2 de maio | Dia Nacional do Humor

Especial - 2 de Maio: Dia Nacional do Humor

Feliz Dia Nacional do Humor!

O 2 de maio é o dia dedicado a uma das formas mais poderosas de conectar as pessoas e transformar o dia a dia: o humor. A data foi criada para celebrar o impacto que o riso tem nas nossas vidas e na nossa saúde mental, além de fazer uma homenagem a todos os artistas que, com sua habilidade de fazer o outro rir, ajudaram a espalhar a leveza pelo mundo.

A Origem do Dia Nacional do Humor

O Dia Nacional do Humor foi estabelecido no Brasil como uma forma de destacar o papel que o humor desempenha na sociedade. O riso não é só uma forma de diversão; ele tem o poder de aliviar tensões, conectar pessoas e até mesmo promover a reflexão. Afinal, o humor é uma linguagem universal que fala diretamente ao coração das pessoas, independentemente de sua origem ou cultura.

Humoristas Que Fizeram História

Alguns humoristas marcaram época e continuam sendo lembrados por sua genialidade e estilo único:

Chico Anysio: Um ícone da comédia brasileira, o ator e humorista criou uma galeria de personagens inesquecíveis, com seus bordões e sátiras que até hoje fazem parte do imaginário popular.

Mussum: Um dos membros do Os Trapalhões, Mussum conquistou o Brasil com seu humor irreverente e seus famosos "cacildis", criando um legado que até hoje gera risos em gerações mais jovens.

Didi Mocó: Outro grande nome de Os Trapalhões, Didi era o comediante que fazia a turma rir com sua atuação de "bom mocinho atrapalhado", sempre pronto para cair em confusões engraçadas.

Millôr Fernandes: Além de humorista, Millôr foi escritor, cartunista e dramaturgo. Suas tiradas afiadíssimas e suas críticas sociais profundas fizeram dele uma figura indispensável no humor inteligente brasileiro.


Esses são apenas alguns dos nomes que ajudaram a transformar o humor brasileiro no que ele é hoje: uma mistura de leveza, irreverência e, claro, crítica social!

A Importância do Riso para a Saúde

Não é só diversão: o humor tem um impacto positivo comprovado na saúde mental e física. Rir reduz o estresse, libera endorfinas (os hormônios da felicidade) e até melhora a imunidade. Estudos mostram que, quando rimos, o corpo libera tensões e promove uma sensação de bem-estar, o que ajuda a combater a ansiedade e a depressão.

Além disso, o riso fortalece os laços sociais, melhorando a comunicação e criando uma atmosfera mais leve e amigável ao nosso redor. Quem nunca se sentiu mais aliviado depois de uma boa risada?

E, claro, no Programa do Rubão da Malacubaca, sabemos bem disso: riso é saúde! E não há como deixar de rir com Rubão, que com seu humor irreverente, sempre traz aquela dose de diversão para aliviar o dia a dia.

Celebre o Humor!

Então, neste 2 de maio, aproveite para dar boas risadas, seja assistindo ao Programa do Rubão, seja revendo aquelas piadas clássicas dos grandes humoristas da história. Lembre-se: a vida é mais leve quando conseguimos olhar para as dificuldades com um sorriso no rosto.

Porque rir nunca é demais, e quem não gosta de um bom humor, não é mesmo?

2 de Maio | Dia Internacional Contra o Trabalho Infantil


Hoje, 2 de maio, é o Dia Internacional Contra o Trabalho Infantil, uma data de reflexão e ação sobre um dos problemas mais sérios e silenciosos que afetam milhões de crianças ao redor do mundo. O trabalho infantil é uma violação dos direitos humanos e, infelizmente, uma realidade ainda presente em diversos países, incluindo o Brasil.

O Que é o Trabalho Infantil?

O trabalho infantil é qualquer tipo de trabalho que prejudique a saúde, a educação ou o desenvolvimento físico, mental, social ou moral das crianças. Esse tipo de exploração pode ocorrer em diversas áreas, como na agricultura, no comércio ambulante, nas fábricas e até em trabalhos domésticos. Muitas vezes, as crianças são forçadas a trabalhar para ajudar suas famílias ou devido à falta de acesso à educação e a condições de vida dignas.

A Situação no Brasil

O Brasil foi um dos países que assinou convenções internacionais, como a Convenção 138 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que proíbe o trabalho infantil em atividades prejudiciais à saúde e ao desenvolvimento das crianças. Apesar dos avanços nas últimas décadas, cerca de 2,5 milhões de crianças e adolescentes ainda estão envolvidos no trabalho infantil no Brasil, segundo dados da OIT e do IBGE. A maioria delas está nas áreas rurais, onde a educação e o apoio social são limitados.

O Impacto do Trabalho Infantil na Vida das Crianças

O trabalho infantil tem consequências graves e duradouras na vida das crianças. Ao invés de estarem em sala de aula, aprendendo e se desenvolvendo, elas são privadas de seu direito à educação e ao lazer, essenciais para o crescimento saudável. Além disso, muitas dessas crianças enfrentam condições de trabalho extremas, com longas jornadas e salários baixos, o que afeta diretamente sua saúde física e mental.

O mais triste é que, ao trabalhar em condições inadequadas, as crianças perdem a chance de ter um futuro melhor, perpetuando o ciclo de pobreza e vulnerabilidade social. E o que era para ser uma fase de aprendizado e desenvolvimento se torna uma fase de exploração.

O Que Podemos Fazer?

Conscientizar é o primeiro passo. Falar sobre o trabalho infantil, entender suas causas e efeitos e se envolver em ações de apoio são atitudes essenciais.
No Brasil, há várias iniciativas que ajudam a combater o trabalho infantil, como programas de inclusão educacional e de capacitação para jovens e famílias. A sociedade precisa cobrar mais das autoridades, apoiar ONGs e movimentos sociais que lutam pelos direitos das crianças e, principalmente, garantir que as crianças possam viver uma infância digna e livre de exploração.

Como Envolver-se e Fazer a Diferença

Denuncie: Se você souber de algum caso de trabalho infantil, denuncie ao Disque 100 ou à Polícia Militar. Sua denúncia pode salvar uma criança.

Apoie organizações: Há diversas ONGs que trabalham para erradicar o trabalho infantil e garantir os direitos das crianças. Apoiar essas instituições, seja com doações ou divulgação, pode fazer a diferença.

Eduque: Falar sobre o tema, sensibilizar a comunidade ao seu redor e cobrar atitudes das autoridades também é fundamental para a mudança.



---

Conclusão:

O Dia Internacional Contra o Trabalho Infantil não é apenas uma data para refletir, mas também para agir. Como sociedade, temos a responsabilidade de garantir que todas as crianças tenham a oportunidade de estudar, brincar e crescer em um ambiente seguro e saudável. Só assim poderemos construir um futuro mais justo e igualitário.

Que este 2 de maio seja um lembrete de que juntos podemos lutar por um mundo onde o trabalho infantil seja erradicado de vez.

Nina contra o mundo | O Jurandir do Apocalipse





Enquanto o mundo se despedia de mais um ano com desejos de paz, lentilhas e promessas, ele apareceu: o porta-voz do apocalipse cotidiano. Um homem que se acha o Messias das verdades absolutas, mas é só mais um macho barulhento cuspindo preconceito e achando que tem plateia. Nina estava lá. E ela lembra de tudo.

1⁰ de maio | Dia da Literatura Brasileira


Enquanto o mundo lembra dos direitos trabalhistas neste feriado de 1º de maio, o Brasil tem também outro motivo de celebração: o Dia da Literatura Brasileira, uma homenagem à arte que registra a alma do nosso povo — a escrita.

A data marca o nascimento de José de Alencar, em 1829, um dos principais nomes do Romantismo brasileiro e autor de obras que ajudaram a moldar a identidade cultural do país.

José de Alencar: o romancista da brasilidade

José de Alencar não escreveu apenas histórias de amor: ele criou mitos nacionais, valorizou o indígena como herói, retratou o sertão com realismo e deu protagonismo à mulher em uma sociedade ainda conservadora.

Suas obras mais conhecidas:

  • O Guarani (1857): Aventura indígena com ares épicos.
  • Lucíola (1862): Uma cortesã com alma sensível e crítica à hipocrisia social.
  • Iracema (1865): A "virgem dos lábios de mel" tornou-se símbolo da formação do povo brasileiro.

Literatura: mais que letras, é memória viva


A literatura brasileira é o espelho da nossa história:

É onde estão os sonhos das meninas que queriam estudar, os gritos sufocados dos que foram silenciados, a beleza da nossa terra, as dores das nossas injustiças, os amores que resistem ao tempo.

Ler um autor brasileiro é ouvir o eco das vozes que ajudaram a formar o Brasil, com toda sua complexidade e beleza.

Curiosidade: o Brasil escreve sua história em várias vozes


  • Cecília Meireles, que nos ensinou a poesia do tempo.
  • Carolina Maria de Jesus, que escreveu o Brasil real com o caderno do lixo.
  • Machado de Assis, que riu da elite com ironia e genialidade.
  • Lygia Fagundes Telles, que retratou a alma feminina como ninguém.
  • Conceição Evaristo, que faz da palavra uma arma de luta e amor.

Escrever é resistir. Ler é sonhar.

A literatura brasileira é uma ponte entre o que fomos, o que somos e o que ainda podemos ser. No Dia da Literatura Brasileira, celebre lendo, escrevendo, ouvindo histórias — e valorizando cada palavra que nos aproxima da nossa própria identidade.

