30 de abril | Dia Internacional do Jazz


Desde 2011, o Dia Internacional do Jazz é comemorado em 30 de abril por iniciativa da UNESCO, com o objetivo de promover a paz, o diálogo e o respeito pelos direitos humanos por meio da música.

Jazz: quando a música improvisa liberdade

O jazz nasceu no final do século XIX em Nova Orleans, nos Estados Unidos, a partir de uma rica fusão de influências africanas, europeias e indígenas. Ele foi muito mais do que um estilo musical: representou uma forma de resistência cultural para comunidades marginalizadas, especialmente a população negra americana.

O que faz do jazz tão especial?

  • A improvisação é a alma do jazz: cada apresentação é única.
  • É um dos poucos estilos musicais onde o erro vira arte e liberdade.
  • Suas letras e histórias frequentemente falam de dor, amor, injustiça e superação.

Jazz no Brasil?

Sim! Temos um jazz brasileiro riquíssimo. Artistas como Moacir Santos, Hermeto Pascoal, Flora Purim e Egberto Gismonti fizeram (e fazem) história internacionalmente. E o gênero ainda influencia diretamente a bossa nova, o samba-jazz e outras vertentes.

> "Onde há jazz, há alma, e onde há alma, há encontro."

Referência (ABNT):

UNESCO. Dia Internacional do Jazz. Disponível em: https://www.unesco.org/en/days/jazz. Acesso em: abr. 2025.

30 de abril | Dia Internacional do Cão-guia

 

Mulher e seu cão-guia (Imagem gerada por IA)

Você sabia que anualmente, na última quarta-feira do mês de abril, é comemorado o Dia Internacional do Cão-Guia?

30 de abril | Dia Nacional da Mulher

Dia Nacional da Mulher | 30 de Abril

Muito além de flores: um dia para refletir, reconhecer e agir

No Brasil, além do conhecido 8 de março, temos também o Dia Nacional da Mulher, celebrado em 30 de abril, uma data oficial instituída pela Lei nº 6.791/1980. Ela foi escolhida para homenagear Jerônima Mesquita, uma das maiores líderes feministas brasileiras, nascida neste dia. Jerônima atuou na fundação do Movimento Bandeirante e lutou pelo direito ao voto feminino e por melhores condições de vida para as mulheres.

Embora essa data ainda não tenha tanta visibilidade como o Dia Internacional da Mulher, ela é essencial para destacar as especificidades da luta feminina no contexto brasileiro, como o enfrentamento ao feminicídio, à desigualdade salarial e à baixa representatividade política.

Você sabia?

No Brasil, mulheres ganham, em média, 22% menos que homens, mesmo exercendo funções semelhantes (IBGE, 2023).

A cada 7 horas, uma mulher é vítima de feminicídio no país (Fórum Brasileiro de Segurança Pública).

Mulheres ainda enfrentam dupla ou tripla jornada: trabalho formal, tarefas domésticas e cuidado com filhos ou familiares.


Como marcar essa data?

Apoie negócios liderados por mulheres.

Valorize vozes femininas nas artes, na ciência, na tecnologia.

Reflita sobre atitudes cotidianas e incentive a equidade.


> “Mulheres não precisam de um pedestal. Precisam de respeito, escuta, espaço e segurança.”



> Referência (ABNT):
BRASIL. Lei nº 6.791, de 9 de junho de 1980. Institui o Dia Nacional da Mulher. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 10 jun. 1980.

O preço de escrever com a alma



Apagando, escrevendo, apagando de novo.

Um monte de ideias e colocações embaralhadas. Um pouco de sol entre nuvens lá fora, e aqui dentro, uma inquietação silenciosa entre ser verdadeiramente quem se é — independentemente das críticas — ou se sufocar mais um pouco, como em tantos outros momentos da vida. 

Talvez seja isso que aconteça quando se abre o coração: o hábito de guardar tudo, dos sentimentos bons aos ruins, começa a se desfazer. E ao dividir um fragmento de dor, percebe-se que ela ecoa em outras pessoas — umas sentem, outras ignoram. E isso faz parte.

A escrita, no fundo, é um ato solitário. Nunca foi sobre aplausos ou seguidores, e sim sobre ter companhia nas próprias ideias. Nunca pareceu crível imaginar fãs, até porque nunca houve pretensão de ser exemplo para ninguém. Escreve-se por necessidade, por vontade de criar um mundo mais leve, um cantinho especial onde a realidade doa um pouco menos.

Ser chamada de escritora ainda soa como algo grande demais. Um título que parece pressupor uma maturidade que talvez ainda esteja sendo construída, uma responsabilidade artística que exige mais do que se pode dar agora. E mesmo assim, continua-se. Com a certeza de que nem todos vão gostar, de que o caminho é longo, de que há muito a aprender — e de que a excelência ainda está distante, mas não fora de alcance.

