dor foi mais forte do que quaisquer tentativas.
Obrigada por ter nos proporcionado a oportunidade de guardar todas as boas recordações no peito. Vai ser tão estranho olhar o lugar onde sua gaiola costumava ficar e saber que você não vai voltar.
Quem não sabe amar um animal nunca vai entender o porquê de dizermos que somos mães e pais de animais, vão julgar hamsters apenas como “aqueles que ficam correndo na rodinha à noite”. Mas é mais do que isso, é um ser vivo que passa a pertencer à família, uma vida que demanda cuidados especiais e também retribui com amor, expressando-o de maneira diferente do cachorro e do gato, nem por isso menos relevante.
Essa primeira noite vai ser(foi) muito difícil.
Você nem preparou nossos corações para a sua partida.
Foi literalmente “de repente”.
Ontem à noite você estava melhor do que nunca e hoje partiu nossos corações, mostrando-nos quão frágil é a vida.
Você se foi tão cedo, meu bebê. Um ano e oito meses, você era o meu pequeno xodó. Vou guardar a memória dos seus brilhantes olhos, daquela quente tarde de dezembro em que você conquistou o meu coração para todo o sempre.
Descanse em paz, amigão!

Bloqueio criativo

 


O prejuízo da desistência mostra-se incalculável.

Brincou de versejar, ficou repetitiva, cansativa.

Cabe revisar os fatos, incluir humildade no portfólio.


Poesia não tem que ser munição de amargura.

Poesia é vida.

Escrever por amor convoca e comove corações.


Existe amor ou apenas vaidade?

O pedestal é o lugar das ilusões perdidas.

Pensa bem: a realidade só dói para quem não a aceita.

Tem cor de sobra no mundo, o silêncio também é lírico.

Deus sempre sabe o que faz.


Sabe o que Ele quer? Que você aprenda a ser humilde.

Tenha foco. Aceite que nem tudo vai ser do seu jeito.

A escrita é um dom formidável, só que precisa ser lapidado.


Antes de odiar as pessoas, pense que os livros que você tanto ama foram escritos por humanos.

Embora as chances de se machucar sejam grandes, as de ser feliz também são.

Até acontecer, ninguém sabe.

Compartilhe um pouquinho mais de amor e não se prenda aos números.

Se for contabilizar, que sejam os corações tocados.

Ela & Ele


Os dedos seguram a xícara branca de porcelana, a essa altura da narrativa o café deve estar frio, inconcebível de beber, mas ela está sentada numa banqueta de couro olhando para a vidraçaria, sabendo que não poderá permanecer ali até decidir o que fazer, embora não fazer nada também já se mostre uma escolha, uma reação adversa ao torpor.

Fim de tarde. Chove forte lá fora. É possível ver as pessoas se protegendo da chuva de verão da maneira que podem, cobrindo a cabeça com o casaco, armando o guarda-chuva, correndo e se molhando, outros se refugiando debaixo de toldos, espremidos no formigueiro humano que é a cidade no horário de rush. Buzinas impacientes apertadas por motoristas que perderam a calma e querem apressados fugir da atmosfera estressante com hora marcada para começar, por tantos anos quanto possível.

Ela já pagou pelo café. A mousse de chocolate estava no ponto, mas amargo no paladar. Olha para a tela do smartphone, não há nenhuma notificação recente. Relê aquela mensagem que colocou fim ao silêncio, que respondeu sem revisar as palavras, escrevendo tudo de que se lembrou, sem rebater com mágoas ou porquês, foi pela primeira vez ela mesma, e embora a tenham aconselhado a jamais dizer que se ama, não se importou em ser julgada, ponderou razão e emoção, o acordo foi unânime, cumprido sem ressalvas.

Ela lê à procura de uma entrelinha que sirva de cipó emocional. Não num mau sentido. Ver a esperança escorrer das mãos com o tempo é mais cruel do que aquela ventania que anunciou a tempestade, que agora dá espaço para uma chuva mais calma que colocou a temperatura em patamares mais aceitáveis. Poderia falar do tempo com algum garçom, puxar conversa com algum estranho, escrever uma carta aberta e enviar “por engano”.