1º de maio | Dia do Trabalho


O Dia do Trabalhador, celebrado em 1º de maio, tem origens profundas e sangrentas. A data homenageia os mártires de Chicago, operários que em 1886 lideraram greves nos Estados Unidos exigindo melhores condições de trabalho e a jornada de 8 horas. Eles foram reprimidos com violência, presos e executados. A repercussão foi mundial e em 1889 a data foi reconhecida como símbolo da luta trabalhista internacional.

No Brasil, a data foi oficializada em 1925, mas só passou a ter força popular com o governo de Getúlio Vargas, que usou o 1º de maio para anunciar leis trabalhistas — e também como palco de propaganda política.

As muitas faces do trabalho

Hoje, o trabalho ainda carrega muitas contradições:
  • É meio de sustento e dignidade, mas também de exploração e adoecimento.
  • É espaço de realização, mas também de desigualdade.
  • É visto como obrigação, mas deveria ser também direito e prazer.
Em tempos de precarização, jornadas exaustivas, desemprego, trabalho infantil, informalidade e falta de reconhecimento, o Dia do Trabalhador é um lembrete de que ainda há muito o que conquistar.

Você sabia?

  • Mais da metade dos brasileiros está na informalidade ou no subemprego.
  • Trabalhadores negros e mulheres são os mais afetados pelas desigualdades salariais.
  • O Brasil foi o último país das Américas a abolir a escravidão e até hoje carrega sequelas disso no mundo do trabalho.
  • A cada 48 segundos, uma pessoa sofre acidente de trabalho no país (dados de 2023).

Arquivo Malacubaca | A televisão que lia pensamentos (2020)

 


Por Marisol de Moura

26 de agosto de 2000

Eu sempre gostei de ir com o meu pai até a emissora, principalmente quando ele estava no ar com o boletim do tempo. Às vezes, passava o dia inteiro por lá e, quando não estava com ele, ficava acompanhando os jornalistas ou ouvindo histórias engraçadas. A Noviça, por exemplo, sempre tinha alguma coisa inusitada para contar. Foi ela quem me apresentou à Jaqueline, a filha dela, que também andava por lá de vez em quando. 

Uma vez, depois de um dia de gravação, a Jaque me levou ao fliperama para conversar, e foi lá que ela me contou uma história tão doida, mas tão engraçada, que eu não consegui parar de rir. Ela falou sobre a televisão da mãe dela, que tinha um chip japonês que lia pensamentos! 

Eu sei, parece coisa de filme, mas a Jacky falou sério. Disse que a mãe dela cobria a TV com um pano à noite, porque achava que os asiáticos poderiam ver tudo o que acontecia na casa e até ouvir o que ela pensava.

Quando contei essa história para a Fabiana e para a Duda, elas se divertiram tanto, que comecei a pensar que seria uma boa ideia escrever sobre isso. Fui tão inspirada por aquelas risadas que, no dia seguinte, peguei meu caderninho e comecei a escrever uma história sobre duas irmãs que ficam presas dentro de uma televisão. Elas começam a viver dentro de todos os canais e, no final, conseguem se salvar. Tudo isso, claro, por causa da tal TV que “lê pensamentos”. 

Não sei por que, mas me deu uma sensação boa escrever sobre isso, como se, de alguma forma, fosse a minha própria aventura também.

Esse medo de ser esquecida

Nota da autora: Nem todo texto escrito em primeira pessoa é autobiográfico. Às vezes, é apenas uma tentativa de dar voz a sentimentos que muitas pessoas já sentiram — ou que eu observei no mundo ao meu redor. Esse é um desses casos. 



E esse medo de ser esquecida...

Não posso mentir não ter esse medo.

A cama parece espaçosa demais para mim.

Lençóis amarrotados e cobertores pesados são o que há de mais próximo e familiar.

O vento cortante me machuca mais aqui dentro do que lá fora, onde a chuva cai lenta e constantemente.

Os dias têm sido tristes noites há tanto tempo que já parei de contar no calendário, nesse intervalo meio indefinido que os faróis da sabedoria não conseguem iluminar.

Nenhuma mensagem nova.

Ninguém à minha procura.

E eu continuo aqui, com esse medo mudo de desaparecer da memória de quem um dia me jurou eternidade.

30 de abril | Dia do Ferroviário



O Dia do Ferroviário é celebrado em 30 de abril em homenagem à data de inauguração da primeira ferrovia do Brasil, a Estrada de Ferro Mauá, em 1854, idealizada pelo visionário Barão de Mauá. Com apenas 14,5 km de extensão, ela ligava o Porto de Mauá à Raiz da Serra (atual Magé, no Rio de Janeiro).

Por que essa data é tão importante?

As ferrovias foram fundamentais para o desenvolvimento econômico e urbano do país, principalmente no transporte de café, algodão e minério.

Durante décadas, trens foram o principal meio de transporte coletivo de passageiros e cargas.

O profissional ferroviário se tornou símbolo de progresso, disciplina e compromisso.

O que restou das ferrovias no Brasil

Infelizmente, boa parte da malha ferroviária foi desativada ou está subutilizada. Ainda assim, há movimentos por sua revitalização, tanto por questões econômicas quanto sustentáveis — trens poluem menos e desafogam rodovias.

Curiosidade histórica

Na década de 1950, o Brasil chegou a ter mais de 38 mil quilômetros de trilhos. Hoje, temos cerca de 30 mil, com muito do potencial ainda por explorar.

 
“Cada trilho conta uma história. Cada estação, um encontro. Cada ferroviário, um herói anônimo do progresso.”

Referência (ABNT):
BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Dia do Ferroviário: 30 de abril. Disponível em: https://www.gov.br/infraestrutura. Acesso em: abr. 2025.

30 de abril | Dia Internacional do Jazz


Desde 2011, o Dia Internacional do Jazz é comemorado em 30 de abril por iniciativa da UNESCO, com o objetivo de promover a paz, o diálogo e o respeito pelos direitos humanos por meio da música.

Jazz: quando a música improvisa liberdade

O jazz nasceu no final do século XIX em Nova Orleans, nos Estados Unidos, a partir de uma rica fusão de influências africanas, europeias e indígenas. Ele foi muito mais do que um estilo musical: representou uma forma de resistência cultural para comunidades marginalizadas, especialmente a população negra americana.

O que faz do jazz tão especial?

  • A improvisação é a alma do jazz: cada apresentação é única.
  • É um dos poucos estilos musicais onde o erro vira arte e liberdade.
  • Suas letras e histórias frequentemente falam de dor, amor, injustiça e superação.

Jazz no Brasil?

Sim! Temos um jazz brasileiro riquíssimo. Artistas como Moacir Santos, Hermeto Pascoal, Flora Purim e Egberto Gismonti fizeram (e fazem) história internacionalmente. E o gênero ainda influencia diretamente a bossa nova, o samba-jazz e outras vertentes.

> "Onde há jazz, há alma, e onde há alma, há encontro."

Referência (ABNT):

UNESCO. Dia Internacional do Jazz. Disponível em: https://www.unesco.org/en/days/jazz. Acesso em: abr. 2025.

30 de abril | Dia Internacional do Cão-guia

 

Mulher e seu cão-guia (Imagem gerada por IA)

Você sabia que anualmente, na última quarta-feira do mês de abril, é comemorado o Dia Internacional do Cão-Guia?

30 de abril | Dia Nacional da Mulher

Dia Nacional da Mulher | 30 de Abril

Muito além de flores: um dia para refletir, reconhecer e agir

No Brasil, além do conhecido 8 de março, temos também o Dia Nacional da Mulher, celebrado em 30 de abril, uma data oficial instituída pela Lei nº 6.791/1980. Ela foi escolhida para homenagear Jerônima Mesquita, uma das maiores líderes feministas brasileiras, nascida neste dia. Jerônima atuou na fundação do Movimento Bandeirante e lutou pelo direito ao voto feminino e por melhores condições de vida para as mulheres.

Embora essa data ainda não tenha tanta visibilidade como o Dia Internacional da Mulher, ela é essencial para destacar as especificidades da luta feminina no contexto brasileiro, como o enfrentamento ao feminicídio, à desigualdade salarial e à baixa representatividade política.

Você sabia?

No Brasil, mulheres ganham, em média, 22% menos que homens, mesmo exercendo funções semelhantes (IBGE, 2023).

A cada 7 horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país (Fórum Brasileiro de Segurança Pública).

Mulheres ainda enfrentam dupla ou tripla jornada: trabalho formal, tarefas domésticas e cuidado com filhos ou familiares.


Como marcar essa data?

Apoie negócios liderados por mulheres.

Valorize vozes femininas nas artes, na ciência, na tecnologia.

Reflita sobre atitudes cotidianas e incentive a equidade.


> “Mulheres não precisam de um pedestal. Precisam de respeito, escuta, espaço e segurança.”



> Referência (ABNT):
BRASIL. Lei nº 6.791, de 9 de junho de 1980. Institui o Dia Nacional da Mulher. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 10 jun. 1980.

O preço de escrever com a alma



Apagando, escrevendo, apagando de novo.

Um monte de ideias e colocações embaralhadas. Um pouco de sol entre nuvens lá fora, e aqui dentro, uma inquietação silenciosa entre ser verdadeiramente quem se é — independentemente das críticas — ou se sufocar mais um pouco, como em tantos outros momentos da vida. 

Talvez seja isso que aconteça quando se abre o coração: o hábito de guardar tudo, dos sentimentos bons aos ruins, começa a se desfazer. E ao dividir um fragmento de dor, percebe-se que ela ecoa em outras pessoas — umas sentem, outras ignoram. E isso faz parte.