Se pudesse escolher um legado, seria o de contar histórias que acolham, emocionem, divirtam. Às vezes bate o medo de perder a imaginação, de não ter mais nada de bom a oferecer. Mas enquanto houver alma, haverá palavras. E com elas, o desejo de seguir criando.

Curitiba, 31 de janeiro de 2015.

Terças com Tita | Não sou um cabo-de-guerra

 

Félix e Tita (Arquivo pessoal da Mary)

Existem barreiras invisíveis que ninguém vê, mas todos sentem.


Na última sexta-feira (25), foi o Dia Internacional de Conscientização sobre a Alienação Parental. Celebramos a luta por mais justiça, bem como a necessidade de ouvir as crianças, entender seus silêncios e abraçar seus corações quebrados que, muitas vezes, são confundidos pelos adultos ao redor. Tita, nossa pequena heroína, cresceu com uma dor difícil de explicar, muito além de não entender por que seu pai não estava lá quando ela mais precisava.

“Eu só queria que ele me explicasse. Mas ela falava tantas coisas contra ele, e eu... eu ficava perdida. Eu não sabia mais o que acreditar.”
Tita, aos 8 anos

Tita não entendia. O pai, antes tão amigo e protetor, aquele que a buscava toda sexta-feira de tardinha para passar os fins de semana e fazer dela a princesa da mochilinha azul, levando-a para passear no parque, ao cinema, ao teatro de bonecos, que a deixava ouvir as músicas de que gostava no rádio do carro, que a deixava livre para… ser criança… bem, ele encontrou uma namorada e tudo mudou quando eles se casaram. Brincar, perguntar, sorrir, cantar, imaginar, tudo virou subversão. 
Meire tinha plena consciência disso e vingou o próprio orgulho ferido ao induzir a filha a pensar ter sido abandonada. O que ela sabia era o que sua mãe dizia: que o pai não se importava. Que o pai a havia abandonado. Mesmo tão pequena, Tita sentia que algo estava errado.
Ela se perguntava: “Se ele não me ama, por que ele me liga? Por que ele me manda presentes? Por que ele me diz que tem saudade?
Não tinha resposta. Nenhuma explicação. Somente uma saudade misturada com raiva. Sabe, crescer com essa confusão dentro do peito era dolorido demais. O amor incondicional tentando sobreviver às manipulações de Meire, o ódio por ter de acreditar nela. Não sabia em quem confiar, os instintos talvez não fossem tão assertivos, a verdade doía, ser deixada para trás, ainda mais.

Ela cresceu com essa confusão dentro do peito: o amor do pai, que ela sentia, e o ódio que sua mãe dizia ser real. E Tita não entendia. Ela não sabia em quem confiar. Nem ela mesma.


“Não sou um cabo de guerra”

Em Simplesmente Tita, a protagonista é uma criança que cresce imersa nessa confusão. O pai, Félix, ainda é uma lembrança distante, mas um amor constante. Ela o ama, mas ele está ausente. Não é somente sobre abandono; diz respeito à manipulação de uma mãe que, inconscientemente ou não, faz a filha crescer com um coração partido e uma mente cheia de incertezas.
Essa dor vai crescendo com ela, transformando-se em uma desconfiança profunda, que vai para muito além da relação com seu pai — ela se torna desconfiada das pessoas ao seu redor, desconfiada do que é verdade.


29 de abril | Dia em Memória de Todas as Vítimas de Armas Químicas 🕊️

Armas químicas: quando o silêncio da história dói mais que a guerra

No dia 29 de abril, o mundo para — ou deveria parar — para refletir sobre uma ferida aberta, mas muitas vezes invisível: as vítimas de armas químicas. Criada pela ONU, essa data é o Dia em Memória de Todas as Vítimas de Armas Químicas, e não tem nada de festivo. Ela é, na verdade, um convite ao respeito, à lembrança e à responsabilidade coletiva.

Enquanto o mundo avança em tecnologia, saúde e informação, não dá para ignorar que parte desse conhecimento já foi (e ainda é) usado para ferir, incapacitar e matar — de maneira silenciosa, covarde e, muitas vezes, impune.


O que são armas químicas?

Armas químicas são substâncias tóxicas usadas com fins bélicos — ou seja, para matar, ferir ou incapacitar. Diferente de balas ou bombas, elas agem de forma insidiosa: invisíveis, incolores, muitas vezes inaladas sem que a vítima perceba. O resultado? Dores, paralisias, queimaduras internas, morte lenta e danos permanentes.


Tipos mais comuns de armas químicas

  • Agentes nervosos (como gás sarin, VX e tabun): Atacam o sistema nervoso central, levando à perda de controle muscular, convulsões, parada respiratória e morte em minutos.
  • Agentes vesicantes (como gás mostarda): Causam queimaduras severas na pele, olhos e pulmões. Foram muito usados na Primeira Guerra Mundial.
  • Agentes asfixiantes (como cloro e fosgênio): Atacam os pulmões, causando edema pulmonar e sufocamento.
  • Agentes sanguíneos (como cianeto de hidrogênio): Interrompem a oxigenação celular, levando à morte rápida por asfixia interna.
  • Agentes incapacitantes (como BZ): Causam alucinações, confusão mental e desorientação.