Sair de casa deveria servir para não levar a dor na bolsa, pelo menos em tese, aquietar os impulsos de escrever uns versos bobos, abraçar o fim sem se debruçar nele. Ninguém pode puni-la por não querer acreditar em outro amor. Tendo fim ou não, uma marca ficou, uma pequena cicatriz que serve como o hieróglifo de uma época em que ainda era menina por dentro. Ainda é. Mas só quando ninguém pode ver. Porque seu melhor amigo é também sinônimo de problema. O dom.

Ela deixa a xícara na mesa e ajeita a bolsa que estava no colo, levantando-se como se fosse incapaz de sustentar o peso do corpo, não tão frágil e desnorteada para estar catatônica, todavia muito longe de ostentar um contagiante vigor, guiando mecanicamente cada passo, cuidando-se sem se cuidar de verdade, apenas sobrevivendo.

Como gostaria de voltar para casa e não precisar fazer força para sufocar as lágrimas, não abraçar o travesseiro e afundar o rosto nele até abafar os protestos. Prometeu a ele com um sorriso que a vida prosseguia, se o destino não os reuniu para aquele amor predestinado a juntar dois em um. Ter aquele amor faria a diferença, porém dessa vez foi um adeus, e ainda pode ser cedo para dizer se de fato suas suspeitas se confirmaram ou se o tempo ainda precisa fazer alguns ajustes nos escritos vitais.

De qualquer forma, heroico seria não chorar, declarando que a indiferença é a mestre de cerimônias e cumpre bem o papel de interceptar a coragem e trocar pelo orgulho que foi o culpado por tudo que se passou, porque ambos em dimensões diferentes foram afetados pelas palavras.

Ela veste um pijama, se deita na cama e faz de conta que teve um dia ótimo. Quando a porta do quarto se fecha e os fones de ouvido servem de refúgio à insanidade do mundo, ela pode enfim lidar com a sua própria, tendo todo o tempo do mundo para gastar do modo que melhor puder, e, em contrapartida, ser uma perspectiva desoladora pensar num futuro onde as coisas a princípio não fazem sentido, sobretudo porque quem deveria estar nele faz parte do que não é presente e nem passado, apenas um intervalo entre uma estação e outra.

Escrever para ele é um desafio maior do que qualquer redação, valendo mil pontos. Tocar aquele coração requer mais do que a aplicação crua da norma culta, mas uma especialização em empatia, porque embora se tenha a intenção clara do que almeja dizer, nem sempre a expressão é compreendida na mesma proporção, tudo porque eles são diferentes, ainda que experimentem sentimentos que os igualam, podem interpretar uma palavra de mil jeitos.

Ela tem curiosidade de saber se ele está tranquilo, se dormiu sem se atormentar com dúvidas e problemas, se por um pedacinho de tempo pensou nela, se vai procurá-la algum dia em sigilo, se o coração ainda acelera e escolher o certo lhe trouxe a paz que tanto a desejou. Ele parecia tão consciente da realidade, de si, da verdade, tão diferente dela que, mesmo transparecendo tudo isso, está em pedaços por dentro, mas amanhã precisa se apresentar em público com um sorriso que é falso.

Apesar do destino ser um rio que corre sem falhas, eles não são donos do amanhã, apenas estão aprisionados por uma sociedade que mais uma vez separou dois grandes amigos por conta de conveniências estúpidas, se no fim das contas nunca vai conseguir apagar a chama que vai reacender aquela marca sempre e sempre, porque quem uma vez amou, nunca vai poder desamar…


Curitiba, 7 de março de 2016.


Um passo de cada vez

 O que foi bom ou não segue no passado. O verbo esclarece. Uma parede ergueu-se para que o retorno não me seduza com promessas falaciosas. Tenho o que preciso. 

O dom de recordar e descrever, de sentir sem me perder.

Minha entrevista para o "Papos entre Escritores"

Jana agradece o carinho de vocês. 