A escrita, no fundo, é um ato solitário. Nunca foi sobre aplausos ou seguidores, e sim sobre ter companhia nas próprias ideias. Nunca pareceu crível imaginar fãs, até porque nunca houve pretensão de ser exemplo para ninguém. Escreve-se por necessidade, por vontade de criar um mundo mais leve, um cantinho especial onde a realidade doa um pouco menos.

Ser chamada de escritora ainda soa como algo grande demais. Um título que parece pressupor uma maturidade que talvez ainda esteja sendo construída, uma responsabilidade artística que exige mais do que se pode dar agora. E mesmo assim, continua-se. Com a certeza de que nem todos vão gostar, de que o caminho é longo, de que há muito a aprender — e de que a excelência ainda está distante, mas não fora de alcance.

Se pudesse escolher um legado, seria o de contar histórias que acolham, emocionem, divirtam. Às vezes bate o medo de perder a imaginação, de não ter mais nada de bom a oferecer. Mas enquanto houver alma, haverá palavras. E com elas, o desejo de seguir criando.

Curitiba, 31 de janeiro de 2015.

Terças com Tita | Não sou um cabo-de-guerra

 

Félix e Tita (Arquivo pessoal da Mary)

Existem barreiras invisíveis que ninguém vê, mas todos sentem.


Na última sexta-feira (25), foi o Dia Internacional de Conscientização sobre a Alienação Parental. Celebramos a luta por mais justiça, bem como a necessidade de ouvir as crianças, entender seus silêncios e abraçar seus corações quebrados que, muitas vezes, são confundidos pelos adultos ao redor. Tita, nossa pequena heroína, cresceu com uma dor difícil de explicar, muito além de não entender por que seu pai não estava lá quando ela mais precisava.

“Eu só queria que ele me explicasse. Mas ela falava tantas coisas contra ele, e eu... eu ficava perdida. Eu não sabia mais o que acreditar.”
Tita, aos 8 anos

Tita não entendia. O pai, antes tão amigo e protetor, aquele que a buscava toda sexta-feira de tardinha para passar os fins de semana e fazer dela a princesa da mochilinha azul, levando-a para passear no parque, ao cinema, ao teatro de bonecos, que a deixava ouvir as músicas de que gostava no rádio do carro, que a deixava livre para… ser criança… bem, ele encontrou uma namorada e tudo mudou quando eles se casaram. Brincar, perguntar, sorrir, cantar, imaginar, tudo virou subversão. 
Meire tinha plena consciência disso e vingou o próprio orgulho ferido ao induzir a filha a pensar ter sido abandonada. O que ela sabia era o que sua mãe dizia: que o pai não se importava. Que o pai a havia abandonado. Mesmo tão pequena, Tita sentia que algo estava errado.
Ela se perguntava: “Se ele não me ama, por que ele me liga? Por que ele me manda presentes? Por que ele me diz que tem saudade?
Não tinha resposta. Nenhuma explicação. Somente uma saudade misturada com raiva. Sabe, crescer com essa confusão dentro do peito era dolorido demais. O amor incondicional tentando sobreviver às manipulações de Meire, o ódio por ter de acreditar nela. Não sabia em quem confiar, os instintos talvez não fossem tão assertivos, a verdade doía, ser deixada para trás, ainda mais.

Ela cresceu com essa confusão dentro do peito: o amor do pai, que ela sentia, e o ódio que sua mãe dizia ser real. E Tita não entendia. Ela não sabia em quem confiar. Nem ela mesma.


“Não sou um cabo de guerra”

Em Simplesmente Tita, a protagonista é uma criança que cresce imersa nessa confusão. O pai, Félix, ainda é uma lembrança distante, mas um amor constante. Ela o ama, mas ele está ausente. Não é somente sobre abandono; diz respeito à manipulação de uma mãe que, inconscientemente ou não, faz a filha crescer com um coração partido e uma mente cheia de incertezas.
Essa dor vai crescendo com ela, transformando-se em uma desconfiança profunda, que vai para muito além da relação com seu pai — ela se torna desconfiada das pessoas ao seu redor, desconfiada do que é verdade.


29 de abril | Dia em Memória de Todas as Vítimas de Armas Químicas 🕊️

Armas químicas: quando o silêncio da história dói mais que a guerra

No dia 29 de abril, o mundo para — ou deveria parar — para refletir sobre uma ferida aberta, mas muitas vezes invisível: as vítimas de armas químicas. Criada pela ONU, essa data é o Dia em Memória de Todas as Vítimas de Armas Químicas, e não tem nada de festivo. Ela é, na verdade, um convite ao respeito, à lembrança e à responsabilidade coletiva.

Enquanto o mundo avança em tecnologia, saúde e informação, não dá para ignorar que parte desse conhecimento já foi (e ainda é) usado para ferir, incapacitar e matar — de maneira silenciosa, covarde e, muitas vezes, impune.


O que são armas químicas?

Armas químicas são substâncias tóxicas usadas com fins bélicos — ou seja, para matar, ferir ou incapacitar. Diferente de balas ou bombas, elas agem de forma insidiosa: invisíveis, incolores, muitas vezes inaladas sem que a vítima perceba. O resultado? Dores, paralisias, queimaduras internas, morte lenta e danos permanentes.


Tipos mais comuns de armas químicas

  • Agentes nervosos (como gás sarin, VX e tabun): Atacam o sistema nervoso central, levando à perda de controle muscular, convulsões, parada respiratória e morte em minutos.
  • Agentes vesicantes (como gás mostarda): Causam queimaduras severas na pele, olhos e pulmões. Foram muito usados na Primeira Guerra Mundial.
  • Agentes asfixiantes (como cloro e fosgênio): Atacam os pulmões, causando edema pulmonar e sufocamento.
  • Agentes sanguíneos (como cianeto de hidrogênio): Interrompem a oxigenação celular, levando à morte rápida por asfixia interna.
  • Agentes incapacitantes (como BZ): Causam alucinações, confusão mental e desorientação.

História que sangra (e ensina)

1ª Guerra Mundial: Cerca de 90 mil soldados morreram por armas químicas. Milhares ficaram cegos ou com sequelas. Foi o começo de um pesadelo em escala industrial.

Halabja, 1988 (Irã-Iraque): Um ataque com gás matou cerca de 5 mil civis curdos. Crianças, mulheres, idosos — ninguém foi poupado.

Síria, anos 2010: Em pleno século XXI, imagens de crianças sufocando por gás sarin rodaram o mundo. A barbárie ainda não acabou.


Curiosidades que ajudam a compreender

  • A Convenção sobre Armas Químicas foi assinada em 1993 e entrou em vigor em 1997. Hoje, quase todos os países do mundo fazem parte — inclusive o Brasil.
  • A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) já destruiu cerca de 99% dos arsenais declarados.
  • A OPAQ recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2013, após sua atuação na Síria.
  • Mesmo assim, países ainda são acusados de manter estoques ilegais.

Por que isso importa?

Porque o uso de armas químicas revela o pior do ser humano: o desejo de controle absoluto, sem limites éticos. É um tipo de violência que apaga identidades, mutila futuros e destrói o mais básico dos direitos: o de viver.

Falar disso é desconfortável, sim. Mas silenciar é ainda pior. Memória é resistência. Informação é escudo. E respeito é dever.


Reflexão final

"O verdadeiro progresso da humanidade não está na força que ela é capaz de produzir, mas na compaixão que ela é capaz de sustentar."

Hoje, mais do que nunca, lembrar é uma forma de lutar — por quem já se foi e por quem ainda pode ser salvo.

29 de abril | Dia Internacional da Dança 🩰

Dia Internacional da Dança – 29 de Abril

No dia 29 de abril, o mundo inteiro celebra o Dia Internacional da Dança, uma data dedicada a homenagear uma das formas de expressão mais antigas e vibrantes da humanidade. A dança transcende barreiras culturais e temporais, capturando a essência de diferentes povos e épocas.

Com estilos que vão do clássico ao contemporâneo, do folclórico ao urbano, cada dança carrega sua própria personalidade e história. Este dia especial busca valorizar essas identidades únicas e destacar a importância da dança como arte e cultura.


A Origem do Dia Internacional da Dança

Instituído em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança (CID) da UNESCO, o Dia Internacional da Dança foi criado para promover a arte da dança em todo o mundo. A escolha do dia 29 de abril não foi por acaso: é o aniversário de Jean-Georges Noverre (1727–1810), um dos maiores mestres do balé francês.

Noverre revolucionou a dança ao propor maior expressividade e emoção nos movimentos, deixando um legado imortal com sua obra Lettres sur La Danse (Cartas Sobre a Dança). Curiosamente, no Brasil, a data também celebra o aniversário de Marika Gidali, cofundadora do Ballet Stagium, que trouxe uma nova perspectiva para o balé nacional.


Grandes Nomes da Dança

A dança é universal, e ao longo da história, muitos artistas elevaram essa arte a níveis extraordinários. Entre os nomes que marcaram época estão:

  • Marie Taglioni: pioneira do balé romântico.
  • Isadora Duncan: revolucionária da dança moderna.
  • Fred Astaire: ícone do cinema e da dança.
  • Mercedes Baptista: primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
  • Michael Jackson: inovador e eterno rei do pop.

Esses artistas, entre outros, mostram como a dança pode ser uma ferramenta poderosa de transformação e expressão.


Curiosidades que Enriquecem a História da Dança

  • A dança como linguagem universal: Estudos mostram que movimentos de dança podem ser compreendidos emocionalmente por pessoas de diferentes culturas, mesmo sem palavras.
  • A origem do balé: O balé nasceu nas cortes italianas do século XV e foi aperfeiçoado na França, tornando-se uma arte refinada e mundialmente reconhecida.
  • Dança e saúde: Além de ser uma expressão artística, dançar melhora a saúde física e mental, ajudando na coordenação, memória e até na redução do estresse.