História que sangra (e ensina)

1ª Guerra Mundial: Cerca de 90 mil soldados morreram por armas químicas. Milhares ficaram cegos ou com sequelas. Foi o começo de um pesadelo em escala industrial.

Halabja, 1988 (Irã-Iraque): Um ataque com gás matou cerca de 5 mil civis curdos. Crianças, mulheres, idosos — ninguém foi poupado.

Síria, anos 2010: Em pleno século XXI, imagens de crianças sufocando por gás sarin rodaram o mundo. A barbárie ainda não acabou.


Curiosidades que ajudam a compreender

  • A Convenção sobre Armas Químicas foi assinada em 1993 e entrou em vigor em 1997. Hoje, quase todos os países do mundo fazem parte — inclusive o Brasil.
  • A Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) já destruiu cerca de 99% dos arsenais declarados.
  • A OPAQ recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2013, após sua atuação na Síria.
  • Mesmo assim, países ainda são acusados de manter estoques ilegais.

Por que isso importa?

Porque o uso de armas químicas revela o pior do ser humano: o desejo de controle absoluto, sem limites éticos. É um tipo de violência que apaga identidades, mutila futuros e destrói o mais básico dos direitos: o de viver.

Falar disso é desconfortável, sim. Mas silenciar é ainda pior. Memória é resistência. Informação é escudo. E respeito é dever.


Reflexão final

"O verdadeiro progresso da humanidade não está na força que ela é capaz de produzir, mas na compaixão que ela é capaz de sustentar."

Hoje, mais do que nunca, lembrar é uma forma de lutar — por quem já se foi e por quem ainda pode ser salvo.

29 de abril | Dia Internacional da Dança 🩰

Dia Internacional da Dança – 29 de Abril

No dia 29 de abril, o mundo inteiro celebra o Dia Internacional da Dança, uma data dedicada a homenagear uma das formas de expressão mais antigas e vibrantes da humanidade. A dança transcende barreiras culturais e temporais, capturando a essência de diferentes povos e épocas.

Com estilos que vão do clássico ao contemporâneo, do folclórico ao urbano, cada dança carrega sua própria personalidade e história. Este dia especial busca valorizar essas identidades únicas e destacar a importância da dança como arte e cultura.


A Origem do Dia Internacional da Dança

Instituído em 1982 pelo Comitê Internacional da Dança (CID) da UNESCO, o Dia Internacional da Dança foi criado para promover a arte da dança em todo o mundo. A escolha do dia 29 de abril não foi por acaso: é o aniversário de Jean-Georges Noverre (1727–1810), um dos maiores mestres do balé francês.

Noverre revolucionou a dança ao propor maior expressividade e emoção nos movimentos, deixando um legado imortal com sua obra Lettres sur La Danse (Cartas Sobre a Dança). Curiosamente, no Brasil, a data também celebra o aniversário de Marika Gidali, cofundadora do Ballet Stagium, que trouxe uma nova perspectiva para o balé nacional.


Grandes Nomes da Dança

A dança é universal, e ao longo da história, muitos artistas elevaram essa arte a níveis extraordinários. Entre os nomes que marcaram época estão:

  • Marie Taglioni: pioneira do balé romântico.
  • Isadora Duncan: revolucionária da dança moderna.
  • Fred Astaire: ícone do cinema e da dança.
  • Mercedes Baptista: primeira bailarina negra do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.
  • Michael Jackson: inovador e eterno rei do pop.

Esses artistas, entre outros, mostram como a dança pode ser uma ferramenta poderosa de transformação e expressão.


Curiosidades que Enriquecem a História da Dança

  • A dança como linguagem universal: Estudos mostram que movimentos de dança podem ser compreendidos emocionalmente por pessoas de diferentes culturas, mesmo sem palavras.
  • A origem do balé: O balé nasceu nas cortes italianas do século XV e foi aperfeiçoado na França, tornando-se uma arte refinada e mundialmente reconhecida.
  • Dança e saúde: Além de ser uma expressão artística, dançar melhora a saúde física e mental, ajudando na coordenação, memória e até na redução do estresse.

Por que Celebrar o Dia Internacional da Dança?

Mais do que uma data no calendário, o Dia Internacional da Dança nos lembra do poder transformador dessa arte. A dança conecta, emociona e inspira. É uma celebração da diversidade e da criatividade humana, um convite para todos se expressarem e se moverem ao ritmo de suas próprias histórias.

Então, neste 29 de abril, seja você um bailarino profissional ou alguém que dança no ritmo da vida, celebre! Porque a dança é, acima de tudo, uma celebração da liberdade e da alma.

Editorial OCDM | O crime de envelhecer sendo mulher e boa escritora

  “A juventude é um aplauso fácil. A maturidade, um silêncio cheio de medo.” – fragmento retirado de um diário anônimo (ou quase) 📺 Editori...