Boa tarde, amigos e amigas! Hoje faço um convite especial para que vocês leiam a entrevista que concedi recentemente para o “Papos entre Escritores”, um livro no Wattpad em que cada semana um autor é entrevistado. Fui a bola da vez nessa semana e, claro, respondi a várias perguntas sobre A Filha do Meio, o meu projeto atual. Não reparem na minha foto, OK?
Gostaria de contar com a colaboração dos meus leitores e amigos, que já me ajudaram a alcançar 2,2K com AFDM, conquistados com muitas lágrimas, dedicação, luta e persistência, nunca implorei nada.
Minha primeiríssima leitora de AFDM é a Lorena e ela sabe o quanto sou grata pelo carinho e apoio dela, a amizade, os conselhos, as trocas de ideias e experiências. O Gabriel e a Thays dispensam comentários porque são meus queridinhos, temos a Luana, a Carol Garcia, a Mariana Borba, no entanto, a Anne foi uma leitora especial que surgiu num momento bem difícil e conquistou meu carinho também. Saibam que cada visita conta muito e que se AFDM chegou onde chegou foi por vocês.

Repercussão da entrevista 


Confiram a minha entrevista. Se tiverem conta no Wattpad, deixem uma estrelinha, um comentário, divulguem por aí, especialmente para quem curte a Jana, pois pode ser que haja muita gente que tenha vontade de ler, mas não conheça A Filha do Meio.
Obrigada pela atenção desde já!


Primavera sem flores, coração sem amor, eu sem você

 


Pela primeira vez na vida, não houve flores na primavera. Foi um fenômeno estranho. O inverno se estendeu por tanto tempo que já é verão e nem parece.

Meu coração está perdido, ninguém sequer sabe onde você está, então não gosto quando me pedem para seguir a vida, eu não sou capaz.

Como pode ser olhar nos olhos de alguém e não passar pela cabeça que pode ser a última vez?

Será que, se eu soubesse, doeria menos?

Quando se ama verdadeiramente, gera-se mais dor tentando evitá-la.

E eu nunca lidei bem com a remota possibilidade de te perder. Parecia que você sempre ia voltar e as primaveras teriam flores, o encanto de uma vida disciplinada.

Nenhum lugar no mundo pode estar mais vazio do que o meu peito.

Como esperar o que pode nunca acontecer?

Como não deixar o tempo apagar o seu desenho da minha memória?

Deixar o resto e manter caladinha aquela silenciosa emoção de um dia muitas coisas terem feito parte da minha realidade?

Talvez seja uma estratégia mais acertada, apenas suponho.

Procurar você em outros rostos não tem nada a ver com “te superar”. Não é ficando com outro que vão ocupar o seu lugar.

Ficar totalmente sozinha, apesar de necessário, não é a maneira que desejo viver.

Preciso, porém, desses meses em que as noites são mais longas que os suspiros para utilizar com sabedoria o meu silêncio. Todas as noites, sinto essa dor me estrangular. 

Quero me encontrar, a paz que não tenho mais. Quero te encontrar, mesmo sem poder.

Não desejo que a tristeza me transforme num monstro indiferente.

Não vou encobrir minha dor fingindo que você nunca existiu porque essa solução não tem nada a ver com amadurecimento, é apenas uma mentira que eu contaria a mim mesma para continuar escondendo as lágrimas.

Se as lágrimas fossem capazes de me fazer voltar no tempo…

Bem, juro que tentaria aproveitar melhor a sua presença, me preocupando menos com frivolidades, teria me divertido mais, sorrido mais. 

Eu era feliz e não sabia. 

Reconhecer que fui ingrata quando a vida me dava tudo também não serve de consolo, só me deixa mais infeliz.

Quando arrancam as flores do meu jardim, resta-me desenhá-las com capricho no meu caderno.


Curitiba, 2 de fevereiro de 2016.

Eu acredito em mim mesma

 


Ninguém pode me acusar de não acreditar em mim mesma porque, se não acredito, não sei o que fiz a minha vida inteira.

Como qualquer pessoa de carne e osso, tenho fraquezas e dúvidas. Se não tivesse suspeitas, não sei se poderia me considerar humana.

Quanto às fraquezas, às vezes o mundo vem e tenta cortar as minhas esperanças pela raiz, no entanto, quem a vocês escreve é alguém que, apesar de todos os ventos contrários e cicatrizes, ainda acredita.

Afinal, se eu não acreditar em mim, quem vai?


Curitiba, 2 de janeiro de 2016.

Mary Recomenda | A Pindonga Azarada

Quem gosta de festa junina tem grandes chances de amar a edição extraordinária do Mary Recomenda , em clima de São João. Não vou...