Por que Celebrar o Dia Internacional da Dança?

Mais do que uma data no calendário, o Dia Internacional da Dança nos lembra do poder transformador dessa arte. A dança conecta, emociona e inspira. É uma celebração da diversidade e da criatividade humana, um convite para todos se expressarem e se moverem ao ritmo de suas próprias histórias.

Então, neste 29 de abril, seja você um bailarino profissional ou alguém que dança no ritmo da vida, celebre! Porque a dança é, acima de tudo, uma celebração da liberdade e da alma.

Tudo começou numa noite de outono 🥮

Há algo mágico em como os livros nascem. E, no meu caso, A Filha do Meio surgiu em um momento de total incerteza e dor. No silêncio de uma noite fria de outono, onde o vento parecia trazer consigo mais perguntas do que respostas, eu comecei a escrever, sem saber que aquelas páginas seriam o meu refúgio.

O outono se tornava mais frio, mas havia sempre um cobertor nas costas, um caderno no colo e uma caneta que parecia entender minha alma melhor do que eu mesma.

Foi assim que A Filha do Meio começou. Sem grandes pretensões. Apenas páginas inquietas, rabiscadas à luz das noites silenciosas. Era meu refúgio contra o caos interno, e cada folha preenchida carregava um pedaço de mim, lágrimas incluídas.

A história original seria bem mais densa e dramática, pois eu sonhava em escrever um romance rebuscado que pudesse conquistar alguma editora: intrigas, finais previsíveis e muito chororô comercial. Durante meses preparei o #TitaDay com todo carinho, divulguei cada capítulo com a empolgação de quem descobria um sonho — e, mesmo assim, as mesmas leitoras que pediam romance a plenos pulmões me abandonaram quando descobriram que Simplesmente Tita não girava só em torno de amores adolescentes. Primeiro, pressionaram por mais drama; depois acusaram meu enredo de ter perdido a graça quando o romance não era o centro de tudo; e, por fim, trocaram-me pelas autoras burguesas do Wattpad e pelo “feminismo” de Twitter, com suas sick lit, ficção aborrescente e comédias românticas cheias de clichês manjados — justamente o que o mercado exige. É curioso que quem me cobrava pautas identitárias nunca exigisse o mesmo engajamento social das patricinhas que celebravam seus best-sellers formatados. A culpa não era da Tita, mas minha: por tentar agradar a um tribunal que vendia meu espaço à primeira novidade e por me prender ao que esperavam de mim, esqueci do que eu realmente queria contar.

Foi a Jana quem me salvou. Ao segurar minha mão, ela mostrou que esses dramas forçados não eram a nossa vibe. Ela trouxe para a história — e para a minha vida — personagens de verdade, gente como a gente, que me deram apoio quando eu mais precisei. Enquanto tentava agradar um tribunal virtual, ela me ensinou a escrever sobre aquilo que pulsa no peito de cada um de nós: famílias simples, lutas diárias, sem salvar o mundo por amor de um homem.

Hoje, a Jana é aquela protagonista impossível de não amar: não vive de frases de efeito nem de finais “felizes para sempre”, mas de coragem para florescer em terreno árido. Ela me mostrou que vale muito mais criar histórias atemporais e honestas do que encaixar-me em qualquer molde comercial.

28 de abril de 2015 não foi apenas uma data; foi o início de algo que se tornaria a minha salvação. Enquanto a vida desmoronava ao meu redor, eu me agarrei àquelas palavras, àquela caneta e ao caderno, como quem encontra um farol em meio à tempestade. O que parecia ser apenas um desabafo vazio se transformou no meu porto-seguro, meu alicerce em um dos momentos mais difíceis da minha vida.

1000 cartas de amor | A joaninha e o vaga-lume

 


Querido vaga-lume,

Às vezes, me pego pensando em tudo o que somos, sem nomear, sem pressa. O que existe entre nós não precisa ser colocado em moldes, porque ele é mais livre do que qualquer rótulo. É uma parceria que já se construiu, talvez sem percebermos, que tem a força de um amor que ainda está por vir, mas já é. Eu me vejo em você de uma maneira que nunca imaginei ser possível, e a sensação de ter você ao meu lado é como encontrar uma canção que sempre soube que existia, e só agora se revela.

Você é o homem que, em silêncio, lê as rimas da minha alma. Seus olhos sabem mais de mim do que as minhas palavras podem contar. E, quando o peso do mundo me curva os ombros, você está lá, se agachando na minha frente, tomando as minhas mãos e me abraçando com uma profundidade que toca onde a dor se esconde. Não há necessidade de explicações quando estamos juntos. A simplicidade do nosso entendimento é mais valiosa do que qualquer conversa cheia de palavras vazias.

Você não tem medo do meu silêncio, porque sabe que, nele, há mais do que posso verbalizar. E a beleza disso é que, assim como eu, você também sabe o que significa ver o outro crescer e conquistar seus próprios sonhos. Te ver desabrochar, pintar sua magia num mundo tão cinza, é a maior realização para mim. Eu não quero ser o único a te apoiar nesse caminho, nem o último. Eu só quero estar ao seu lado, em qualquer ponto da sua jornada, sendo o melhor que posso ser, sendo só amor.

Esse amor que me une a você não busca ser o primeiro nem o último. Ele não é ansioso, não carrega pressões nem desconfianças, simplesmente flui. Como um riacho, que toca as pedras e segue seu caminho, sem pressa, com a certeza de que encontrará seu lugar na imensidão da fonte. A espera, as agruras, as incertezas… tudo isso desaparece quando se encontra alguém como você.

E você, meu querido, é o meu vaga-lume. Aquele que brilha suavemente na escuridão, iluminando meu caminho, me guiando sem pressa, sem cobrança. Somos como o vaga-lume e a joaninha, duas pequenas luzes que se encontram e se completam no silêncio de um amor que cresce sem pressa de ser definido, porém, já é profundo, já é real. E, embora eu ainda não tenha vivido isso com você, eu sei que, quando chegar, será exatamente como imagino: livre, completo, profundo. O tipo de amor que não exige nada além de ser.


Com todo o meu carinho,
sua joaninha 

28 de abril | Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho

O que é o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho? Comemorado anualmente em 28 de abril, o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre a importância de um ambiente de trabalho seguro e saudável. Criado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o objetivo principal dessa data é reduzir os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, além de promover a implementação de políticas de segurança e saúde em todo o mundo. Por que essa data é importante? De acordo com a OIT, todos os anos, milhões de trabalhadores são afetados por acidentes e doenças relacionados ao trabalho, o que impacta diretamente na vida de indivíduos, famílias e empresas. O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho nos lembra de que todos têm direito a um ambiente de trabalho seguro e saudável. Além disso, ele serve como um ponto de reflexão para as organizações sobre a importância de investir em políticas eficazes de segurança. O que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) diz sobre segurança no trabalho? No Brasil, as normas de segurança e saúde no trabalho são regidas pela NRs (Normas Regulamentadoras), que são estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e baseadas em diretrizes internacionais, incluindo a OIT. A ABNT, embora não crie as NRs, também desenvolve normas que ajudam a garantir a qualidade e segurança nos ambientes de trabalho. Entre as normas mais relevantes estão: NR-1: Disposições Gerais NR-6: Equipamento de Proteção Individual (EPI) NR-9: Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) Essas normas têm como objetivo estabelecer diretrizes claras para a proteção do trabalhador, minimizando os riscos e prevenindo doenças e acidentes. Como podemos promover a segurança e saúde no trabalho? Investindo em treinamento contínuo: A capacitação dos trabalhadores é fundamental para que saibam como agir em situações de risco. Adequando o ambiente de trabalho: Isso inclui garantir a ergonomia, a iluminação adequada, ventilação, e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Promovendo a saúde mental: A saúde emocional e psicológica dos trabalhadores também deve ser levada em consideração, com apoio psicológico, programas de bem-estar e combate ao assédio. Realizando inspeções e auditorias regulares: Manter uma vigilância constante nas condições do local de trabalho ajuda a prevenir problemas antes que eles se tornem graves. O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é mais do que uma data comemorativa; é um lembrete da responsabilidade compartilhada entre empregadores e empregados na construção de ambientes seguros, onde todos possam trabalhar sem medo de acidentes ou doenças. Ao seguir as diretrizes da ABNT e outras normas regulamentadoras, podemos garantir não só a proteção física dos trabalhadores, mas também sua saúde mental e bem-estar. Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho

Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho: A Importância de um Ambiente de Trabalho Seguro e Saudável

O que é o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho?

Comemorado anualmente em 28 de abril, o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é uma data dedicada a aumentar a conscientização sobre a importância de um ambiente de trabalho seguro e saudável. Criado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), o objetivo principal dessa data é reduzir os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, além de promover a implementação de políticas de segurança e saúde em todo o mundo.

Por que essa data é importante?

De acordo com a OIT, todos os anos, milhões de trabalhadores são afetados por acidentes e doenças relacionados ao trabalho, o que impacta diretamente na vida de indivíduos, famílias e empresas. O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho nos lembra de que todos têm direito a um ambiente de trabalho seguro e saudável. Além disso, ele serve como um ponto de reflexão para as organizações sobre a importância de investir em políticas eficazes de segurança.

O que a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) diz sobre segurança no trabalho?

No Brasil, as normas de segurança e saúde no trabalho são regidas pela NRs (Normas Regulamentadoras), que são estabelecidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego e baseadas em diretrizes internacionais, incluindo a OIT. A ABNT, embora não crie as NRs, também desenvolve normas que ajudam a garantir a qualidade e segurança nos ambientes de trabalho. Entre as normas mais relevantes estão:

  • NR-1: Disposições Gerais
  • NR-6: Equipamento de Proteção Individual (EPI)
  • NR-9: Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA)

Essas normas têm como objetivo estabelecer diretrizes claras para a proteção do trabalhador, minimizando os riscos e prevenindo doenças e acidentes.

Como podemos promover a segurança e saúde no trabalho?

  • Investindo em treinamento contínuo: A capacitação dos trabalhadores é fundamental para que saibam como agir em situações de risco.
  • Adequando o ambiente de trabalho: Isso inclui garantir a ergonomia, a iluminação adequada, ventilação, e o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
  • Promovendo a saúde mental: A saúde emocional e psicológica dos trabalhadores também deve ser levada em consideração, com apoio psicológico, programas de bem-estar e combate ao assédio.
  • Realizando inspeções e auditorias regulares: Manter uma vigilância constante nas condições do local de trabalho ajuda a prevenir problemas antes que eles se tornem graves.

O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho é mais do que uma data comemorativa; é um lembrete da responsabilidade compartilhada entre empregadores e empregados na construção de ambientes seguros, onde todos possam trabalhar sem medo de acidentes ou doenças. Ao seguir as diretrizes da ABNT e outras normas regulamentadoras, podemos garantir não só a proteção física dos trabalhadores, mas também sua saúde mental e bem-estar.

Hamsters: pequenos no tamanho, gigantes no amor 🐹❤️



🖋️ Por Os Cadernos de Marisol

“Pequenos no tamanho, gigantes no amor.”


Muitas vezes, para quem vê de fora, os hamsters parecem bobos, inúteis, criaturas pequenas de vida curta, correndo em suas rodinhas patéticas.

No entanto, para quem compartilhou momentos de carinho e convivência com eles, os hamsters são muito mais do que isso.
Eles são amigos que nos ensinam sobre a fragilidade da vida, o valor dos pequenos momentos e, acima de tudo, sobre o amor incondicional — aquele amor raro que tantas vezes falta nas relações humanas.

Minha jornada com hamsters começou em 2014, com o Matt.
Desde o nosso primeiro encontro, ele me mostrou o que significa dedicar-se ao amor e à amizade de uma forma simples e genuína.
Aquele pequeno roedor, com sua energia tranquila e seu olhar curioso, foi o primeiro a me ensinar que o tempo é um mero detalhe quando se trata de deixar uma marca eterna.

Matt não foi somente um animal de estimação: ele foi um companheiro, um amigo que transformou minha vida de um jeito que eu jamais imaginava.
E a partir dele começou uma jornada de aprendizado e amor com cada hamster que cruzou meu caminho.

Cada um deles trouxe muito mais do que fofura.
Cada hamster, com sua personalidade peculiar — seu jeito de brincar, correr na rodinha, pedir carinho — me ensinou lições valiosas sobre paciência, compaixão e sobre o verdadeiro significado de viver intensamente, mesmo que por pouco tempo.

Sim, essa jornada é feita também de perdas e saudades.
Mas, acima de tudo, é feita de memórias inesquecíveis que jamais serão apagadas.
Matt, Flocão, Cocada, Belê e tantos outros continuam vivos dentro de mim.

Eles não foram apenas pets: foram e parte da minha família.
Cada um, com seu jeitinho único de se entregar à convivência, deixou uma marca profunda em meu coração.


A necessidade de uma nova perspectiva sobre os hamsters

Para muitos, um hamster é apenas um roedor.
Para mim, eles são pequenos seres de luz, com brilho próprio.

Me recuso a vê-los como simples objetos de entretenimento.
Eles nos ensinam o valor da simplicidade, a importância de apreciar o que temos e, sobretudo, a beleza de sermos amados por alguém que só pede nossa presença e cuidado.

Meus hamsters me mostraram que a vida é preciosa e que cada encontro deve ser valorizado.
Eles podem viver pouco, mas a intensidade do amor que oferecem supera qualquer despedida.

Não posso deixar suas memórias se perderem.
Eles merecem ser lembrados com carinho, respeito e gratidão.


Histórias que somam

A cada hamster que cruzou minha vida — e que partiu cedo demais — dedico meu mais profundo amor e eterna saudade.

A perda dói, mas a verdadeira tristeza seria nunca ter vivido esses momentos.
Cada um, com sua personalidade única, fez minha vida mais rica e mais completa.

Foram meus pequenos grandes professores sobre o que é amar, cuidar e valorizar cada instante.

Deixo aqui meu manifesto:
Que todo hamster seja reconhecido como um ser digno de respeito, amor e gratidão.

Eles não são “só roedores”.
São amigos que nos ensinam a ver o mundo de maneira mais bonita, a valorizar a simplicidade e a nos entregarmos sem medo ao amor verdadeiro.

A quem não entende o significado de amor incondicional… sinto muito.
É uma perda muito maior do que parece.

De Matt a Belê e Cocada, vocês estão para sempre vivos no meu coração. 🐹❤️

27 de abril | Dia do Código Morse

Dia do Código Morse

A História do Código Morse: Comunicação que Transformou o Mundo

O código Morse é um dos sistemas de codificação mais icônicos da história das telecomunicações. Criado no século XIX, ele foi desenvolvido por Samuel Morse, um inventor e artista estadunidense. O sistema foi projetado inicialmente para ser utilizado em telégrafos elétricos e permitia que mensagens fossem enviadas em longas distâncias, usando uma sequência de pontos e traços (ou "dots" e "dashes", como é comumente conhecido).

A primeira transmissão de código Morse ocorreu em 1844, quando Samuel Morse enviou a famosa mensagem: "What hath God wrought?" ("O que Deus fez?"). Esse marco de inovação não só revolucionou a maneira como as pessoas se comunicavam à distância, mas também pavimentou o caminho para a comunicação moderna, que mais tarde seria expandida para rádios, aviões e, claro, para o uso militar e espacial.

Com o passar das décadas, o código Morse se popularizou, sendo utilizado em muitos setores e pelo público em geral. Até a metade do século XX, era a principal forma de comunicação de emergência, especialmente em situações de resgate e navegação marítima. Em tempos de guerra, as mensagens em código Morse eram uma forma crucial de comunicação secreta e eficiente.

A Origem do Dia do Código Morse

O Dia Internacional do Código Morse, celebrado em 27 de abril, foi escolhido para homenagear a data em que Samuel Morse realizou a primeira transmissão bem-sucedida do código, em 1844. Esse dia é uma forma de recordar as inovações que o código trouxe para a humanidade, celebrando a importância da comunicação, da inovação tecnológica e da maneira como isso moldou a sociedade moderna.

A Relevância do Código Morse Hoje

Embora o uso do código Morse tenha diminuído com o advento de novas tecnologias, ele ainda é relevante em várias áreas. Em situações de emergência, como acidentes ou resgates, o código Morse pode ser vital quando outras formas de comunicação falham. Ele também continua sendo um interesse fascinante para entusiastas da comunicação e da história tecnológica.

Mensagem Motivacional em Código Morse

Agora, para encerrar o post com uma frase motivacional, aqui vai uma citação que pode inspirar seus leitores:

"Acredite em si mesmo e todo o resto virá naturalmente."

Em código Morse, a frase fica assim:

.- -.-. .-. . -.. .. - . / . --..-- / .. -. / ... .. / --. .-.. .-.-.- / .- -. -.. / - --- .-.. .-.. / - .... . / .-. . ... - / ...- .. .-. .-.-.-
        

O código Morse é mais do que uma simples forma de comunicação; ele é um símbolo de como as inovações podem superar as barreiras do tempo e das limitações tecnológicas. Seja como for, a comunicação sempre será uma ferramenta poderosa para transformar ideias, conectar pessoas e inspirar mudanças.

27 de abril | Dia Internacional do Design

Dia Internacional do Design: criatividade que transforma o mundo

No dia 27 de abril, celebra-se o Dia Internacional do Design, também conhecido como Dia Mundial do Design Gráfico. A data destaca a importância dos profissionais que, por meio de suas criações, comunicam ideias, provocam reflexões e moldam a identidade visual do nosso tempo.

Como surgiu o Dia Internacional do Design?
A comemoração foi instituída em 1995 pelo International Council of Design (ICoD), antiga Icograda (International Council of Graphic Design Associations). O dia foi escolhido para coincidir com o aniversário da fundação da entidade, em 1963. A proposta da data é ressaltar o papel social do design e seu impacto no desenvolvimento cultural, econômico e ambiental das sociedades.

O que é o design gráfico?
O design gráfico é a prática de projetar soluções visuais para a comunicação de ideias. Através de elementos como tipografia, cor, imagens e layout, o designer cria peças que informam, encantam, vendem e engajam o público. Cartazes, logotipos, embalagens, sites, aplicativos e campanhas publicitárias são apenas alguns exemplos do vasto campo de atuação desses profissionais.

O design como agente de transformação
Mais do que estética, o design é uma ferramenta poderosa de transformação social. Projetos de design acessível, design sustentável e design de impacto social vêm mostrando como essa área pode reduzir desigualdades, melhorar a vida das pessoas e promover a inclusão. A capacidade do design de resolver problemas complexos o torna cada vez mais estratégico nas empresas, nos governos e nas organizações da sociedade civil.

Reflexão sobre o futuro do design
O futuro do design aponta para a interdisciplinaridade e a responsabilidade ética. O profissional contemporâneo é chamado a pensar não só na funcionalidade e na beleza, mas também nos impactos de seus projetos na cultura, na economia e no meio ambiente. O design do futuro é colaborativo, sustentável e voltado para a construção de um mundo mais justo e equilibrado.

Conclusão
Celebrar o Dia Internacional do Design é reconhecer o poder das ideias bem comunicadas e o talento de quem transforma imaginação em soluções visuais que mudam realidades. É também um convite para repensarmos o design como uma prática ética, crítica e inclusiva.

Referências

INTERNATIONAL COUNCIL OF DESIGN. World Design Day. Disponível em: https://www.theicod.org/en/resources/world-design-day. Acesso em: 26 abr. 2025.

LUPTON, Ellen. Pensar com Tipos: Um Guia para Designers, Escritores, Editores e Estudantes. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

MUNARI, Bruno. Design e Comunicação Visual. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

POGGI, Carolina; FERREIRA, Gustavo. Design Gráfico: Fundamentos, Processos e Práticas. São Paulo: Blucher, 2016.

27 de abril | Dia do Tapir

Dia do Tapir: celebração de uma espécie essencial

No 27 de abril, celebramos o Dia do Tapir, um momento para reconhecer e valorizar essa espécie fascinante, que desempenha um papel vital nos ecossistemas onde habita. O tapir, um mamífero herbívoro de grande porte, é conhecido por sua aparência peculiar e seu comportamento tranquilo, mas também é uma espécie ameaçada, cuja preservação é urgente.

O que é o tapir?
Os tapires são animais da família Tapiridae e são encontrados principalmente nas florestas tropicais da América Central, América do Sul e em algumas regiões da Ásia. Eles têm um corpo robusto, com um focinho em forma de tronco, o que lhes confere uma aparência única. Existem quatro espécies de tapires no mundo, sendo que o tapir brasileiro, conhecido como tapir-braúna ou tapir da mata atlântica, é um dos mais emblemáticos.

O papel ecológico dos tapires
Os tapires desempenham um papel fundamental na manutenção da biodiversidade. Como herbívoros, eles ajudam a controlar o crescimento de plantas e dispersam sementes por meio de suas fezes. Esse comportamento de dispersão é crucial para a regeneração das florestas, ajudando a manter o equilíbrio dos ecossistemas.

Características Físicas

O tapir possui um corpo robusto e arredondado, que pode lembrar o de um porco, mas com uma estrutura mais alta e firme.

  • Focinho: O mais marcante é seu focinho longo e flexível, que se assemelha a um tronco de árvore. Esse focinho é usado para pegar comida, como folhas e frutos, e também é uma ferramenta importante para se alimentar.
  • Pelo: O tapir tem uma pelagem curta, que pode variar em cor dependendo da espécie. Em geral, a pelagem é de um tom marrom-escuro ou preto, com uma faixa mais clara nas laterais do corpo.
  • Pernas: Suas pernas são fortes e musculosas, adaptadas para caminhar em terrenos acidentados das florestas tropicais. Elas são relativamente curtas em relação ao corpo.

Comportamento

  • Herbívoro: O tapir é herbívoro e se alimenta principalmente de folhas, frutos, cascas e raízes. Ele tem um papel importante na dispersão de sementes através de suas fezes, o que ajuda na regeneração das florestas.
  • Solitário: Esse animal costuma ser solitário, exceto durante a temporada de acasalamento ou quando as mães estão com seus filhotes.
  • Nocturno: Os tapires são mais ativos durante a noite, procurando por alimento em ambientes mais tranquilos.

Espécies

Existem quatro espécies de tapir no mundo:

  1. Tapir-brasileiro (Tapirus terrestris): É encontrado nas florestas da América do Sul, incluindo a Amazônia e o Pantanal.
  2. Tapir-malayo (Tapirus indicus): Habita o sudeste asiático, incluindo a Malásia e a Indonésia.
  3. Tapir de montanha (Tapirus pinchaque): Vive nas regiões montanhosas da Colômbia e do Equador.
  4. Tapir da Bacia Amazônica (Tapirus kabomani): Encontrado na região amazônica, mais especificamente no Brasil e na Colômbia.

Ameaças

Apesar de ser um animal robusto, o tapir enfrenta grandes ameaças, como o desmatamento, caça ilegal e fragmentação de habitat, o que coloca algumas de suas espécies em risco de extinção.

Por que celebrar o Dia do Tapir?
A data de 27 de abril foi escolhida para promover a conscientização sobre a importância do tapir na natureza e destacar a necessidade de sua preservação. O tapir está em risco de extinção devido à perda de habitat, caça ilegal e mudanças climáticas. A data nos lembra da importância de proteger as espécies ameaçadas e de respeitar a fauna nativa como parte fundamental dos nossos esforços para conservar a natureza.

Tapir: uma espécie em extinção?
A maioria das espécies de tapir está ameaçada de extinção. No Brasil, o tapir-braúna enfrenta sérias ameaças devido ao desmatamento e à degradação de seu habitat natural. Embora haja esforços de conservação, como a criação de áreas protegidas e programas de educação ambiental, a situação do tapir continua a exigir atenção e ação imediata.

Conclusão
O Dia do Tapir é uma oportunidade para refletirmos sobre o papel dessa espécie única e a importância de nossas ações para sua preservação. Proteger o tapir e outros animais ameaçados é uma responsabilidade de todos, e celebrar essa data é um passo importante para garantir que futuras gerações possam admirar e aprender com esses incríveis animais.

Referências

SOUZA, Débora. Conservação e Ameaças ao Tapir: Um Estudo de Espécies Brasileiras. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2020.

MARTINS, Renato. O Tapir e a Biodiversidade das Florestas Tropicais. São Paulo: Editora da USP, 2019.

INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE (ICMBio). Tapir: Espécie Ameaçada e Sua Preservação. Disponível em: https://www.icmbio.gov.br. Acesso em: 26 abr. 2025.

BRASIL, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fauna Brasileira: Espécies em Perigo. Rio de Janeiro: IBGE, 2018.

27 de abril | Dia do Engraxate

Dia do Engraxate: a história, a resistência e os novos caminhos

No dia 27 de abril, celebramos o Dia do Engraxate, homenageando esses trabalhadores que, com seus bancos 🪑, escovas e ceras, marcaram presença nas ruas e praças das cidades brasileiras. Mas como surgiu essa profissão? E por que essa data?

A origem da profissão
A atividade de engraxar sapatos começou a ganhar força no século XIX, com a popularização dos sapatos de couro 👞, especialmente entre a elite urbana. No Brasil, ser engraxate se tornou uma alternativa de trabalho para muitas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, principalmente nas grandes cidades. Era comum ver engraxates em frente a hotéis, estações de trem 🚂, bancos e repartições públicas.

Por que 27 de abril?
O 27 de abril foi escolhido em homenagem à criação da primeira associação de engraxates no Brasil, que aconteceu em meados do século XX. A data reconhece a importância desses profissionais na construção da memória urbana e no fortalecimento da cultura do trabalho informal. Em alguns lugares, também se associa a celebrações religiosas ligadas a São Jorge ✨, padroeiro dos trabalhadores humildes em algumas tradições.

Uma profissão em extinção?
Com as mudanças no mercado de trabalho, a modernização dos calçados e o surgimento de novos hábitos de consumo (como o uso de tênis e materiais sintéticos), o ofício de engraxate foi diminuindo ao longo dos anos. Hoje, existem poucos profissionais atuando nas grandes cidades, geralmente em locais tradicionais, como rodoviárias, praças centrais 🏙️ e áreas turísticas.

Apesar da redução, a profissão ainda resiste como símbolo de luta, dignidade e memória viva de um Brasil popular e trabalhador.

Mais do que um serviço, o trabalho dos engraxates é parte da história social do país. Celebrar essa data é também reconhecer a importância dos trabalhadores informais e reforçar a necessidade de políticas que garantam dignidade e oportunidades para todos.

Quando a beleza mata: reflexões sobre a estética do retrocesso


Há quatro anos, li uma reportagem sobre o retorno das calças de cintura baixa, impulsionado pelo revival da estética Y2K. Para muitas de nós, mulheres que cresceram naquela época, esse revival traz à tona um ciclo de padrões antigos que continuam a afetar a forma como somos vistas. 

A obsessão por cabelo liso extremo e um corpo esquelético ainda ressoam como uma ditadura silenciosa, que levou muitas de nós a adoecer na tentativa de atender a esses padrões. O número do manequim, como sempre, continua sendo o critério de aceitação, e isso é preocupante.

Houve uma lufada de esperança com o advento do movimento body positive, que prega a autoaceitação do próprio corpo, nos ajudando a expandir nossas percepções sobre beleza e valor. Parecia que o mundo estava demonstrando uma transformação profunda em relação a isso, que nesses tempos sombrios, a resistência se levantaria em favor de uma realidade mais saudável, onde cada uma seria seu próprio padrão.

A ideia aqui não é demonizar a busca por uma melhor qualidade de vida e bem-estar. É sobre refletir que o retorno da tendência Y2K veio com mais força, trazendo de volta não só as calças de cintura baixa e a ditadura do cabelo liso, mas também uma forma sorrateira de aprisionar a mulher, frear seu empoderamento e minar sua autoestima.

Não é coincidência. Naomi Wolf, em seu livro O Mito da Beleza, já apontava que os padrões de beleza muitas vezes se intensificam justamente quando as mulheres conquistam avanços sociais. Segundo Wolf, quando as mulheres ameaçam romper barreiras e ocupar espaços antes negados, o sistema responde criando novas formas de controle — e a beleza, nesse cenário, se transforma em mais uma prisão.

Até mesmo os critérios para ser considerada magra são mais cruéis do que há duas décadas: hoje, é preciso parecer um cadáver ambulante com shape de academia. Não à toa, a “canetinha mágica” se popularizou mais do que deveria. Embora tenha um propósito legítimo no tratamento do diabetes, seu uso foi banalizado, graças à exposição de artistas que são mais valorizadas na mídia pela "boa forma" do que pela mensagem que deveriam deixar aos fãs.

Para quem viveu aqueles tempos horríveis, tem sido pavoroso estar no meio desse fogo cruzado de cobranças e pressões. Como se ser mulher já não fosse tortuoso o bastante — enfrentando o medo constante de ser violentada e vivendo num mundo feito para os homens —, o controle sobre nossos corpos se mostra um atentado contra a criatividade e a autenticidade.

Ser extremamente magra é promessa de felicidade? Bem, é isso que nos vendem não só nas revistas, mas impõem nas redes sociais, no círculo de amizades, nos produtos midiáticos, silenciando as vozes sensatas que propõem uma reflexão mais séria do retrato de uma sociedade frívola, imediatista e pautada em pilares frágeis.

Sucumbir à moda da magreza extrema é assinar um acordo de rendição, cuja moeda de troca pode ser o próprio sopro de vida.

Clean girls: minimalismo do retrocesso


Essa nova onda não acontece isoladamente. Outra face moderna dessa tentativa de controle é a tendência “clean girl”, que começou a ganhar força nas redes sociais entre 2021 e 2022, especialmente no TikTok. Inspirada na estética minimalista, de aparência “natural” e “perfeita sem esforço”, a clean girl é a mulher de pele impecável, cabelo alinhado, roupas básicas e aparência polida — mas tudo isso exige tempo, dinheiro e, claro, muita disciplina estética para manter o “ar de naturalidade” que, no fundo, é artificial.

A exigência não é só estética: é também comportamental. A clean girl precisa ser discreta, sorridente, elegante, silenciosa. Precisa parecer saudável, mas sem exagero. Sensual, mas jamais vulgar. Uma reconstrução moderna da boa moça dos anos 1950 — que deveria agradar os homens sem jamais ameaçá-los.

Essa estética, aparentemente inofensiva, tem raízes na construção de um padrão inatingível e superficial de perfeição, que mais uma vez coloca as mulheres como objetos a serem admirados por sua aparência, principalmente por seus pares masculinos.

A romantização da "clean girl" reforça um estereótipo de beleza que, como outras tendências anteriores, limita a autonomia da mulher. Embora em tese ela pareça representar empoderamento e autossuficiência, no fundo, carrega consigo a pressão de atender aos padrões de um "modelo" desejado e aceito pela sociedade, em grande parte controlado pelos interesses de consumo e imagem.

Ao se comparar a essas representações midiáticas, as mulheres se veem forçadas a lutar pela aprovação masculina, perpetuando a ideia de que seu valor está atrelado à sua aparência e à sua capacidade de agradar aos outros, um reflexo de como o patriarcado ainda opera nas pequenas e grandes narrativas da cultura contemporânea.

A abordagem crítica dessa tendência não é sobre criticar quem adota esse estilo, mas refletir sobre os efeitos dessa pressão estética que, como afirma Naomi Wolf em O Mito da Beleza, está diretamente ligada ao controle da imagem feminina, algo que nos é imposto desde a adolescência e que, com o tempo, vai se enraizando em nossas mentes como um ideal a ser perseguido a todo custo.

Ao mesmo tempo em que algumas mulheres são seduzidas pela estética clean girl, uma reação conservadora se fortalece, empurrando-as novamente para papéis tradicionais e muitas vezes opressores. Como falado por Susan Faludi em Backlash: The Undeclared War Against American Women, a cada avanço significativo das mulheres, surge uma tentativa de retroceder suas conquistas, disfarçada de escolha e glamour. A tendência clean girl, assim como o culto das 'trad wives', é uma das várias formas de minar a autonomia feminina e a verdadeira liberdade.

Engajamento e irresponsabilidade: quando a desinformação coloca a vida em risco 


A responsabilidade dos influenciadores nas redes sociais é um tópico crucial, especialmente quando consideramos como suas postagens contribuem para a perpetuação de padrões estéticos prejudiciais. Muitos promovem dietas e rotinas de exercícios sem respaldo científico, alimentando a desinformação e colocando os seguidores sob uma pressão desnecessária para atingir o "corpo perfeito". 

Em O Mito da Beleza, Naomi Wolf discute como a mídia e a sociedade impõem padrões inatingíveis às mulheres, sendo esses influenciadores um reflexo disso. As promessas de transformação rápida ignoram as reais necessidades de bem-estar físico e emocional.

Nos Estados Unidos, por exemplo, um estudo realizado pela Pew Research Center em 2019 revelou que apenas 24% das mulheres preferem ser donas de casa em vez de trabalharem fora, o que demonstra que a maioria das mulheres prefere a independência profissional. A visão de uma "trad wife" não só retrocede o papel feminino, mas também nega a ideia de que as mulheres podem, e devem, ter escolhas livres sobre suas vidas e seus destinos.

O retorno da moda Y2K e a nostalgia da magreza extrema


Nos anos 2000, a internet ainda engatinhava, mas já começava a formar comunidades que giravam em torno da glorificação da magreza extrema. Blogs e fóruns “pro-Ana” (anorexia) e “pro-Mia” (bulimia) espalhavam “diários” de dietas absurdamente restritivas e incentivavam jovens a atingir padrões impossíveis. A estética exaltava clavículas saltadas, ossos do quadril aparentes, barriga seca e coxas separadas — como se tudo isso fosse sinônimo de beleza e sucesso. Pior: associava o corpo gordo a ideias de fracasso, preguiça e falta de valor.

Essa mentalidade, ainda que aparentemente esquecida por algum tempo, nunca desapareceu. Apenas mudou de máscara. E agora, com a volta da moda Y2K, vemos ressurreições dessas referências perigosas sob o pretexto da nostalgia: o retorno da calça de cós baixo, da cultura da magreza extrema como um "padrão estético desejável", das roupas feitas para corpos quase infantis.

Hoje, diferentemente dos anos 2000, existem mecanismos nas redes sociais que tentam sinalizar quando alguém procura por termos ligados a transtornos alimentares, sugerindo ajuda profissional. Mas o culto à magreza continua sendo onipresente — só que agora se disfarça no discurso da “vida saudável”. E aí entra outro problema: a avalanche de desinformação propagada por falsos especialistas.

No Brasil, por exemplo, uma pesquisa de 2021 realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que 48% das mulheres brasileiras têm alguma insatisfação com seu peso. Isso se reflete também em dados alarmantes sobre transtornos alimentares, que afetam especialmente mulheres jovens. 

Segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA, a prevalência de transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, aumentou significativamente nos últimos anos, com a pressão para alcançar um corpo magro sendo um dos fatores de risco.

A cada deslizar de dedo, somos bombardeadas por dicas de nutrição vindas de influenciadores sem qualquer formação séria na área. Pessoas que usam seus seguidores como aval de credibilidade, vendem dietas milagrosas, cursos de emagrecimento duvidosos e se autopromovem como se popularidade fosse sinônimo de competência. Isso não apenas perpetua o ciclo de insatisfação corporal, mas também coloca em risco a saúde de quem, sem saber, confia em promessas sem embasamento.

A escritora Roxane Gay, em seu livro "Fome: Uma autobiografia do meu corpo", traz um relato profundo sobre como a cultura da magreza destrói a autoestima e como a pressão social molda o relacionamento que mulheres têm com seus corpos desde a infância. A obra de Gay serve como alerta: não é sobre "escolha pessoal", é sobre sobrevivência num mundo que, a cada década, inventa novas formas de controlar nossos corpos e nossos sonhos.

O espetáculo do mau-caratismo e a indústria da culpa


Com o crescimento das redes sociais, um novo tipo de mercado floresceu: o da transformação pessoal instantânea. Só que, por trás da promessa de "vida saudável", "autoestima elevada" e "corpo dos sonhos", o que se consolidou foi uma indústria bilionária baseada na culpa feminina.

Influenciadores sem formação adequada — que misturam dicas vagas de nutrição, coaching motivacional e estética — vendem a ideia de que a felicidade e o sucesso são alcançados através do corpo magro, tonificado e “perfeito”. Mas, para isso, é preciso consumir: consumir suplementos, consumir cursos, consumir rotinas extenuantes, consumir a ilusão de que a transformação é uma questão puramente de "força de vontade".

A escritora Bell Hooks, em seu livro "O feminismo é para todo mundo", já alertava que a sociedade capitaliza sobre as inseguranças das mulheres, transformando cada etapa da vida feminina em mais um produto a ser vendido. Segundo Hooks, enquanto a mídia reforça padrões inalcançáveis de beleza e sucesso, cria também uma demanda infindável por soluções mágicas — soluções que, no fundo, alimentam o sistema em vez de libertar quem consome.

O resultado desse espetáculo é perverso: as mulheres são levadas a crer que o problema está nelas — na falta de disciplina, na suposta "preguiça", no "não querer o suficiente" — quando, na verdade, o verdadeiro problema é um sistema inteiro que lucra com a nossa eterna sensação de insuficiência.

A "energia feminina" vendida como mansidão, a "cara de rica" traduzida em cabelos lambidos e peles impecáveis, a ideia de que uma mulher valiosa é a que melhor performa esses padrões: tudo isso não é liberdade de escolha. É marketing.
É capitalismo travestido de autocuidado.

Movimento Body Positive: uma resposta à opressão estética


Diante da pressão incessante para atender a padrões irreais, surgiu uma reação poderosa: o movimento Body Positive. Originado no final dos anos 1990 e fortalecido na década de 2010, o body positive propõe uma visão radical: todo corpo é digno de respeito e representação, independentemente de seu tamanho, forma, cor, idade ou capacidade.

Essa filosofia surge como uma recusa direta à lógica de que a autoestima feminina deve ser condicionada à aceitação ou aprovação alheia. Ao contrário, prega que autoestima é um direito inegociável.

A ativista e escritora Sonya Renee Taylor, autora de "The Body Is Not an Apology" (em tradução livre, "O Corpo Não é um Pedido de Desculpas"), reforça que o amor-próprio não é apenas um ato individual, mas também uma postura política que combate sistemas de opressão que se alimentam da nossa autocrítica.

O movimento body positive não nega a importância de cuidar da saúde. O que ele contesta é a ideia de que saúde tem um padrão estético único, e que a felicidade está condicionada a esse molde.
Amar e respeitar o próprio corpo não significa desistir de si mesma — significa, sim, recusar a narrativa de que apenas um tipo de corpo é válido.

Apesar das tentativas do mercado de esvaziar o movimento e transformá-lo em mais uma vitrine de consumo, sua raiz continua forte: um chamado para que mulheres sejam donas de si, de sua história e de sua própria imagem.

Ter vivido a dor dos transtornos alimentares nos anos 2000 e, agora, ver novas formas de opressão surgirem, só reforça em mim a certeza de que precisamos resistir.
A pressão para nos moldarmos a padrões inatingíveis não traz a felicidade que prometem; apenas esvazia sonhos, silencia revoluções interiores e nos afasta de quem somos.
Cada vez que recusamos essa imposição, reafirmamos que nossa existência vale mais do que caber em moldes sufocantes.
A beleza está em resistir. A liberdade, em ser.

Diante de tantas armadilhas disfarçadas de tendência, é preciso coragem para enxergar além da estética e reivindicar o direito de existir fora das expectativas que nos impõem.

A beleza verdadeira não está em caber nos moldes de cada nova moda, mas em resistir, questionar e cuidar de si com honestidade, sem se render às pressões silenciosas que vendem submissão como escolha. Não devemos mais aceitar que o padrão mude como estratégia de contenção social.

O corpo, a voz e o destino pertencem a quem os habita — e a liberdade nunca esteve na aprovação dos outros, mas na nossa própria aceitação.

26 de abril | Dia da Empregada Doméstica

 

Você sabia que no dia 27 de abril é celebrado o Dia da Empregada Doméstica? Essa data, muitas vezes ignorada no calendário, tem uma origem tocante e uma personagem real por trás: Santa Zita, padroeira das empregadas domésticas. Acredite, a história dela parece saída de um daqueles cadernos antigos onde a gente anotava tudo o que tocava o coração.

A mulher que transformou trabalho em oração

Santa Zita nasceu por volta do ano 1218, na cidade de Lucca, na Itália. Aos 12 anos, já estava empregada como doméstica numa casa nobre, onde trabalhou por quase 50 anos. Mas o que a torna especial não é o tempo de serviço, e sim a maneira como ela encarava cada tarefa: com humildade, fé e um coração voltado para o bem.

Enquanto outros podiam ver "só uma criada", Zita via a chance de servir a Deus com cada vassourada, cada pão assado, cada roupa dobrada. E entre uma tarefa e outra, nunca deixava de ajudar os mais pobres da cidade.

Curiosidade que parece lenda (mas é tradição!)

Reza a lenda que um dia, Zita saiu escondida para levar pão aos famintos, mas foi pega no flagra pelo patrão. Quando ele a confrontou e pediu para ver o que escondia no avental, os pães haviam se transformado em flores. Sim, flores. Um milagre que muitos dizem ter sido o primeiro sinal da sua santidade.

Por que ela virou padroeira das empregadas domésticas?

Zita foi canonizada em 1696, mas já era vista como santa muito antes disso, principalmente entre os pobres e os trabalhadores domésticos. Afinal, quem melhor para proteger quem vive do cuidado e da labuta dentro de casas que não são as suas?

Até hoje, na cidade de Lucca, o corpo dela está conservado na Basílica de San Frediano. E pasme: ele está quase intacto, o que muitos veem como mais um sinal da sua santidade.

O Brasil e a longa estrada do reconhecimento

A profissão de empregada doméstica no Brasil carrega séculos de desigualdade. Mesmo sendo uma das funções mais antigas e necessárias, por muito tempo ela foi informal, mal remunerada e cheia de abusos disfarçados de “tradição”. Só em 2013, com a chamada “PEC das Domésticas”, é que a legislação começou a garantir direitos como jornada de trabalho, hora extra, férias e FGTS.

Ainda hoje, milhares de mulheres — majoritariamente negras — enfrentam preconceito, desvalorização e condições precárias. Homenagear Santa Zita é também refletir sobre isso. 

Que tal reconhecer o trabalho com dignidade todos os dias? Conversar, escutar, perguntar como a pessoa está — parece simples, mas é raro. Presentear com um café especial ou uma flor nesse dia pode parecer pequeno, mas carrega muito afeto.

Santa Zita nos ensina que trabalho também é oração

No fim das contas, Santa Zita não virou santa porque fazia milagres. Ela virou santa porque transformou o que parecia pequeno — um avental sujo, um pão repartido, uma oração sussurrada — em algo gigante. Ela nos lembra que o que a gente faz com amor nunca passa despercebido.

Mary Recomenda | Anorexia, diário de uma adolescente - Dominique Brand

 

Título: Anorexia, diário de uma adolescente

Autora: Dominique Brand
Editora: Elevação
Ano de publicação: 2003
Total de páginas: 221

25 de Abril | Dia Internacional de Conscientização sobre Alienação Parental 🧠💔

 


Existem datas que não pedem celebração, mas sim reflexão. O Dia Internacional de Conscientização sobre Alienação Parental, lembrado em 25 de abril, é uma dessas ocasiões. Um lembrete doloroso, porém necessário, de que o amor entre pais e filhos não deveria ser vítima de disputas emocionais, jurídicas ou vaidades. Em tempos de discursos inflamados, é preciso escutar o silêncio das crianças que têm seus laços afetivos cortados — não pela vida, mas por decisões adultas.


O que é a Alienação Parental?

Alienação parental é um termo utilizado para descrever a manipulação psicológica feita por um dos responsáveis (ou ambos, em alguns casos), visando afastar a criança do outro genitor. Isso pode ocorrer por meio de falas, atitudes, mentiras ou omissões que distorcem a imagem de um dos pais, avós ou qualquer figura de afeto.

🧷 Exemplos comuns incluem:

  • Impedir ou dificultar visitas;

  • Desvalorizar ou ridicularizar o outro genitor na frente da criança;

  • Criar falsas memórias ou histórias negativas;

  • Manipular sentimentos com chantagens emocionais.

O impacto disso na saúde mental da criança pode ser devastador: insegurança, ansiedade, baixa autoestima, dificuldade de estabelecer vínculos duradouros e até depressão.


O Caso da Meire em Simplesmente Tita

Pode parecer só ficção, mas a história de Simplesmente Tita é, infelizmente, o retrato de muitas famílias. Meire, a mãe de Tita, impede o pai, Félix, de manter qualquer contato com a filha, mesmo quando a menina deseja vê-lo. Ao longo da história, a criança cresce envolta em meias-verdades, ressentimentos e dúvidas sobre o próprio valor — como se o amor tivesse sido cancelado por decreto.

A série propõe uma reflexão não somente sobre o sofrimento dos pais alienados, mas sobre o impacto disso nas crianças, que crescem com buracos na alma que nem sempre o tempo cura.


Curiosidades e informações importantes

📜 No Brasil, a alienação parental é crime. A Lei 12.318/2010 prevê punições para quem comete esse tipo de conduta.

🧠 A psicologia infantil reconhece a alienação parental como uma forma de abuso emocional. Especialistas alertam para os danos psicológicos a longo prazo.

📈 Cresce o número de processos relacionados ao tema. Muitos casos são judicializados, o que torna ainda mais difícil a solução amigável.

💬 Frases comuns da alienação parental disfarçam abuso:

  • “Seu pai te abandonou!”

  • “Sua mãe não quis saber de você.”

  • “Se você gostar do seu pai, vai me magoar.”


Como ajudar ou agir em casos de alienação parental?

🔍 Informe-se: conhecimento é a melhor forma de prevenção.
👂 Escute: Crianças não têm culpa nem devem ser escudos emocionais.
📣 Denuncie: Se você conhece um caso, acione o Conselho Tutelar ou o Ministério Público.
💜 Apoie projetos que incentivem a guarda compartilhada com respeito e diálogo.
📝 Incentive narrativas como a de Tita, que trazem esse debate de forma sensível e realista.


Conclusão

No dia 25 de abril, não se trata somente de lembrar a existência de um problema, mas de olhar para as consequências que ele deixa nas almas pequenas. A alienação parental é uma ferida invisível, mas com efeitos profundos. Que este dia nos inspire a sermos adultos melhores, mais conscientes e menos egoístas — para nenhuma criança crescer acreditando que o amor pode ser sequestrado.


Referências (ABNT)

BRASIL. Lei nº 12.318, de 26 de agosto de 2010. Dispõe sobre a alienação parental e altera o art. 236 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 27 ago. 2010.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Alienação Parental: Uma Visão Psicológica. Brasília, 2016. Disponível em: https://site.cfp.org.br/publicacao/alienacao-parental-uma-visao-psicologica/. Acesso em: 23 abr. 2025.

2 de maio | Dia Nacional do Humor

Especial - 2 de Maio: Dia Nacional do Humor Feliz Dia Nacional do Humor! O 2 de maio é o dia dedicado a uma das formas mais poderosas de con...